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27 junho 2015

APRESENTAÇÃO - INTRODUÇÃO - MANUAL DE TREINAMENTO PRÁTICO DE BRIGADA DE INCÊNDIO


APRESENTAÇÃO

Este trabalho tem o objetivo de proporcionar um parâmetro, para que as equipes encarregadas do primeiro combate a princípios de incêndios, se organizem com uma estrutura que permita a sua atuação eficiente e segura, como uma brigada de incêndio.

Os Corpos de Bombeiros, aqui chamados de bombeiros públicos, têm neste manual uma padronização para definir e qualificar seus profissionais em combate a incêndios, bem como, preparar pistas de treinamentos adequadas ao nível de cada formação.

A proposta deste manual é estipular a formação mínima para que brigadistas civis e públicos e bombeiros públicos, possam atuar integrados em eventos emergenciais do dia-a-dia e também naqueles sinistros que permitem um planejamento prévio, como é o caso dos Planos de Auxílio Mútuo e Planos Particulares de Intervenção.




INTRODUÇÃO

Durante anos, as atividades de prestação de serviços pelo Corpo de Bombeiros, se multiplicaram e tornaram-se cada vez mais especializadas, requerendo, às vezes, certificação específica do pessoal operacional para atender uma ocorrência. Dentro desse contexto temos as modalidades de serviços de incêndio, salvamento, resgate e auxílio à comunidade, divisões estas que servem, inclusive, de parâmetro para a codificação setorizada de atendimento, objetivando registros escritos, que são os relatórios.

Desde o surgimento dos primeiros Corpos de Bombeiros, sua existência sempre teve, na essência do seu trabalho, a atuação em combate a incêndios, e no presente manual, teremos a oportunidade de tratar da instrução para formação prática de brigadas de incêndio, para entidades públicas e particulares e para o Corpo de Bombeiros.

O conceito de brigada de incêndio passou a ser conhecido, no Brasil, através das recomendações das circulares da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que recomenda uma bonificação, que reduz o custo dos seguros caso um segurado tenha esse pessoal treinado, caminho este que a legislação trabalhista, através da Lei Federal 6517/77 e a Portaria regulamentadora 3214/78, contemplou com as diretrizes sobre segurança e medicina do trabalho, conhecidas como Norma Regulamentadora 23 (NR23), que buscou melhorar a segurança do trabalhador, e que podemos exemplificar, na prática, com o Decreto Federal 96044/88, que exige a qualificação do pessoal aeronauta (pilotos, comissários etc), em formação de combate a incêndios e pronto socorrismo, entre outros temas. Os municípios continuaram a tendência federal por promulgar leis, que exigiam das ocupações formação de pessoal qualificado, para combater princípios de incêndios, estendendo em alguns casos para prédios residenciais multifamiliares, suprindo o que a NR23 não abrangeu.

A pressão social exigindo que as edificações tivessem pessoal treinado, para exercer a missão de brigadista, deu origem a estudos na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que resultou na publicação da NBR 14276/99, sob o titulo “Programa de Brigada de Incêndio”, e que hoje é o parâmetro técnico brasileiro, para estruturar e formar brigadas.

O Corpo de Bombeiros de São Paulo nas legislações sobre segurança contra incêndios, nos anos de 1983 (Decreto 20811) e 1993 (Decreto 38069), obrigava que houvesse uma pessoa habilitada, no manuseio de equipamentos de combate a incêndios nos prédios a serem vistoriados pelas seções técnicas, o que não era necessariamente um brigadista, mas com a mudança da norma prevencionista paulista, pelo Decreto 46076 em 2001, que introduziu conceitos modernos de prevenção e proteção ao fogo, trouxe em seu texto a necessidade de se exigir a brigada de incêndio, nivelando-a em importância a outras Medidas de Segurança Contra Incêndios (MSCI), seguindo basicamente a estrutura curricular e os requisitos da NBR 14276/99. A evolução da legislação sobre brigadas, resultou também na edição da NBR
14277/99, com edição atualizada em 2005, conhecida como norma para “Instalações e Equipamentos para Treinamento de Combate a Incêndio - Requisitos”, o que facilitou as certificações por níveis de pistas de treinamento, a serem usadas na qualificação profissional do brigadista.

Os Corpos de Bombeiros Militares têm em seus planos didáticos de formação de bombeiros, a previsão de aulas práticas, capituladas como de maneabilidade de incêndio, técnica de combate a incêndios, material de abastecimento e linhas de combate a incêndios ou outras denominações similares, para mostrar em instrução com fogo real, os seus conhecimentos técnicos necessários ao desempenho de sua missão.

O presente manual objetiva estabelecer, além do conhecimento para planejamento de brigada de incêndio, um critério para definição de requisitos de formação, qualificação, reciclagem e construção de centros de treinamentos para bombeiros militares, a fim de que seus profissionais tenham um suporte doutrinário específico, para ministrar e avaliar a instrução, além de aferir seu impacto no serviço operacional.


O objetivo deste manual não é estabelecer um alicerce definitivo e extremamente dogmático na instrução de brigadas de incêndio e para Corpos de Bombeiros Militares, mas uma base teórica que se adapte a necessidade de instrução, que surge da análise de estatísticas, das demandas operacionais e mesmo das inovações tecnológicas as quais trazem novos riscos ao dia-a-dia do cidadão e dos bombeiros. 


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