26 julho 2015

PROCEDIMENTOS GERAIS PARA SOBREVIVÊNCIA NO ABANDONO DE ÁREA EM CASO DE INCÊNDIO


PROCEDIMENTO PARA ABANDONO DE ÁREA EM CASOS DE INCÊNDIO




1 - Saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não acreditar que o incêndio pode se alastrar rapidamente.



2 - Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações e procure rastejar para a saída pois junto ao chão o ar permanece respirável mais tempo.



3 - Use escadas, nunca o elevador. Um incêndio pode determinar um corte de energia e você cairá numa armadilha, Sem mais esperanças, feche todas as portas que for deixando para trás.



4 - Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, além de permanecer junto ao piso, se possível aproxime-se de janelas, por onde possa pedir socorro. Se você não puder sair, mantenha clama atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como uma couraça. Procure um lugar perto de janela e abra as mesmas encima e embaixo. Calor e fumaça deve sair pela abertura superior e você poderá respirar pela  abertura inferior da janela.



5 - Toque a porta com a mão. Se estiver quente não abra. Se estiver fria faça este teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha-a fechada.



6 - Não combata o incêndio a menos que você saiba manusear o equipamento de combate ao fogo com eficiência.



7 - Não salte do prédio. Muitas pessoas morrem, sem imaginar que o socorro pode chegar em minutos.



8 - Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure oura saída, uma vez que você tenha conseguido escapar.




NÃO RETORNE AO LOCAL, CHAME O CORPO DE BOMBEIROS IMEDIATAMENTE – EMERGÊNCIA 193


20 julho 2015

Referências - Prevenção e Combate a Sinistros causados por Incêndio


Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10636: Paredes divisórias sem função estrutural: Determinação da resistência ao fogo: Método de ensaio. Rio de Janeiro, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10897: Proteção contra incêndio por chuveiros automáticos: Procedimentos. Rio de Janeiro, 1990.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6135: Chuveiros automáticos para extinção de incêndio: Especificação. Rio de Janeiro, 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12693: Sistema de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 1993.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7195: Cores para a segurança. Rio de Janeiro, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 11861: Mangueira de incêndio: Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12962: Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14100: Proteção contra incêndio: Símbolos gráficos para projeto. Rio de Janeiro, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10898: Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13485: Manutenção de terceiro nível (vistoria) em extintores de incêndio: Procedimentos. Rio de Janeiro, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13714: Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 11742: Porta corta-fogo para saída de emergência. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12779: Mangueiras de incêndio: inspeção, manutenção e cuidados. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico: Parte 1: Princípios de projeto. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5419: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio: Requisitos. Rio de Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14276: Brigada de incêndio: Requisitos. Rio de Janeiro, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15526: Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais: Projeto e execução. Rio de Janeiro, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12693: Sistema de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15808: Extintores de incêndio portáteis. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 17240: Sistema de detecção e alarme de incêndio: Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio: Requisitos. Rio de Janeiro, 2010.

BRASIL. Norma Regulamentadora – NR 23: Proteção contra incêndio. Portaria GM, nº 3214, 08 de junho de 1978. DOU 06/07/1978.

BRASIL. Norma Regulamentadora – NR 26: Sinalização de segurança. Portaria GM, nº 3214, 08 de junho de 1978. DOU 06/07/1978.

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Decreto-lei nº 5.452, 1º de maio de 1943. DOU de 09/08/1943.

BRASIL. Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil. Publicação nº 49, 25ª edição. Rio de Janeiro,1997.

RIO GRANDE DO SUL. Lei Estadual nº 10.987: Estabelece normas sobre sistemas de prevenção e proteção contra incêndio. 11 de agosto de 1997.


USA. National Fire Protection Association (NFPA). NFPA 10: Standard for portable fire extinguishers. 1998 Edition.


Teste seus conhecimentos desenvolvendo o exercício proposto - Planta baixa da fábrica de colchões de espuma - Prevenção e Combate a Sinistros causados por Incêndio


Teste seus conhecimentos


1. Aplique seus conhecimentos na empresa a seguir:

A empresa é uma fábrica de colchões de espuma, conforme planta baixa a seguir (medidas em metros).



