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29 janeiro 2015

Fumaça e gases de incêndios - Efeito da fumaça e gases de incêndios - Falta de visibilidade - Toxidez dos gases - Gases aquecidos - Riscos de morte - Riscos advindos do pânico - Perigo para a vida - Ocupação do edifício - Problemas de salvamento - MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIO DE INCÊNDIO


FUMAÇA E GASES DE INCÊNDIOS

Gases de incêndio são substâncias em estado vaporoso, resultantes da combustão. Os produtos mais comuns da combustão contêm carbono que, quando queimado forma o bióxido de carbono e o monóxido de carbono. Os principais fatores que determinam os gases de incêndio formados pela combustão, são as composições químicas do comburente, o percentual de oxigênio presente para a combustão, e a temperatura da combustão (incêndio).

EFEITOS DA FUMAÇA E GASES DE INCÊNDIOS

A fumaça e os gases confinados no interior do prédio durante um incêndio interferem no acesso e visibilidade para fins de resgate e operações de combate ao incêndio. Essa mesma fumaça e gases superaquecidos, em um ambiente confinado, em que o nível de oxigênio apresenta-se muito baixo para alimentar a combustão adequadamente, podem entrar em ignição ou também explodir quando ocorrer suprimento de oxigênio de forma repentina, quando, por exemplo, uma porta é aberta, possibilitando a entrada de ar naquele ambiente confinado.


FALTA DE VISIBILIDADE

Durante os primeiros estágios do incêndio, a fumaça e os gases não apresentam problemas sérios. Mesmo em edifícios lacrados, há várias áreas disponíveis, através das quais a fumaça pode ser dissipada. Deste modo, a visibilidade fica num nível mais tolerante para a operação de combate. A medida que o foco ganha vulto, as áreas nas quais a fumaça se expandiu se tornarão mais densas. Assim, a visibilidade é gradualmente reduzida até que a ventilação seja efetuada. A falta de visibilidade pode encurralar pessoas e Bombeiros em edifícios tomados pelo fumo.


TOXIDEZ DOS GASES

Os edifícios lacrados podem ser capazes de reter toda a fumaça e gases do incêndio, até que sejam ventilados. Outros tipos de edifícios geralmente retêm produtos da combustão que podem ser taxadas de altamente perigosas.

O fogo produz inúmeros gases tóxicos, sendo o mais comum deles o monóxido de carbono – CO. Um indivíduo exposto à concentrações de monóxido de carbono em doses mínimas de 1% a 3 % no ar ambiente, se tornará inconsciente após duas ou três inalações e provavelmente morrerá dentro de 1 a 3 minutos. Além do mais, a fumaça e os gases tóxicos deslocam o oxigênio no interior de uma estrutura. O efeito nocivo da falta de oxigênio não é geralmente entendida com facilidade. Breves exposições à atmosferas onde o conteúdo de oxigênio foi reduzido dos 21% normais para aproximadamente 15%, irá prejudicar o rendimento físico do indivíduo que combate o incêndio; e afetar de modo enfático o seu poder de discernimento. A perda do discernimento sob tais condições raramente se faz auto-analisável ao Bombeiro que é seu paciente. Há casos registrados em que Bombeiros realmente colocaram em risco suas vidas, sem consciência deste fato, após breves exposições à atmosferas carente de oxigênio. Em cada um dos casos o Bombeiro acreditava estar fazendo o trabalho de forma normal sem excessivo risco, porém seu poder de discernimento estava totalmente falho.



As máscaras de penetração para homens expostos à fumaça e a gases de incêndios são absolutamente necessárias para proteger sua saúde e prover um desempenho adequado de suas funções. O tempo do “coração devorador de fumaça”, já era. Hoje em dia, no caso do CB, não pode haver vaga para indivíduos que recusem usar uma máscara de proteção.


GASES AQUECIDOS

O calor é transportado para outras partes do edifício através da fumaça e dos gases da combustão. A quantidade de calor transportado por tal meio de condução esta em relação imediata com o espaço de tempo que o calor tem gerado e a distância que este deve percorrer antes de ficar preso num dos pavimentos superiores. O calor transportado por vapores é absorvido pelo ar do edifício e transportado pelas partículas e vapores advindos deste.  Os dispositivos de proteção acionados através do princípio de elevação de temperatura não respondem a gases de incêndio e propagação da fumaça, visto que tais aparelhos geralmente não funcionam com a rapidez necessária para fechar portas e vãos de ventilação a fim de bloquear a passagem para gases e fumaça. Tal desvantagem é particularmente real em prédios elevados, nos quais a fumaça e o fogo podem viajar grandes distâncias e transferir calor necessário para atingir outros dispositivos.


RISCOS DE MORTE

Conforme foi mencionado anteriormente, é fato bem sabido que as mortes causadas pela inalação de gases quentes são bem mais comuns do que mortes através do fogo, e de todas as outras causas combinadas. Geralmente, pouca atenção se dá à toxidade da fumaça fria e gases. A fumaça estratificada e os gases perdem apenas o seu efeito calorífico; o monóxido de carbono, fatal à vida e os gases tóxicos, ainda nela estão presentes. Visto que o fator temperatura não afeta a toxidade, os gases frios ainda são tão perigosos como aqueles que estão quentes. Os ocupantes das áreas do edifício onde a fumaça é estratificada, devem ser removidas de vez.


