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24 agosto 2014

Cinemática do trauma - Mecanismo das Lesões por movimento - 1° Lei de Newton e 2° Lei de Newton - Absorção de Energia - Valor da desaceleração é dado pela fórmula (diversos exemplos) - Peso dos orgãos no momento da desaceleração (fígado, coração, rim, cérebro e baço) - Desaceleração instantânea X queda livre vertical de um corpo (impacto à 50 km/h = queda livre de 10m, impacto à 75 km/h = queda livre de 22m, Impacto à 100 km/h = queda livre de 40m - Todas essas desacelerações súbitas são na verdade colisões, cada qual capaz de causar lesões próprias e específicas - Ha três mecanismos básicos de lesões por movimento - Desaceleração horizontal repentina - Desaceleração vertical repentina - Penetração de projetil - Acidente com veículo a motor - Colisão Frontal - Passageiro do banco dianteiro - Passageiro do banco traseiro - Passageiros utilizando cinto de segurança - Cinemática do Trauma - Trauma penetrante por arma de fogo - Categoria e Velocidade


MECANISMO DAS LESÕES POR  MOVIMENTO

Muitas das lesões potencialmente fatais não são visíveis no primeiro momento. Se você suspeita e está preparado para tratar tais lesões, então você estará salvando vidas. A capacidade para prever possíveis lesões em um local de acidente é uma importante habilidade que para ser desenvolvida requer estudo, experiência e constante atenção do socorrista.

Embora existam muitos outros mecanismos de lesão (eletrocussão, obstrução de vias aéreas, intoxicações, etc...), as lesões por movimento são as mais comuns. Essas lesões são devido a duas maneiras de transferir energia:
- movimento da vítima;
- movimento de objetos que atuam sobre a vítima.


Há certas leis da Física com as quais devemo-nos estar familiarizado para entender o fenômeno da transferência de energia:

• 1ª. Lei de Newton: Um corpo em repouso permanece em repouso até que sobre ele atue uma força externa.

• 2ª. Lei de Newton: Um corpo em movimento permanece em movimento retilíneo (direção reta), até que sobre ele atue uma força externa.


Exemplo: Um automóvel (e seus ocupantes) viajando a 100km/h gera uma grande quantidade de energia mecânica. Se o carro colidir contra uma árvore, quase toda essa energia será absorvida pela árvore, pelo veículo e por seus passageiros (uma parte dessa energia se dissipará na forma de calor). Desta maneira, os ferimentos que ocorrerem com os passageiros pela brusca parada do veículo, serão derivados do fenômeno da transferência de energia.

Lesões provocadas por aceleração ou desaceleração são causadas pela transferência da energia necessária para mover um corpo em repouso ou pará-lo quando em movimento. A quantidade aplicada, como e com que velocidade é aplicada e em que parte do corpo ela é aplicada é que vão determinar a seriedade das lesões.

A energia que anima um corpo em movimento é conhecida como ENERGIA CINÉTICA (que produz o movimento), e é expressa pela fórmula  E = ½ mv2, onde “m” corresponde a sua massa e “v” à sua velocidade. Convém relembrar que massa não significa peso, muito embora às vezes esses conceitos são confundidos. O peso de um corpo “p” depende de duas grandezas:
- variável;
- fixa.

A variável é dada pela aceleração da gravidade “g”; e a fixa, pela quantidade de matéria que constitui o corpo e que se chama massa “m”. A relação entre essas grandezas é estabelecida pela célebre fórmula de Newton p = mg, e portanto m = p/g.

Exemplo: O peso de um homem na Terra é 70 kg. Na Lua esse mesmo homem pesará 17,5 kg.

A Energia Cinética é expressa em quilogrâmetros. Um quilogrâmetro é o trabalho necessário para erguer um peso de um quilo a um metro de altura. Inversamente, caindo um metro, um quilo fornece uma energia de um quilogrâmetro.

Exemplo: Qual a energia cinética de um automóvel de 800 kg, deslocando-se a 100km/h?


A velocidade é de 100km/h, que significa 100.000m / 3600s, ou 28m/s.

A massa é igual a p/g, ou 800/9,81, ou 81,6 quilogramas-massa.  

A energia cinética é igual a ½ m.v2, ou seja, ½ x 81,6 x 282 = 31.987 quilogrâmetros, o que significa dizer que é equivalente a energia produzida por um peso de cerca de 32 toneladas caindo de um metro de altura.