Dicas

• Para o desenvolvimento do exercício proposto será necessária a determinação do grau de risco incêndio que poderá ser determinado na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil e/ou no Anexo A, da NBR 12693:2010. Como não é possível a reprodução total dessas tabelas por motivos legais, apenas foi feita a reprodução parcial das informações necessárias (Quadro 8.6 e 8.7).

• Utilize as medidas na planta baixa para determinar através de regra de três, a correlação entre a planta e a distância (círculo) de atuação dos extintores.








Projeto PPCI – cálculo e distribuição em planta baixa dos extintores portáteis de incêndio - Levantamento de dados necessários para a estimativa do alocamenmto de extintores - Classe de ocupação da empresa - Capacidade extintora mínima e distância a ser percorrida para fogo classe A B e C - Planta baixa com área total da empresa - Como calcular a Unidade extintora - Planta baixa da empresa para distribuição dos extintores - Planta baixa mostrando o alcance do extintor - Planta baixa final com a localização exata dos extintores - Prevenção e Combate a Sinistros causados por Incêndio


Projeto – cálculo e distribuição em planta baixa dos extintores portáteis de incêndio em Fábrica que tem como matéria-prima o papelão em fardo.

Cálculo estimado da quantidade de extintores portáteis de incêndio

  
1. O levantamento dos dados necessários para a estimativa dos extintores portáteis de incêndio é obtido com os conhecimentos adquiridos até este momento. São eles:

a) Classe de ocupação da empresa
Segundo a Tarifa de Seguro de Incêndio do Brasil esta empresa classifica-se na rubrica 422, com ocupação de risco número 23, classe de ocupação 03, enquadrando-se como risco médio (ver Quadro 3.2).



Segundo a NBR 12693:2010: classe de ocupação – industrial carga incêndio específica 800 MJ/m², enquadrando-se como risco médio (ver Quadro 3.3).

O principal material combustível, utilizado como matéria-prima, é o papelão ondulado – nesse caso, fogo classe A. Não podemos esquecer da energia elétrica que movimenta as máquinas e os equipamentos – nesse caso, fogo classe C. A distância a ser percorrida para risco médio, classe A, é de 20 metros (ver Quadro 3.5).



Para fogo classe B e C, é de 15 metros (ver Quadro 3.7).




b) A área total da empresa

No caso dessa empresa, é de 70 × 30 m = 2100 m² (metros quadrados) – dados obtidos a partir da planta baixa (ver Figura 8.1).





c) Unidade extintora

Extintor de água pressurizada – carga 10 litros – 2A

Extintor de pó químico seco – carga 6 kg – 10B

Como o principal risco de fogo é da classe A, por recomendação da Tabela 4, da NBR 12693:1993, representada no Quadro 8.4.


2100 ÷ 135 = 15,55 ~ 16 unidades extintoras de 1A.


Nessa empresa, é recomendado instalarmos 16 unidades extintoras de 1A, no mínimo, para a proteção do risco em questão. Visto que, no extintor de incêndio para classe A, a unidade extintora mínima é considerada 2A, teremos, então, que instalar, conforme o que determina a Tabela 5, da NBR 12693/1993, reproduzida no Quadro 8.5.


2100 ÷ 270 = 7,77 ~ 8 extintores de 2A (ver Quadro 8.5).


Para outras cargas, o procedimento é demonstrado a seguir:

2100 ÷ 405 = 5,18 ~ 6 extintores de 3A ou,
2100 ÷ 540 = 3,88 ~ 4 extintores de 4A ou,
2100 ÷ 800 = 2,62 ~ 3 extintores de 6A.
E, assim por diante.

Como a empresa dispõe de extintores portáteis de 10 litros – 2A, iremos distribuir esses extintores dentro da empresa. Contudo, não devemos esquecer de contemplarmos, também, o risco elétrico com extintores extras dispostos nos locais mais recomendados.


Distribuição dos extintores na planta baixa

Na distribuição dos extintores na planta baixa (Figura 8.1), devemos levar em consideração todos os itens estudados, como:

• Os extintores devem ser colocados em locais de fácil acesso e visualização;

• Não podem ser colocados em escadas;

• Não podem ser colocados em locais onde exista a menor  probabilidade do fogo bloquear o seu acesso;

• Verificar a altura em que deve ser fixado;

• Muitas vezes a planta baixa está desatualizada segundo o layout da fábrica, portanto devemos conferir os locais onde serão colocados os extintores;

• As medidas da planta baixa (Figura 8.1) estão em metros.


