16 fevereiro 2015

1995 / 2015 Bombeiroswaldo - Bombeiro Oswaldo - 20 anos de Carreira atuante na Área de Prevenção e Combate à Incêndio / EPI / EPC / APH / Resgate em Espaço Confinado...


05/02/1995 Me formei Bombeiro Civil. 

20 anos se passaram, Resgates, Imobilizações, APH e Rondas Preventivas foram uma constante em minha vida, sempre feliz na execução de minhas tarefas.

Projetos hão de florir em 2015

Apesar de árdua... 
A Missão foi Cumprida com êxito!!! 

Bombeiroswaldo - 1995 / 2015

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06 fevereiro 2015

PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO - Doenças Infecciosas e Parasitárias: Abelha, Aedes aegypti, Amblyomma cajennesis, animais peçonhentos, Apis mellifera, Aranha, aranha-armadeira, aranha-caranguejeira, aranha-de-grama, aranha-marrom, berne, Bothrops, botulismo, carrapatos, carrapato-estrela, cascavel, Clostridium tetani, coleóptero, cobra coral, Crotalus, dengue, Dermatobia hominis, Desmodos rotundus, Diarréia, doença de Chagas, encefalite por arbovírus Rocio, escorpiões, esquistossomose, febre amarela, febre maculosa, formigas, formiga-de-embaúba, formiga-de-fogo, gripe aviária, hantavirose, Hylesia, jararaca, Lachesis, lacraias, leishmaniose cutâneo-mucosa, leishmaniose visceral, lepidópteros, Lonomia obliqua, Loxosceles, Lycosa, malária, marimbondos, Melipona anthidioides, Micrurus, Paederus, Paraponera clavata, pararama, Phoneutria, Premolis semirufa, raio, raiva, Rickettsia rickettsii, serpentes, surucucu, tarântula, taturana, Tityus, tocandira, toxoplasmose, vespas e viúva-negra. - portalsaude.saude.gov.br


PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO

Os trabalhos de campo podem expor o pesquisador e o observador de aves a diversos agravos de saúde, como acidentes em geral, agentes de doenças endêmicas e acidentes por animais peçonhentos. Diversas precauções e medidas preventivas podem e devem ser tomadas.


Doenças Infecciosas e Parasitárias

Antes de dirigir-se a uma nova área é bom saber que doenças endêmicas existem lá, para que possa tomar medidas preventivas adequadas, exemplo:

Abelha, Aedes aegypti, Amblyomma cajennesis, animais peçonhentos,  Apis mellifera, Aranha, aranha-armadeira, aranha-caranguejeira, aranha-de-grama, aranha-marrom, berne, Bothrops, botulismo, carrapatos, carrapato-estrela, cascavel, Clostridium tetani, coleóptero, cobra coral, Crotalus, dengue, Dermatobia hominis, Desmodos rotundus, Diarréia, doença de Chagas, encefalite por arbovírus Rocio, escorpiões, esquistossomose, febre amarela, febre maculosa, formigas, formiga-de-embaúba, formiga-de-fogo, gripe aviária, hantavirose, Hylesia, jararaca, Lachesis, lacraias, leishmaniose cutâneo-mucosa, leishmaniose visceral, lepidópteros, Lonomia obliqua, Loxosceles, Lycosa, malária, marimbondos, Melipona anthidioides, Micrurus, Paederus, Paraponera clavata, pararama, Phoneutria, Premolis semirufa, raio, raiva, Rickettsia rickettsii, serpentes, surucucu, tarântula, taturana, Tityus, tocandira, toxoplasmose, vespas e viúva-negra.


Estas informações podem ser obtidas junto ao Ministério da Saúde e nas Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios.

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Atualização: 18/12/2012

Febre Amarela - - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO



A febre amarela é doença grave, com índice elevado de letalidade e é causada pelo vírus da febre amarela que é transmitido ao homem por mosquitos. 



Atualmente sua transmissão ocorre apenas no ambiente silvestre. A febre amarela urbana ocorria quando havia grande infestação do mosquito Aedes aegypti, sendo famosos os trabalhos de Oswaldo Cruz para o controle desta transmissão. A reinfestação das áreas urbanas com este mosquito, que vem ocorrendo nas últimas décadas pode permitir a urbanização da febre amarela. O controle do vírus é praticamente impossível pois é perpetuado na natureza e em vertebrados, principalmente macacos, sendo transmitido por mosquitos silvestres, que têm hábitat predominante nas copas das árvores. 

Há uma vacina eficaz, disponível gratuitamente em postos de saúde. Ela confere boa proteção, devendo ser tomada uma dose de reforço a cada 10 anos. 