Analisando a equação de energia cinética, fica claro que o fator velocidade é mais importante do que a massa de um corpo, uma vez que se dobrarmos a massa do automóvel, teremos o dobro de energia cinética, enquanto que se dobrarmos a velocidade, vamos ter o quádruplo dessa energia.


Esse conceito fica ainda mais claro e nos ajuda a avaliar certos ferimentos com o seguinte exemplo:

Um projétil de um rifle M16, pesando 55 gramas, é disparado a uma velocidade de 1.100 m/s e causa maior lesão nos tecidos do corpo humano do que um projétil de uma pistola 45, que pesa 230 gramas, mas “viaja” somente a 270 m/s. O projétil do rifle cerca de 1/5 mais leve produz quatro vezes mais energia (6.776 quilogrâmetros contra 1.705 quilogrâmetros), por causa da velocidade.


ABSORÇÃO DE ENERGIA

Vimos anteriormente, no exemplo do veículo que se choca contra uma árvore que a desaceleração brusca transfere a energia de que estava animado o veículo para o obstáculo, a carroceria e os seus ocupantes de forma rápida e brutal. Entre o momento em que o veículo se choca contra o obstáculo até sua parada definitiva decorre um lapso de tempo denominado “duração do choque”, e que geralmente se estima em um décimo de segundo (0,1 segundo).


Valor da desaceleraçâo é dado pela fórmula:
- G = v/t, onde “v” é a velocidade do veículo antes do choque, e “t” é a duração do choque.

No mesmo exemplo anterior, onde o carro viaja a 100 km/h e pesa 800 kg, onde temos a velocidade de 100 km /h = 28 m/s, relembrando que a aceleração da gravidade é igual a 9,81 m/s e considerando 0,1s o tempo do choque, temos que G = 28 / 0,1 = 28:0,1 = 280 m/s.

De acordo com a equação cinética, vimos que a velocidade é o fator determinante na variação do peso dos corpos.

A razão entre a velocidade da desaceleração causada pelo choque e a força da gravidade, nos dá o coeficiente de absorção de energia proveniente do choque, afetando diretamente o peso dos corpos, tanto para o veículo, como para as pessoas que se encontram no seu interior, no caso, o coeficiente de absorção de energia  no choque = 280 / 9,81 = 28,55.

Aplicando ao exemplo, tudo se passa como se o veículo pesasse 28 vezes mais, o que seria equivalente a 22.400 quilos.

O mesmo raciocínio se aplica aos ocupantes. Tudo se passa como se o corpo humano pesasse 28 vezes mais, por exemplo: um homem de 70 quilos passaria a pesar 1960 quilos, quase 2 toneladas.

Esse mesmo coeficiente se aplica aos órgãos internos, assim como vemos na tabela:


Cinemática do trauma



Não é necessário discorrer longamente para entender que o aumento considerável do peso dos órgãos internos pode provocar rupturas, arrancamentos, deslocamentos, etc, com considerável aumento da gravidade do quadro de avaliação inicial do paciente.        


Todas essas desacelerações súbitas são na verdade colisões, cada qual capaz de causar lesões próprias e específicas.

Quando você analisar o local, procure reconstruir mentalmente como o acidente ocorreu, as forças envolvidas e como elas foram aplicadas no corpo da vítima. No exame do paciente, procure por evidências de lesões de dentro para fora do corpo e leve em consideração toda energia envolvida. Suspeite sempre de lesões internas mesmo que o paciente não apresente qualquer sinal ou sintoma. Sua capacidade de avaliação, nesses casos, o manterá sempre bem preparado para tratar lesões não aparentes na avaliação inicial.


Todas essas fórmulas podem parecer muito complicadas, mas uma vez que você compreende os princípios básicos da cinemática, você pode rapidamente aplicá-los em qualquer local de ocorrência. Pergunte-se e tente responder, no local do acidente, as seguintes questões:
• Que aconteceu?
• Que tipo de força (energia) foi aplicada?
• Que parte do corpo e em que direção essa força atuou?
• Quanto de força foi envolvida (velocidade, massa, peso)?