Para cada extintor portátil de incêndio a área de atuação, ou seja, a distância máxima ao qual um extintor portátil poderá ser carregado é determinada fazendo-se um circulo com raio conforme distância máxima estabelecida nos Quadros 8.3 e 8.4. O tamanho do círculo deverá manter a proporcionalidade em relação à planta baixa. Por exemplo, numa planta baixa cuja escala é de 1:100, cada centímetro medido na planta corresponde a um metro.

As plantas foram reduzidas para se ajustarem ao tamanho da apostila.



Inserir uma legenda para os extintores na planta baixa conforme a simbologia recomendada na NBR 14100:1998.

Após a determinação do local onde o extintor portátil deverá ser instalado, os círculos deverão ser apagados, portanto, para evitar trabalho desnecessário não faça o traço do circulo indicativo da distância de atuação muito forte.

A Figura 8.3 representa a planta baixa que deverá ser encaminhada ao grupamento de bombeiros para análise.


Feita a distribuição dos extintores de incêndio, o próximo passo é preencher os memoriais descritivos solicitados pelo Código de Posturas do município ou pela lei estadual, ou seja, aquele que for exigido pelo grupamento de bombeiros de sua região. Os memoriais descritivos deverão ser completados a partir dos dados dos projetos, como: projeto de distribuição dos extintores de incêndio e sistemas fixos – quando houver –, projeto de iluminação de emergência, sistema de proteção por descargas atmosféricas, projeto da central de GLP – quando houver – projeto do sistema de alarme, entre outros.

O projeto de prevenção e de combate a incêndio só poderá ser assinado por profissional habilitado, conforme determinação da legislação vigente.


Após a entrega do PPCI para avaliação do grupamento de bombeiros, qualquer modificação, por menor que seja, o PPCI deverá ser refeito e novamente seguir todos os tramites legais, caso contrário ele não será aprovado na inspeção que será realizada pelo corpo de bombeiros.



19 julho 2015

Recomendação sobre a capacidade mínima extintora - Planta baixa - Quadro de riscos - Distribuição de extintores portáteis - Simbôlos utilizados em projetos de distribuição de extintores de incêndio - Prevenção e Combate a Sinistros causados por Incêndio


A distribuição da capacidade extintora mínima deve seguir a recomendação da NBR 12693/2010, segundo os Quadros 8.1 e 8.2.

Quadro 8.1: Risco classe A




Quadro 8.2: Risco classe B


  
Risco classe C

Conforme determinação da NBR 12693:2010, os extintores para esse tipo de risco devem ser distribuídos com base na proteção do risco principal da edificação ou da área de risco, ou seja, acompanhando a mesma distribuição dos riscos classe A e B. Sempre que possível, os extintores de classe C devem ser instalados próximos a riscos especiais, mantendo-se a distância segura para o operador.


Recomendações para a distribuição de extintores portáteis, segundo a NBR 12693:2010:

a) Os extintores devem ser mantidos com sua carga completa, em condições de operação e instalados em locais designados;

b) Os extintores devem estar em locais facilmente acessíveis e prontamente disponíveis para uma ocorrência de incêndio. Preferencialmente, devem estar localizados nos caminhos normais e passagens – incluindo saídas das áreas – não podendo ser instalados em escadas;

c) Os abrigos de extintores não podem estar fechados à chave e devem ter uma superfície transparente que possibilite a visualização do extintor no seu interior;

Quando instalados em locais sujeitos ao vandalismo, os abrigos podem estar fechados à chave, desde que existam meios que permitam o rápido acesso ao equipamento em situação de emergência;

d) Os extintores não podem estar obstruídos e devem estar visíveis e sinalizados conforme NBR 13434-1:2004;

e) Os extintores portáteis devem ser instalados em suportes ou abrigos. Os extintores sobre rodas, instalados em locais sujeitos a intempéries, devem estar protegidos por abrigos;

f) Os extintores, instalados em condições em que possam ocorrer danos físicos, devem estar protegidos contra impactos;

g) Os extintores não devem ser instalados em áreas com temperaturas fora da faixa de operação ou onde possam estar expostos a temperaturas elevadas provenientes de fontes de calor;

h) Deve haver, no mínimo, um extintor de incêndio distante a não mais de 5 metros da porta de acesso da entrada principal da edificação, entrada do pavimento ou entrada da área de risco;

i) Para proteção em locais fechados, tais como: salas elétricas (compartimento de transformadores), compartimentos de geradores, salas de máquinas, entre outros, os extintores devem ser instalados no lado externo, próximo à entrada desses locais, respeitando-se as distâncias máximas a serem percorridas;

j) Cada pavimento deve possuir, no mínimo, duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C. É permitida a instalação de duas unidades extintoras de pó ABC com capacidade extintora de no mínimo 2A:20B:C;