É indicada a todas as pessoas com mais de 6 meses de idade que se dirigem a áreas onde pode ocorrer a transmissão silvestre da doença, que são de modo geral no Brasil os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Maranhão e dos demais estados amazônicos. 



A vacina deve ser tomada 15 dias antes do deslocamento para áreas endêmicas. Casos isolados têm ocorrido no oeste do estado de São Paulo, Minas Gerais e Bahia. O encontro de macacos mortos em matas pode ser decorrente desta doença e este fato deve ser notificado às autoridades de saúde da área. 

Aedes Aegypti - Reconheça o Mosquito Aedes aegypti - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO





A dengue é causada pelo vírus da dengue, transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, do homem infectado para o homem susceptível. O mosquito é caracteristicamente diurno. O quadro clínico é bastante variável, indo desde infecções inaparentes, até quadros graves de hemorragia e choque. A grande preocupação com relação ao controle desta doença é sua a urbanização, já que o mosquito transmissor é bastante sinantrópico, propagando-se com facilidade em pequenas coleções de água limpa dentro de domicílios e em sua proximidade, como pratos de plantas, latas, vidros, pneus, ferros-velhos, etc. Não existe vacina contra esta doença. 

Hantavírus - Como acontece a contaminação - Previna-se - Como afastar o perigo de você? - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO




A hantavirose, causada pelo hantavírus é doença aguda que pode ter curso grave, em consequência do acometimento pulmonar (síndrome pulmonar por hantavírus), levando ao colapso cardíaco. 

Muitos podem também se infectar sem apresentar doença aparente. O tratamento é apenas sintomático. 



O hantavírus é transmitido por ratos silvestres, por meio de sua saliva, urina e fezes. A contaminação também pode se dar pela inalação de poeira contaminada com o vírus. Algumas espécies de ratos transmissores se propagam bem em lavouras como as de soja, milho e feijão, e também em capins de pastos. 


Malária - Mosquitos do gênero Anopheles - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO



A malária é transmitida pelos mosquitos do gênero Anopheles e atinge 80% do território brasileiro. 



Os grandes ornitólogos Olivério Mario de Oliveira Pinto e Helmut Sick foram acometidos de malária em suas andanças pelos sertões. 

O quadro clínico caracteriza-se pelos acessos febris típicos que apresentam três fases bem distintas que são: calafrio, febre, sudorese. 

O mosquito transmissor se reproduz em águas naturais como rios, lagos, riachos, áreas irrigadas, represas, etc. O controle é feito com medidas de saneamento como desobstrução de valas e canais, limpeza de vegetação e inclinação das margens dos rios, retificação de cursos d'água, drenagem de pântanos e outras, medidas estas muitas vezes infelizmente de grande impacto ambiental. 

Nas habitações pode-se eliminar os mosquitos com o uso de inseticidas de ação residual, instalação de telas, mosquiteiros e roupas adequadas e o uso de repelentes. Há regiões onde a malária se transmite durante todo o ano e outras onde só ocorre na chamada "estação de malária". 

Uma alternativa de proteção contra a malária é a quimioprofilaxia, ou seja, o uso de um medicamento para evitar que se contraia a doença, que não funciona em 100% dos casos. 

O tipo de medicamento, a dose e o tempo de uso dependem de diversos fatores, como o tempo que o indivíduo permanecerá na região endêmica, o tipo de Plasmodium (protozoário causador da doença) existente na área e sua resistência aos medicamentos. Portanto, o uso destes medicamentos deve ser feito sempre com orientação médica, principalmente porque podem também causar efeitos colaterais importantes. Nos últimos anos muitos avanços foram conseguidos para obtenção de uma vacina, que ainda não está disponível.




05 fevereiro 2015

Leishmaniose Cutâneo-mucosa - Protozoário Leishmania brasiliensis - Cachorro e Gato - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO



A leishmaniose cutâneo-mucosa é uma infecção causada por um protozoário, a Leishmania brasiliensis e atinge quase exclusivamente a pele e mucosas. 



É uma zoonose de roedores silvestres e se transmite ao homem e animais domésticos, como o cão e gato, pela picada de mosquitos flebótomos (gênero Phlebotomus), vulgarmente chamados no Nordeste de "mosquito-palha" e no sul do Brasil de "birigui".



Medem 2 milímetros de comprimento e picam geralmente ao pôr do sol e à noite, deixando uma lesão com intenso prurido. Os criadouros são locais úmidos e sombrios, como em ocos de árvores. Esta doença tem ampla distribuição no país, ocorrendo em praticamente todos os estados. Sua ocorrência está quase sempre associada com a presença de mata na região. Ela se manifesta inicialmente por úlceras na pele, em geral indolores. Existe tratamento medicamentoso eficaz. A principal medida de prevenção individual é evitar contato com os mosquitos transmissores.