Exemplo: Um motorista dirigindo seu automóvel a 50km/h vem a se chocar contra uma árvore a beira da estrada. O carro para instantaneamente, mas o motorista continua a se deslocar a 50km/h, até seu tórax e sua cabeça colidirem com o volante e o vidro do parabrisa respectivamente. Em um terceiro momento, que ocorre internamente no corpo da vítima, o tecido cerebral continua imprimido da velocidade de 50 km/h até colidir com a parede interna  da caixa craniana. O coração e outros órgãos internos também continuam se deslocando na mesma velocidade até encontrar resistência, seja da parede interna do corpo, seja pela ação restritiva de seus ligamentos.



APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

Lesões por movimento são sem dúvida as responsáveis pela maioria das mortes por trauma em nosso pais. Estudaremos em seguida, os mecanismos mais comuns que atuam nos acidentes e os ferimentos possíveis de ocorrerem associados com eles. E muito importante relatar os mecanismos das lesões para o medico que ira receber o paciente principalmente, se esse paciente apresenta sinais vitais normais e não aparente lesões anatômicas na primeira analise realizada.


Ha três mecanismos básicos de lesões por movimento:
1. Desaceleração horizontal repentina;
2. Desaceleração vertical repentina;
3. Penetração de projetil.


Vamos agora, estudar em detalhes esses mecanismos

1 - Acidente com veículos a motor

Velocidade é o mais importante fator para determinar a seriedade das lesões. Outro importante Nestes casos, a rápida desaceleração em um acidente frontal, provocará o efeito de projetar o tronco e a cabeça contra o painel ou até mesmo contra o próprio joelho da vítima. É o que o norte-americano conhece como efeito “tesoura” (clasp knife). As lesões mais comuns são: traumas de face, cabeça e pescoço pelo impacto contra o painel e lesões internas no abdômen e na coluna lombar por excessiva compressão na altura da cintura. ponto é a direção que as forças atuaram e se os ocupantes permaneceram imobilizados em seus assentos. Velocidade e força podem ser estimadas pelo exame visual dos danos causados no veículo.

Veículos destruídos provavelmente causaram mais lesões em seus passageiros. Essa informação deverá ser repassada ao médico de plantão no hospital. Essa informação será mais importante na medida em que o carro demonstrar ter sido submetido à altos impactos e o ocupante aparentemente não apresentar lesões sérias. Esse paciente necessitará permanecer em observação e freqüentemente repetir exames para identificar possíveis lesões internas ocultas.


A - Colisão Frontal

Quando um automóvel colide contra um obstáculo fixo e para abruptamente, os ocupantes continuam em movimento até colidirem com alguma superfície interna do carro. Eles podem ser ejetados e colidirem contra qualquer objeto exterior. As lesões também dependerão do lugar ocupado pelo passageiro no interior do veículo e contra o que eles se chocaram.

Motorista:



Se estiver sem cinto de segurança, ele poderá ser projetado para frente e para cima (up and over), batendo a cabeça contra o teto ou parabrisa. Seu tórax ou abdômen colidirá contra o volante e suas pernas podem prender-se sob a coluna de direção. Lesões na cabeça, pescoço, tórax, abdômen e fêmur são comuns em situações como essa. O motorista que é ejetado através do parabrisa pode apresentar qualquer tipo de lesão, uma vez que não é possível predizer o que pode ter atuado no seu corpo durante e após sua ejeção. Uma vítima ejetada tem 25 vezes mais possibilidades de morrer. Esse dado contraria o pensamento errado de muitos motoristas que acham que o cinto de segurança pode ser a causa de sua morte em um acidente automobilístico.


Cinemática do trauma

Se o motorista esta sentado em uma posição mais deitada no banco (comum em carros esportivos) o corpo com mais probabilidade, se deslocara para sob a coluna de direção e o impacto inicial será através dos pés e pernas progredindo para a pélvis. A parte superior do corpo se projetara a frente chocando-se contra o volante. A vítima apresentara comumente fraturas de membros inferiores ou pélvis bem como lesões no tórax, abdômen, pescoço e cabeça. Deslocações do joelho e do quadril e muito comum nessas situações.


2. Passageiro do banco dianteiro

Comumente chamado de “posição do morto”, porque historicamente sempre foi considerado o assento mais perigoso, as forças que atuam são as mesmas: “para cima e sobre” e “para baixo e sob”. A diferença é que a coluna de direção e o volante não estão presentes. O corpo pode impactar contra o teto, pára-brisa, painel ou o próprio assoalho. Lesões da cabeça aos pés podem ocorrer.