Em edificações com área construída inferior a 50 m² (cinquenta metros quadrados), é permitido instalar apenas uma única unidade extintora de pó ABC.

k) Extintores adicionais podem ser instalados para prover maior proteção para riscos especiais;

l) Mesmo que a edificação apresente proteção com sistemas fixos (hidrantes e/ou chuveiros automáticos), deve ter proteção, também, por extintores portáteis para combater o princípio de incêndio.


A simbologia a ser utilizada, em um projeto de distribuição de extintores de incêndio, é determinada pela NBR 14100:1998 – Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos – Projeto. A norma é extensa e, por conseguinte, iremos apresentar apenas os símbolos para representar os extintores portáteis de incêndio, sinalização de indicação de saídas e sinalização de iluminação de emergência (Quadro 8.3).





Prática de utilização de extintores - Regras básicas que deverão ser observadas no momento do combate a um princípio de incêndio - Passo a passo do combate ao princípio de incêndio - Prevenção e Combate a Sinistros causados por Incêndio


Prática de utilização de extintores


Regras básicas que deverão ser observadas no momento do combate a um princípio de incêndio:





Projeto de distribuição de extintores portáteis de incêndio - Objetivos - Elaboração do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) - Além da simples distribuição dos extintores, deve ser previsto, também, para maior proteção, os seguintes itens - Código de Posturas do município e da lei estadual - Vistoria do Projeto de PPCI - Planta baixa em escala de até 1:300 - Identificação do estabelecimento e do projetista, tanto nos memoriais quanto nas plantas - A partir da aprovação do grupamento de bombeiros, pode-se solicitar o alvará de funcionamento - Prevenção e Combate a Sinistros causados por Incêndio


Projeto de distribuição de extintores portáteis de incêndio


Objetivos

Conhecer as recomendações mínimas requeridas em um projeto de proteção por extintores portáteis de incêndio.


Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI)



Um projeto de prevenção e combate a incêndio é muito maior que apenas a elaboração do projeto para a distribuição de extintores portáteis nos setores da empresa. Para que um projeto de prevenção e combate a incêndio – o chamado PPCI – seja o mais eficiente e seguro possível, ele deverá ser incluído no projeto arquitetônico da empresa e ser concebido juntamente com este.


Além da simples distribuição dos extintores, deve ser previsto, também, para maior proteção, os seguintes itens:

• Resistência ao fogo das paredes e divisórias sem função estrutural – NBR 10636/1989;

• Vias de acesso e de evacuação para pessoas portadoras de necessidades especiais – NBR 9050/2005;

• Saídas de emergência em edificações – NBR 9077/2001;

• Sistemas de detecção e de alarme de incêndio – NBR 17240/2010;

• Rede elétrica – NBR 5410/2008;

• Proteção contra descarga elétrica atmosférica – NBR 5419/2005;

• Sistema hidráulico contra incêndio, hidrantes e mangotinho – NBR 13714/2000, quando necessário;

• Sistema de proteção por chuveiros automáticos – NBR 10897/1990, quando necessário;

• Sistema de iluminação de emergência – NBR 10898/1999;

• Símbolos gráficos para projeto de proteção contra incêndio – NBR 14100/1998;

• Central de GLP – NBR 15526/2009, quando necessário;

• Portas corta-fogo para saídas de emergência – NBR 11742/2003;

• Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – NBR 13434-1/2004;

• Cor para segurança – NBR 7195/1995 e NR 26/1978.


E, todas as outras normas as quais cada uma das normas acima referenciar, além do Código de Posturas do município e da lei estadual.