Leishmaniose Visceral - Calazar - Protozoário Leishmania Chagasi - Mosquito Palha ou Birigui - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


A leishmaniose visceral, ou calazar é causada nas Américas pelo protozoário Leishmania chagasi e é transmitida pelo mosquito Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui, de hábito noturno. 



Ocorre principalmente no nordeste do Brasil, mas alguns focos já foram descritos na região sudeste e centro-oeste, em diversos municípios, mesmo capitais como Rio de Janeiro e Belo Horizonte.



Os hospedeiros do parasita são principalmente canídeos, tanto silvestres como o cão doméstico, responsável pela transmissão da doença em áreas urbanas. 


A maior parte dos casos de infecção humana são assintomáticos, seguindo-se os oligossintomáticos, que se manifestam por um quadro infeccioso inespecífico. 

O quadro mais grave constitui o calazar clássico, caracterizado por desnutrição, aumento do abdome devido ao aumento do fígado e baço, febre, hemorragias e diversos outros padecimentos. Há um tratamento eficaz. Cães doentes na região pode ser uma indicação da ocorrência de leishmaniose visceral. Estes apresentam geralmente emagrecimento, descamação e úlceras de pele, apatia, diarréia e hemorragia intestinal, entre outros. 

A principal medida individual de prevenção é evitar contato com o mosquito transmissor.







Esquistossomose - Schistosoma mansoni - Ciclo de vida do Esquistossomose - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


A esquistossomose é uma verminose causada pelo Schistosoma mansoni. A longo prazo esta doença pode causar uma forma de cirrose hepática, além de outras complicações. A doença é adquirida quando se entra em contato com águas naturais contaminadas com o parasito, como rios, córregos, lagoas, açudes, valas de irrigação, etc. Para a ocorrência do parasito é necessária a existência nestas águas do hospedeiro intermediário, que são caramujos do gênero Biomphalaria. As cercarias, que constituem uma fase do ciclo biológico do parasito, saem do caramujo e penetram diretamente na pele íntegra do homem e outros animais (hospedeiros definitivos). O diagnóstico pode ser feito pelo exame de fezes. Atualmente existem medicamentos bastante eficazes para o tratamento desta doença. O controle desta endemia é muito difícil, pois exige grandes investimentos. A medida individual de prevenção é evitar entrar em contato com águas naturais suspeitas estarem contaminadas com o parasita.



Raiva - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


A raiva é uma doença com letalidade de 100%. Mordeduras de mamíferos domésticos e silvestres são potencialmente transmissoras do vírus da raiva. Qualquer acidente deste tipo exige atendimento médico imediato. 

A norma de tratamento preventivo anti-rábico indica a aplicação de soro e vacina anti-rábicos em todo caso de mordedura por mamífero silvestre, em que não tenha sido possível sacrificá-lo para fazer o exame necroscópico para verificar se tinha ou não raiva. Pessoas que trabalham com animais que oferecem risco potencial de transmissão de raiva podem receber o  esquema de vacinação pré-exposição. 

Em outros países já ocorreram casos de raiva adquiridos pela inalação de aerossóis em cavernas habitadas por morcegos portadores do vírus desta doença. Em nosso meio não foi descrita esta forma de transmissão. 

Entretanto, o Desmodus rotundus, morcego hematófago transmissor da raiva, pode atacar pessoas que dormem em lugares abertos deixando partes do corpo desprotegidas.

Desmodus rotundus - Luiz Fernando de Andrade Figueiredo

Encefalite - Arbovírus Rocio - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO




A encefalite por arbovírus Rocio é doença aguda do sistema nervoso central,  com história de ocorrência, inclusive de epidemias, na região sudeste do estado de São Paulo (Baixada Santista e Vale do Ribeira) e região limítrofe do Paraná. Rocio é o nome da localidade onde o vírus foi descoberto. Perpetua-se na natureza em hospedeiros vertebrados, aves e mamíferos, e transmite-se por mosquitos hematófagos. Tem período de incubação em torno de 10 dias e manifesta-se com febre, dor de cabeça intensa, tontura, fraqueza, vômitos, alterações da consciência e diversos outros sinais e sintomas, característicos do envolvimento do sistema nervoso central. Sequelas graves, envolvendo a motricidade e o equilíbrio podem ocorrer em até 20% dos casos. O diagnóstico é feito pelo exame de líquor e sorológico do sangue, além do isolamento do vírus nestes dois materiais, estes últimos confirmatórios. Não há tratamento específico, apenas sintomático e de manutenção. 