RISCOS ADVINDOS DO PÂNICO

Ocorrem mortes causadas pelo pânico quando os ocupantes de um edifício são levados a crer que existe um incêndio quando na realidade não há incêndio algum. A fumaça num prédio alto pode gerar tal crença e causar pânico. Porém o medo é a maior causa de pânico. O pânico é contagioso, e quanto maior o número de pessoas num prédio, maior será o potencial de pânico. Visto que nos edifícios modernos geralmente contém uma lotação diária de 100 ou mais pessoas por pavimento, o risco de pânico sob tais circunstâncias e condições de fumaça é realmente verídico, a maioria das pessoas só conhece uma via de entrada e saída do prédio onde moram ou trabalham. O acesso geralmente se dá através de um salão frontal de acesso ao elevador, através de um hall, e para o interior de seus apartamentos ou escritórios. A evasão geralmente também se processa pela rota. Sob condições de incêndio, os outros meios de fuga são geralmente ignorados ou ainda, menosprezados se desconhecidos. Até o ponto que uma pessoa possa lograr acesso a uma área reconhecível, de segurança, há pouco perigo de ocorrer pânico. Quando a rotina é desviada por qualquer interferência pode desenvolver-se o pânico. Tal interferência pode advir da fumaça densa, calor, visibilidade reduzida, filas excessivas ao elevador, demora em abrir as portas e assim por diante. Quando rompe o pânico, o indivíduo não raciocina ou se comporta de modo lógico. O fluxo resultante de pessoas para as vias de fuga conhecidas pode então rapidamente bloquear tais saídas e aprisionar todas as pessoas dentro daquela área particular. Portanto, o pré-planejamento para o combate deve incluir métodos de movimentação de ocupantes do edifício a fim de alternar as vias de fuga.

Pode-se realizar exercícios de saída de emergência através de gráficos montados em local de destaque de cada pavimento, que demonstrem as saídas alternativas, para uso em edifícios altos. Os edifícios do Poder Judiciário de Nova York não só prevêem tais exercícios de evasão como também estabelecem guardas em cada pavimento que orientam a evasão em caso de emergência. A diretoria atribuiu responsabilidades bem definidas com respeito à segurança contra o risco de vida dos ocupantes de seus prédios.


PERIGO PARA A VIDA

Incêndios em arranha-céus apresentam numerosos riscos para a vida de seus ocupantes (moradores). O tópico Perigo para a Vida da resposta as seguintes perguntas:

- Quais são os problemas encontrados para a evacuação dos ocupantes dos edifícios altos?
- Quais são os sérios problemas para a vida nas ocorrências de incêndios nos altos edifícios?
- Quais os meios de fuga nos altos edifícios?
- Quais as saídas que devem ser usadas para o êxito das operações de salvamento?


OCUPAÇÃO DO EDIFÍCIO

A ocupação dos edifícios, determina graves riscos de vida para os ocupantes no caso de um incêndio. Os edifícios comerciais tem a mais variada ocupação. Geralmente os altos edifícios são planejados antes de serem construídos, da colocação de letreiros e de serem alugados. Somente após a construção é que ele é alugado, o que faz com que o tipo de ocupação seja desvirtuada em função do interesse econômico do proprietário. Internamente encontra-se móveis e acessórios para o uso dos vários tipos de ocupantes e instalações. O Projeto de Prevenção contra Incêndios deve determinar o layout ocupacional, de forma a dar a maior resistência ao fogo em cada andar. O estado e a condição física dos ocupantes, para dar ao Corpo de Bombeiros, em caso de socorro, a direção e ajuda necessária para a evacuação dos moradores a local seguro. Em alguns edifícios os mais sérios problemas são durante o dia, em outras durante a noite. Em qualquer dos casos, precisa ser presumido que muitos são os problemas que põe em risco a vida dos ocupantes de altos edifícios. Quando ocupados, os edifícios com andares fora do alcance normal das escadas dos Bombeiros trazem sérios riscos para a vida. Os riscos de vida estão normalmente relacionados com a altura do edifício, resistência ao fogo, e número de ocupantes. O ocupante normalmente não encara estes problemas seriamente. Não é incomum haver mais de 100 pessoas em cada pavimento de uma estrutura comercial. Se o edifício excede a 25 andares, os ocupantes podem ser superiores aos de muitas comunidades. Um incêndio em uma alta estrutura deve ser considerado como um incêndio numa cidade vertical onde toda população é envolvida.




PROBLEMAS DE SALVAMENTO

Para o sucesso das ações de salvamento, o Bombeiro deverá antecipadamente conhecer a situação das vítimas e poder subir. Antes de preocupar-se com o incêndio, o Bombeiro deve preocupar-se com o salvamento das vidas humanas em perigo.

Comumente, para o Bombeiro, as fases de uma operação de salvamento são:

a) Controle dos ocupantes;
b) Evacuação dos ocupantes;

c) Estabelecimento de áreas de refúgio. 

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