Vistoria

Todo projeto de PPCI deverá ser vistoriado pelo grupamento de bombeiros da região, conforme determinação legal. Um PPCI deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) Memorial descritivo, normalmente encontrado no Código de Posturas do município, contendo:

• Classificação dos riscos a serem protegidos e do sistema adotado;

• Identificação das capacidades extintoras;

• Especificação dos aparelhos.


b) Planta baixa em escala de até 1:300, devidamente convencionada:

• Os diversos riscos isolados a serem protegidos, conforme critério de isolamento de riscos previstos pela Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil (TSIB), através de numeração por algarismo arábico;

• Paredes, grades ou quaisquer obstáculos que impeçam a passagem dos extintores e seus operadores.



c) Identificação do estabelecimento e do projetista, tanto nos memoriais quanto nas plantas.



Distribuição de extintores portáteis de incêndio

Como mencionamos anteriormente, a execução de um PPCI requer, também, um projeto de distribuição dos extintores que deve ser realizado por profissional habilitado e que deverá seguir a legislação vigente. Com o projeto de distribuição pronto, deverão ser preenchidos os memoriais descritivos e, juntamente com a planta baixa, deverão ser entregues para aprovação no grupamento de bombeiros.


Após aprovação do projeto pelo grupamento de bombeiros, deve ser executada a instalação dos equipamentos, conforme projeto. A instalação dos equipamentos portáteis deve ser vistoriada pelo mesmo profissional habilitado, pois, após a instalação, deve-se requerer, junto ao grupamento de bombeiros, a vistoria nas dependências da empresa. 

A partir da aprovação do grupamento de bombeiros, pode-se solicitar o alvará de funcionamento.




18 julho 2015

Plano de abandono de área - Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) - Requisitos para elaboração do plano - Localização - Tipo de construção - Classe de ocupação - Tipo de população - Horário e turnos de trabalho - descrição dos riscos - Recursos - frequência com que o treinamento de emergência deve ser realizado - Na ata, deverá constar, no mínimo, as seguintes informações - Rotas de fuga - descrição - Localização - Características da vizinhança - Distância do Grupamento de Bombeiros - Construção - Tipo de ocupação - População - Horário de funcionamento - Recursos humanos - Recursos materiais - Rotas de fuga - Procedimentos básicos de emergência - Alerta - Análise da situação - Pessoa responsável pelo apoio externo - Atendimento de primeiros socorros - Eliminação de outros riscos - Abandono de área - Investigação - Prevenção e Combate a Sinistros causados por Incêndio


Plano de abandono de área

Requisitos para elaboração do plano

O plano de abandono de área é um plano que complementa o Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) e cada empresa deverá montar o seu. Não existe uma fórmula pronta para elaboração de um plano de emergência, pois cada empresa tem as suas particularidades, as quais deverão ser consideradas no momento da elaboração deste. O plano de abandono de emergência contra incêndio é normatizado pela NBR 15219:2005, da ABNT, a qual determina requisitos mínimos necessários para a elaboração, a implantação, a manutenção e a revisão dos planos de emergência contra incêndio das empresas.

A função primordial de um plano de emergência e de abandono de área é preservar a vida, proteger o patrimônio físico e o meio ambiente, adotando medidas que possibilitem a rápida e eficiente atuação das pessoas que compõem a brigada de incêndio e de abandono em situações de emergência.

Toda edificação, por intermédio de seu responsável legal, é obrigada a manter um plano de emergência elaborado e documentado por profissional habilitado. As únicas edificações que não precisam elaborar o plano de emergência são as residências unifamiliares.

Para elaborar um plano de emergência, alguns fatores devem ser levantados e analisados. De posse desses conhecimentos se terá subsídios para a elaboração de um plano de emergência detalhado que possa atender às necessidades da empresa e do entorno dela. As informações iniciais a serem levantadas e analisadas são:


Localização

Um detalhamento da localização da empresa ajuda na elaboração do plano de emergência. Nesse detalhamento, é importante descrever a localização da empresa, se esta se localizada em área urbana ou rural, quais são as características da redondeza, a distância de outras edificações, os riscos aos quais a empresa está sujeita em relação às empresas vizinhas, a distância do grupamento de bombeiros da região, entre outros dados relevantes.


Tipo de construção

Na descrição do tipo de construção, é importante especificar o material que foi usado para construir a parte estrutural, as paredes internas e as divisórias – se é alvenaria, concreto, material metálico, madeira, compensado, gesso acantonado, etc.