Berne - Dermatobia hominis - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO



O berne é a larva da mosca Dermatobia hominis, que parasita a pele de mamíferos, inclusive o homem. As fêmeas depositam seus ovos sobre o abdome de outros insetos, mosquitos ou moscas.



Depois de uma semana as larvas estão maduras e aproveitam o momento em que o inseto vetor pousa sobre algum mamífero para abandonarem o ovo e se alojarem na pele deste. Aí se desenvolvem em um período que é geralmente de 35 a 40 dias, mas que pode prolongar-se a dois e até três meses. Completada esta fase o berne abandona seu hospedeiro e termina seu desenvolvimento no solo sob a forma de pupa.



Ao penetrarem na pele as larvas dão a sensação de picada ou prurido, mas podem também passar despercebidas. Em torno delas desenvolve-se uma reação inflamatória, a pele fica avermelhada e entumecida, como um furúnculo. No meio da lesão há um orifício, por onde a larva respira. Com o progredir do desenvolvimento da larva, podem ser sentidas dores agudas, como ferroadas e também se percebe o movimento do parasito. Com a saída da larva a lesão tende para a cura espontânea, porém pode haver complicações com a contaminação bacteriana, formando-se verdadeiros furúnculos. Também pode ser uma porta de entrada para o bacilo do tétano.

O diagnóstico é fácil. O fato de ter ido recentemente para áreas silvestres ou rurais é o primeiro indício. A lesão característica, com orifício no centro, onde com atenção pode-se ver o movimento do parasito, dá a certeza final.

O tratamento consiste na extração da larva. A estratégia é impedir que ela respire, o que a forçará a sair. Para isto utiliza-se um esparadrapo sobre a lesão ou ainda uma receita provavelmente de origem popular, mas também muito indicada pelos médicos: aplica-se sobre a lesão por algumas horas um pedaço de toucinho, para dentro do qual a larva acabará saindo. O fato de ser uma substância natural e presente na pele deve encorajar a larva a sair. Na falha deste processos a larva deverá ser tirada cirurgicamente.

Tétano - Crostridium tetani - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO





Pequenos ferimentos são comuns nas atividades de campo. Uma consequência grave destes pode ser o tétano, que pode ter alta letalidade. O micróbio causador, o Crostridium tetani, ocorre livremente na natureza, de onde pode atingir a corrente sanguínea por meio de ferimentos, especialmente os mais profundos e que não podem ser adequadamente limpos. 



A prevenção é absolutamente fácil por meio da vacina. Esta deve ser tomada desde o primeiro ano de vida. Os adultos não imunizados anteriormente devem receber um esquema básico de três doses e posteriormente devem receber uma dose de reforço a cada 10 anos. A vacina faz parte do Programa Nacional de Imunizações e está disponível nos postos de saúde, algumas vezes associada à vacina contra a difteria (Vacina Dupla Adulto). 


Doença de Chagas - Protozoário Trypanosoma cruzi - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi que é transmitido ao homem pela picada de insetos triatomíneos chamados popularmente de "barbeiros", parecidos com os comuns percevejos.



Os insetos picam à noite suas vítimas para sugarem sangue e ao mesmo tempo defecam. Ao coçar-se o indivíduo leva as fezes do inseto, onde se encontra o protozoário parasita, ao ferimento causado pela picada, por onde ele penetra.

Um fator que facilita muito a transmissão da doença de Chagas é a domiciliação do inseto transmissor, que vem viver na habitação humana ou próximo à ela. Um local preferencial usado como esconderijo diurno pelos insetos são as frestas existentes nas casas de pau-a-pique do interior. A transmissão desta doença está em declínio no Brasil em decorrência da atuação dos serviços sanitários de saúde, que realizam a dedetização das habitações rurais e a educação sanitária, eliminando o principal vetor da doença, o Triatoma infestans.

Entretanto tem-se notado um aumento de casos na Amazônia, possivelmente pela vinda aos domicílios de triatomíneos silvestres. A infecção ocorre também em diversos mamíferos silvestres e domésticos, que funcionam como reservatórios da doença. A doença de Chagas tem evolução bastante insidiosa e os sintomas crônicos geralmente surgem após uma década da contaminação.


Os principais acometimentos referem-se ao coração (arritmias e insuficiência cardíaca) e o aparelho gastrointestinal. Não existe um tratamento eficaz para eliminar o parasita do organismo. Os medicamentos visam diminuir o número de parasitas. 

Toxoplasmose - Protozoário Toxoplasma Gondii - Ciclo do Toxoplasma Gondii - Hospedeiro definitivo ( Gato - Felino ) - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


A toxoplasmose é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Os felinos ocupam um papel singular no ciclo de vida deste parasita, já que funcionam como hospedeiros definitivos e intermediários ao mesmo tempo. Em seu intestino ocorre uma fase do ciclo. O parasita é eliminado pelas fezes dos felinos e contaminam via oral os hospedeiros intermediários, entre os quais ovinos, bovinos, suínos, roedores, aves e o homem.





Nestes o parasita pode ser levado a diversos tecidos, principalmente o tecido nervoso e muscular, onde formam cistos que podem ali permanecer por toda a vida do hospedeiro. Quando felinos se alimentam destes animais, ingerem novamente os parasitos, reiniciando-se o ciclo.

O homem pode infectar-se comendo alimentos contaminados com fezes de felinos ou comendo carnes que não tenham sido suficientemente cozidas ou assadas. A maior parte das pessoas contaminadas não apresentam sintomas e as manifestações clínicas quando ocorrem são pouco exuberantes, sendo raros os casos graves, exceto na pessoa com imunodeficiência. Entretanto a infecção congênita (infecção do feto por transmissão transplacentária), pode causar malformações muito graves.

Um acometimento clínico importante é decorrente da instalação dos parasitas na retina, causando problemas visuais de difícil tratamento. A prevenção consiste em evitar comer carne mal passada ou mal cozida e nunca beber água que não seja potável, além de medidas de higiene, naturalmente. Riachos cristalinos em meio a matas podem estar contaminados com fezes de felinos, já tendo sido descrito um surto de toxoplasmose em soldados que teve possivelmente esta fonte de contaminação.


Como os gatos domésticos têm o hábito de se lamberem para fazerem a limpeza do pêlo, podem levar os parasitas do ânus para o pêlo. Ao acariciá-los podemos contaminar nossas mãos e em seguida alimentos que venhamos a pegar. A prevenção se dá também evitando contato com gatos, e com suas fezes. 

Febre Maculosa - Carrapato estrela - Rodoleiro - Ambliomma Cajennense - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


A febre maculosa é causada por uma bactérias do gênero Rickettsia, ocorrendo em diversos continentes. Nas Américas o agente é a Rickettsia rickettsii, que é transmitida ao homem por carrapatos, principalmente pelo carrapato estrela, também chamado de carrapato do cavalo ou rodoleiro, Ambliomma cajennense.



No Brasil o principal reservatório bactéria é o carrapato-estrela. Para que haja infecção do homem, há necessidade de que o carrapato fique aderido durante um certo tempo (4 ou 6 horas). O carrapato fica infectado durante toda sua vida e ocorre transmissão transovariana para sua prole.

A presença de animais de grande porte (cavalos, capivaras, etc) teria como consequência permitir uma maior proliferação de carrapatos, sua participação como reservatórios é ainda discutível. O período de incubação da doença é de 2 a 14 dias (em média 7 dias).

A doença tem incidência maior na primavera e verão. O início é súbito com febre moderada a alta que dura de 2 a 3 semanas, acompanhada de cefaléia, calafrios, congestão das conjuntivas, dores musculares. No terceiro ou quarto dia pode aparecer um exantema maculo-papular (manchas na pele) róseo, inicialmente nas extremidades, em torno do punho e tornozelo e daí se estendendo para o resto do corpo, inclusive palmas das mãos e plantas dos pés. Hemorragias podem ser frequentes, inclusive petéquias (pequenas hemorragias puntiformes na pele).

A doença pode também cursar assintomática ou com sintomas muito discretos. Outros podem ser graves, ocorrendo sufusões hemorrágicas seguidas de necrose destas áreas. Há ainda torpor, agitação, sinais meníngeos, coma. Casos graves não tratados podem ter letalidade em torno de 20%. A confirmação de faz com o exame sorológico e cultura e o tratamento com antibióticos e cuidados de enfermagem.


A prevenção se faz:

- conhecendo as áreas endêmicas;

- evitar andar pelas áreas infestadas;

- evitar deitar-se ou assentar-se no chão;

- pegar os carrapatos com as unhas, pois com o esmagamento pode-se liberar a bactéria que pode assim penetrar por micro lesões da pele;

- retirar os carrapatos através de leve torção para liberar as peças bucais.



Os pecuaristas podem promover rotação de pastagens e a aplicação de carrapaticidas nos animais domésticos. No Brasil as regiões endêmicas estão nos estados de SP, RJ, MG, ES e BA. Em SP, foram notificados casos nos municípios de Mogi das Cruzes, Diadema, Santo André, Pedreira, Jaguariúna, Campinas, Piracicaba. 