Classe de ocupação

A classe de ocupação é a descrição pormenorizada dos riscos que envolvem as atividades desenvolvidas na empresa, por exemplo: se a empresa desenvolve atividade industrial, se desempenha atividade simplesmente comercial, prestação de serviços, etc.


Tipo de população

É importante neste item determinar com precisão o tipo de população que circula pela edificação (população fixa, população flutuante), as características dessas populações (se portadoras de necessidades especiais ou não, o nível de escolaridade), enfim tudo que poderá contribuir para a elaboração do plano de emergência.


Horário e turnos de trabalho

Outro fator importante e não menos fundamental para a elaboração de um plano de emergência são os horários de expediente – turnos de trabalho, turnos de trabalho fora do expediente normal, entre outros.


Descrição dos riscos

Deve fazer parte do plano de emergência uma descrição pormenorizada dos riscos inerentes a cada setor da empresa. Sabendo-se dos riscos existentes, é mais fácil adotar medidas e treinamentos específicos para cada setor que auxiliem nos casos de emergência.


Recursos

É importante realizar o detalhamento dos recursos materiais que, neste caso, seriam os equipamentos de combate ao fogo, os sistemas de iluminação e de sinalização de emergência. Já os recursos humanos envolvem pessoas treinadas e capacitadas na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, bem como treinadas nos procedimentos para assistência de primeiros socorros e de outras situações previstas no plano. Para desempenharem suas funções, essas pessoas deverão ter total conhecimento das dependências da empresa e do plano de emergência.

O plano de emergência, após elaborado e aprovado, deverá ter ampla divulgação para que todos tenham conhecimento sobre este e, principalmente, saibam como proceder nos casos de emergência.

Cópias do plano de emergência deverão ser disponibilizadas em setores estratégicos para que as pessoas possam ter acesso quando necessitarem ou desejarem tirar alguma dúvida ou mesmo para estudarem.

Para que um plano de emergência funcione, no momento de uma emergência real, é preciso que todos saibam o que fazer. Portanto, é necessária a realização de treinamentos teóricos e de exaustivos treinamentos práticos. Os treinamentos práticos são exercícios de emergências simulados que poderão ser realizados de forma parcial (por setores) ou completa (em toda a empresa).



Os treinamentos devem ser programados e executados pelos responsáveis, com ou sem prévia comunicação aos setores. Quando realizados sem comunicação prévia, os treinamentos assumem características reais e, para evitar acidentes, estes deverão ser efetuados somente após alguns treinamentos terem sido realizados com data e hora marcada e com as pessoas já conhecedoras dos procedimentos de emergência.

Sempre, após os treinamentos, deve ser realizada uma reunião com os responsáveis pela implantação e pela execução do plano de emergência e com seus auxiliares para uma avaliação (correção das falhas ocorridas e realização das adequações necessárias). Em todas as reuniões, deve ser lavrada uma ata do que foi discutido, conforme NBR 15219:2005. 


Na ata, deverá constar, no mínimo, as seguintes informações:

• Data e horário do treinamento;

• Tempo gasto no abandono das áreas;

• Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;

• Avaliação da atuação dos profissionais envolvidos;

• Comportamento das pessoas envolvidas;

• Participação do corpo de bombeiros e tempo gasto para a sua chegada;

• Ajuda externa – plano de auxilio mútuo (caso exista);

• Falhas em equipamentos;

• Falhas operacionais;

• Demais problemas levantados.


Para facilitar o desempenho das pessoas, numa situação de emergência, é importante que seja elaborado um fluxograma determinando os passos a serem seguidos (Figura 6.1). O fluxograma de atuação e de resolução de problemas deve ser elaborado conforme a necessidade e os riscos inerentes e particulares de cada empresa.


Figura 6.1: Fluxograma de procedimentos de emergência


Rotas de fuga
Caminhos e saídas devidamente sinalizados e desobstruídos, a serem percorridos pelas pessoas para um rápido e seguro abandono das instalações.

O exemplo do plano de emergência contra incêndio a seguir não está reproduzido na íntegra, pois seria muito extenso para fazer parte desta apostila.

Suprimimos detalhes, como plantas baixas, mostrando as rotas de fuga, as plantas de localização dos riscos e a descrição dos mesmos, as responsabilidades de cada componente da brigada de evacuação, entre outros, pois são particulares, sendo determinados conforme as necessidades de cada empresa.