Gripe aviária - Vírus H5N1 - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


Gripe aviária

A gripe aviária é doença causada pelo vírus H5N1, que atinge principalmente aves, em especial as aquáticas. As cepas atualmente isoladas têm baixo potencial de infectar o ser humano, mas há preocupação de que cepas mutantes venham a ter esse potencial aumentado. A grande maioria dos casos humanos se deram por contaminação a partir de aves domésticas, tendo as aves silvestres pouca importância na cadeia epidemiológica da doença.


A doença atualmente está restrita à Ásia, casos esporádicos ocorreram na Europa oriental e ocidental. Uma preocupação é que aves migratórias possam disseminar a doença, embora isto não tenha se comprovado na prática. No nosso meio essa possibilidade é ainda mais remota, já que não há rotas migratórias de aves da Ásia para as Américas, embora indivíduos vagantes façam o percurso Europa - América do Sul. A Sociedade Brasileira de Ornitologia divulgou nota sobre a gripe aviária, disponível em seu site.


Diarréia - Aprenda como evitar e curar a diarréia - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


Diarréia

A diarréia é a doença mais comum que acomete viajantes. São causadas por bactérias, vírus ou protozoários que se transmitem por meio da água ou alimentos contaminados. 

A prevenção consiste simplesmente em só beber e utilizar para a feitura de alimentos água potável adequadamente tratada. Na falta desta, a água poderá ser fervida ou tratada com hipoclorito de sódio (2 gotas por litro, aguardando-se 30 minutos para usar).

O maior problema será com relação aos alimentos, já que em áreas rurais e outras distantes dos centros urbanos há grande disponibilidade de alimentos que não passam pelo processo de industrialização ou fiscalização sanitária. Deve-se comer verduras e frutas adequadamente lavadas em água potável (podem também ser deixadas de molho em água contendo 2 gotas de hipoclorito por litro, durante meia hora).

Outros alimentos, comer de preferência bem cozidos ou assados. Conservas devem ser vistas com cautela. Palmito em conserva caseira tem causado graves intoxicações pela toxina botulínica (botulismo), o que frequentemente é fatal. Leite nunca deve ser bebido in natura, mas previamente fervido. Como regra geral, todo alimento que não tiver o selo de inspeção e liberação do órgão sanitário é suspeito.


Por outro lado, mesmo no caso de alguns alimentos industrializados é preciso tomar alguma cautela. A embalagem pode ter sido contaminada durante o armazenamento ou transporte do produto. Saquinhos de leite devem ser lavados antes de abertos, da mesma forma refrigerantes e outra bebidas em lata. Já foi descrito caso de leptospirose possivelmente adquirida com lata de refrigerante onde ratos urinaram durante o armazenamento. Cuidado também deve ser tomado com o caldo de cana, principalmente se a cana não é lavada e adequadamente descascada antes de moída, já tendo sido relatado surto de doença de Chagas, adquirida por via digestiva, pelo fato de que barbeiros haviam defecado sobre canas armazenadas. 

Aprenda como evitar e curar a Diarréia


03 fevereiro 2015

Lacraias - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


Lacraias


Os acidentes são raros, mais relacionados com o trabalho doméstico, quando algum objeto onde estava o animal é pego inadvertidamente. É mais comum um acometimento apenas local com eritema, edema, dor local ou irradiada, hemorragia local discreta, que pode evoluir para necrose superficial. 

Eventualmente cefaléia, vômitos, ansiedade, tonturas. O tratamento consiste em analgésicos e bloqueio anestésico local ou no tronco nervoso.



Escorpiões - Tityus serrulatus - Escorpião amarelo - Tityus bahiensis - Escorpião marrom - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


Escorpiões

Há centenas de espécies, mas apenas as do gênero Tityus têm importância médica, sendo mais graves os causados pelo escorpião amarelo, Tityus serrulatus. Os acidentes são relatados em todas as regiões do Brasil. No Sudeste os acidentes são mais frequentes na primavera. No Estado de São Paulo apenas duas espécies são responsáveis pelos acidentes de importância médica (T. serrulatus e T. bahiensis). São noturnos, ficando durante o dia escondidos sob cascas de arvores, pedras, troncos podres, folhas no chão, madeiras empilhadas, junto a domicílios e onde o lixo doméstico fornece alimento fácil.

Nos adultos ofendidos, geralmente os sintomas (quadro leve) são apenas forte dor local irradiada, com edema e sudorese local. Sinais e sintomas de acometimento mais grave (quadro moderado) envolvem, além da dor local, manifestações sistêmicas como sudorese, náuseas, vômitos (quando profusos prenunciam gravidade), agitação, sialorréia e manifestações cardio-respiratórias. O quadro grave se caracteriza também por uma ou mais das seguintes manifestações: bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, convulsões e coma.

Crianças e idosos podem evoluir para as formas mais graves com muito mais frequência. Pela impossibilidade de se prever a evolução de cada caso, o melhor a fazer é encaminhar o acidentado a um serviço médico que disponha de soro anti-escorpiônico. Os casos moderados e graves e crianças e idosos de modo geral deverão receber este tratamento. T. serrulatus ocorre na BA, ES, RJ, MG, SP, PR e GO. T. bahiensis ocorre em SP, MT, MS, PR, SC e RS. T. stigmurus ocorre na BA, SE, AL, PE, PB, CE, PI e RS. T. cambridgei ocorre na região amazônica.

Tityus serrulatus - escorpião amarelo


Tityus bahiensis - escorpião marrom 

Aranhas - Armadeira - Marrom - Viúva Negra - Aranha de Grama - Caranguejeira - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


Aranhas

São de importância médica os gêneros Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha-marrom) e Latrodectus (viúva-negra). Os acidentes com Loxosceles e Latrodectus podem ter complicações sérias, entre outras, insuficiência renal e choque, respectivamente. Desta forma, estes acidentes sempre indicam o tratamento soroterápico.

Já os acidentes com a armadeira, que são os mais comuns, geralmente causam apenas forte dor local. Aranhas que fazem teias geométricas (circulares, triangulares, etc) não oferecem riscos à saúde humana, causando apenas dor local.


Armadeira

Ocorre em praticamente todo o Brasil. Atinge 3 a 4 cm de corpo e até 15 cm de envergadura de pernas. Os acidentes com a armadeira ocorrem geralmente quando as pessoas manipulam cachos de banana (por isto chamada pelos americanos de "banana spider") ou dentro de casa, ao vestir roupas e calçados. Ela é ativa à noite, ficando durante o dia escondida em locais escuros. Não faz teia.

Quando surpreendida, não foge, colocando-se em posição de ataque, apoiando-se nas pernas traseiras e erguendo as dianteiras, armando-se para picar, daí o nome armadeira. 90% dos casos de picadas apresentam apenas forte dor local com edema no local da picada.

Em outros 9% dos casos, ditos moderados, há também taquicardia, hipertensão arterial, sudorese, agitação, visão turva, vômitos ocasionais, priaprismo e sialorréia. Os casos graves, que felizmente ocorrem em apenas 1% dos acidentes e praticamente restritos a crianças apresentam, além das citadas, diversas outras manifestações graves, que podem incluir convulsões, edema pulmonar, coma e choque.

Nos casos moderados e graves está indicado o tratamento soroterápico. Desta forma é recomendável que todos os acidentados sejam encaminhados a serviço de saúde que disponha deste recurso. Enquanto se aguarda o atendimento especializado, pode-se combater a dor local com analgésicos vial oral (dipirona) ou infiltração de anestésico (lidocaína a 2% sem vasoconstritor) no local da picada ou tronco nervoso.





Aranha-marrom

Pode atingir 1 cm de corpo e 3 cm de envergadura de pernas. Ocorre em todo o Brasil, mas os acidentes são mais comuns nos estados da região sul.

A aranha-marrom é ativa à noite e de dia esconde-se sob-cascas de árvores, folhas secas de palmeiras e também nas casas, atrás de quadros e móveis, nos cantos das paredes, sótãos, garagens, etc. Faz uma teia irregular. É muito pouco agressiva, mas como pode também esconder-se em roupas, pica quando a pessoa se veste, espremendo-a contra o corpo.

Em torno de 70 a 97% dos casos ocorre de imediato apenas edema e eritema no local da picada, ao que geralmente não é dada importância pelo ofendido. A dor local vai se intensificando lentamente, nas primeiras 12 a 36 horas. Posteriormente ocorrem áreas avermelhadas e hemorrágicas, mescladas com áreas de isquemia (aspecto marmóreo) e também febre e exantema, quando geralmente é feito o diagnóstico.

No local podem surgir bolhas e necrose. Os demais casos são da forma cutâneo-visceral, que podem evoluir nas primeiras 24 horas com hemólise intravascular e insuficiência renal, de extrema gravidade. O tratamento de escolha é a administração do soro antiloxoscélico ou antiaracnídico. Pesquisas recentes mostraram que a lagartixa doméstica (Hemidactylus mabouia), é predadora da aranha-marrom, desta forma deve ser protegida e tolerada mesmo dentro de casas. 
  