Descrição
Colégio Técnico Industrial de Santa Maria – CTISM.

Localização
Endereço: Av. Roraima, prédio 05.


Características da vizinhança
Prédio com bom afastamento físico de outras edificações, com exceção da parte de trás do prédio, em que a distância do prédio vizinho (Imprensa Universitária) é de 1 metro.


Distância do grupamento de bombeiros
A distância do posto do grupamento de bombeiros mais próximo é de 1,5 km e a distância do grupamento de bombeiros central é de aproximadamente 14 km.

Telefone: 193.


Construção
Alvenaria, prédio com parte térrea e parte com dois andares.

Área construída
A área construída é de 1200 m².


Tipo de ocupação
Escola Técnica – centro de treinamento profissional (E4), grau de risco baixo
– segundo classificação NBR 14276:2006, Anexo A e Anexo C.


População
População fixa – horário diurno – 40 pessoas.
 – horário noturno – 33 pessoas.

População flutuante – horário diurno – 500 pessoas.
– horário noturno – 300 pessoas.


As 500 pessoas flutuantes no horário diurno são jovens com idade superior a 12 e inferior a 16 anos.

No horário noturno, a população flutuante é de jovens e adultos com idade acima de 16 anos.


Horário de funcionamento
A escola funciona das 7h 30min às 22h 30min, de segunda a sexta-feira.
Excepcionalmente, há expediente aos sábados pela manhã.


Recursos humanos
Brigada de incêndio diurna – XX.
Brigada de incêndio noturna – XX.
Bombeiro profissional civil – 0.


Recursos materiais
Extintores portáteis de incêndio.
Sistema de hidrantes.
Iluminação de emergência.


Rotas de fuga
Mapa detalhado disposto em locais estratégicos da escola, indicando as rotas de fuga.


Procedimentos básicos de emergência
Os procedimentos de emergência devem ser efetuados segundo a ordem determinada a seguir, conforme a disponibilidade dos brigadistas, do pessoal de apoio e com prioridade ao atendimento às vítimas.


Alerta
Constatada a emergência, o alerta deverá ser dado.


Análise da situação
No mesmo momento em que o alarme está sendo dado pela pessoa responsável, o pessoal da brigada de emergência do setor deverá fazer a análise da situação e iniciar as providências possíveis para a eliminação do risco, enquanto a ajuda não chega.
co, ou suspeita, deverá ser investigada.

Pessoa responsável pelo apoio externo
A pessoa no turno que estiver responsável pelo apoio externo deverá, imediatamente ao alerta, chamar os bombeiros e passar informações, tais como:

• Endereço.
• Pontos de referência.
• Características do incêndio.

A pessoa responsável por acionar o apoio externo deverá recepcioná-los na portaria da escola e orientá-los a respeito das instalações e do acontecido. Por isso, durante o tempo em que espera pelo apoio externo, deverá colher mais informações a respeito do acidente (através dos meios de comunicação interna) para repassá-las quando solicitado.


Atendimento de primeiros socorros
O atendimento às eventuais vítimas deverá ser prestado pelas pessoas capacitadas para tal e deverá ser realizado conforme treinamento recebido.


Eliminação de outros riscos
Após a análise do acidente, caso seja necessário, deverão ser tomadas providências para eliminação de outros riscos que poderão agravar a situação, como o corte da energia elétrica e a retirada de outros elementos de risco das proximidades. Essa ordem deverá ser dada pelo coordenador geral após uma análise do risco.


Abandono de área
Com o intuito de reduzir ao máximo os riscos para as pessoas, o abandono de área deverá ser realizado imediatamente ao soar o sinal de alerta. As pessoas, ao serem retiradas das dependências da escola, deverão ser encaminhadas para as áreas de refúgio, permanecendo lá até serem liberadas pelo brigadista responsável.


Investigação

Após os acontecimentos e a liberação do estabelecimento pela autoridade competente, o coordenador geral da brigada de incêndio deverá abrir um processo de investigação do ocorrido. Ao término da investigação, deverá ser lavrado um relatório detalhado que servirá como subsídio para que sejam tomadas as medidas necessárias de correção e de adequação do plano de emergência da escola.