Viúva Negra

Os acidentes com a viúva-negra são extremamente raros, mas já foram relatados no litoral nordestino, principalmente na BA e também no RJ, SP e RS. Apenas as fêmeas causam acidentes. Geralmente são aranhas de cor preta intensa, sem pêlos evidentes, com abdome bem arredondado. No ventre podem ter uma mancha vermelha, em forma de ampulheta.

Algumas espécies têm cor marrom. É ativa durante o dia e vivem em casas da zona rural, plantações, "salsa da praia", etc. Faz uma teia irregular na vegetação. Os acidentes se dão de forma semelhante aos da aranha-marrom (roupa pessoal, camas) e também em colheitas no campo. Há dor intensa e imediata, acompanhada também de "íngua". Seguem-se contraturas musculares e outros agravamentos, que podem levar ao choque. O tratamento indicado é o uso do soro antilatrodéctico.



Aranha de Grama

A aranha-de-grama ou tarântula, do gênero Lycosa, pica ao ser pisada em gramados ou quando impossibilitada de fuga. É comum em gramados, pastos, junto a piscinas e jardins. Desta forma estas picadas podem ser frequentes, porém destituídas de importância médico-sanitária.

Aranha-de-grama -Yuri F. Messas


As caranguejeiras, a despeito de seu aspecto assustador, causam com sua picada apenas dor local discreta. Mais importante é a dermatite pruriginosa causada pela ação irritante dos pelos situados no dorso do abdômen, que ela desprende quando se sente ameaçada ou é manipulada.

Caranguejeira

Abelhas e Vespas - Abelhas peçonhentas - Picadas de abelhas - Acidentes com abelhas - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


Abelhas e vespas



Pertencem a esta ordem os únicos insetos que possuem ferrões verdadeiros, com duas famílias de importância médica: Apidae (abelhas e mamangavas) e Vespidae (vespas e marimbondos). Há dois fatores agravantes nos acidentes com estes insetos: o número de picadas e hipersensibilidade do ofendido (alergia).

As abelhas peçonhentas encontradas no Brasil são a exótica Apis mellifera (européia: A. m. mellifera, a italiana: A. m. ligusta e a africana: A. m. escutellata) e a nativa mamangava, Melipona anthidioides. Após picarem, deixam na vítima o ferrão com a glândula de veneno, motivo pelo qual sua retirada deve ser feita por raspagem com lâmina (faca cega) e não pelo pinçamento de cada um deles, já que a compressão da glândula ajuda a inocular o veneno.

Picadas de abelhas podem sensibilizar o organismo, com exacerbação da resposta a picadas subsequentes. O efeito mais comum é a dor local no local da ferroada, que tende a desaparecer espontaneamente em alguns minutos, deixando vermelhidão, prurido e edema por várias horas ou dias. Pode seguir-se uma induração local, que aumenta de tamanho nas primeiras 24-48 horas, podendo até limitar a mobilidade de um membro afetado.

Manifestações graves envolvem anafilaxia, edema de laringe, hipotensão, até colapso vascular total, arritmias cardíacas, insuficiência respiratória e insuficiência renal aguda. Podem também ocorrer reações alérgicas tardias, vários dias após a(s) picada(s), com artralgias, febre e encefalite, quadro semelhante à doença do soro.


Picadas múltiplas ou mesmo uma só picada em pessoa alérgica constitui emergência médica e o ofendido deve ser encaminhado com urgência a um pronto socorro para receber medidas de suporte, já que não existe um antídoto específico contra o veneno de abelhas. 

Os acidentes com abelhas tornaram-se mais frequentes no Brasil após a introdução no país de rainhas puras de abelhas africanas. Sua hidridação acidental com as européias já existentes aqui anteriormente resultou no aparecimento das abelhas africanizadas. As vespas ou marimbondos, ao contrário das abelhas, não deixam o ferrão no local da picada. As manifestações clínicas são muito semelhantes aos das picadas de abelhas, desta forma o tratamento é igual.


Formigas - PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES NOS TRABALHOS DE CAMPO


Formigas



Na Amazônia e Brasil Central ocorre a tocandira, Paraponera clavata, de 22 mm, e que faz ninho subterrâneo onde se alojam até 500 formigas. 

Também pode ser encontrada sobre árvores. É muito agressiva e sua picada causa dor profunda, que se intensifica com as horas, ocasionando também calafrios e às vezes vômitos. 

Os sintomas se prolongam por mais de um dia. As formigas conhecidas como formiga-de-fogo ou formiga-lava-pé, do gênero Solenopsis, picam causando comichão e ardor e em pessoas sensíveis em cada lugar de picada desenvolve-se uma pústula. 

Com picadas como as da lava-pés são as formigas-de-correição, do gênero Eciton, como a Eciton praedator. As formigas-de-embaúba, do gênero Azteca, também ferroam.