3. Passageiros do banco traseiro

Essas últimas estão em condições um pouco melhores porque elas se chocam com os assentos dianteiros que são menos sólidos do que o painel e a coluna de direção. Isso pode ajudar a dispersar a energia por uma área e um tempo maior, diminuindo a gravidade das lesões. Quando há passageiros no banco de trás, considere que as lesões dos que viajam nos bancos da frente serão ainda mais graves, uma vez que além dos mecanismos já descritos, temos que considerar a compressão contra o painel e o volante causada pelo movimento à frente dos ocupantes de trás. Aqui também vale o conceito dos três impactos. Primeiro o corpo da vítima colide com as partes internas do veículo, logo após os órgãos internos colidem no interior do corpo e, em seguida, é pressionado contra as paredes internas pelo corpo dos passageiros de trás.


4. Passageiros utilizando cinto de segurança

Apresentam a maior probabilidade de sobrevivência, porque evitam que os que dele se utilizam sejam arremessados contra as partes interna do veículo ou ejetados para fora dele, porém apresentam certos ferimentos característicos, quando o cinto é de dois pontos, do tipo abdominal.



Nestes casos, a rápida desaceleração em um acidente frontal, provocará o efeito de projetar o tronco e a cabeça contra o painel ou até mesmo contra o próprio joelho da vítima. É o que o norte-americano conhece como efeito “tesoura” (clasp knife). As lesões mais comuns são: traumas de face, cabeça e pescoço pelo impacto contra o painel e lesões internas no abdômen e na coluna lombar por excessiva compressão na altura da cintura.

Se a vítima estiver utilizando o cinto de três pontos, que é o mais eficiente, as lesões serão de menor extensão, porém fique atento para possível lesão na coluna cervical pelo movimento brusco para trás e para frente da cabeça, também conhecido como efeito “chicote”, bastante comum em colisões traseiras, e com lesões na clavícula por onde o cinto cruza.


CINEMÁTICA DO TRAUMA

Estuda a transferência de energia de uma fonte externa para o corpo da vítima. O entendimento do mecanismo de lesão reduz a possibilidade do socorrista não reconhecer uma lesão grave e permite que seja desenvolvida tecnologia de proteção. Para possibilitar esse estudo, é necessário que o socorrista conheça algumas leis básicas da física:

• Lei da Conservação da Energia: a energia não pode ser criada nem destruída, mas sua forma pode ser modificada;

• Primeira Lei de Newton: um corpo em movimento ou em repouso permanece nesse estado até que uma força externa atue sobre ele;

• Segunda Lei de Newton: a força é igual à massa do objeto multiplicada por sua aceleração;

• Energia Cinética. É a energia do movimento. É igual a metade da massa multiplicada pela velocidade elevada ao quadrado;

• Troca de energia: quando dois corpos se movimentando em velocidades diferentes interagem, as velocidades tendem a se igualar. A rapidez com que um corpo perde a velocidade para o outro, depende da densidade (nº. de partículas por volume) e da área de contato entre os corpos. Quanto maior a densidade do tecido maior a troca de energia.


I – TRAUMA PENETRANTE POR ARMA DE FOGO

Balística é a ciência que estuda o movimento de um projétil através do cano de uma arma de fogo (balística interna), de sua trajetória no ar (balística externa) e após atingir o alvo (balística terminal).

Os princípios da balística são extremamente  úteis na avaliação dos ferimentos por projéteis de armas de fogo. O projétil é impulsionado através do cano da arma pela expansão dos gases produzidos pela queima do propulsor. A parte interna do cano de um rifle ou de um revólver possui raias ou estrias. As espingardas têm a parte interna do cano lisa.

Quando um projétil atinge o corpo humano, sua energia cinética se transforma na força que afasta os tecidos de sua trajetória. O grau de lesão produzido por uma arma de fogo é dependente da troca de energia cinética entre o projétil e os tecidos da vítima. Quanto maior a dissipação de energia cinética, maior será a lesão. Os projéteis mais lesivos são aqueles que utilizam toda a sua energia cinética na produção da lesão.



O perfil frontal do projétil altera significativamente sua troca de energia com o alvo, sendo afetado por: forma do projétil, ângulo de penetração e fragmentação.

Alguns projéteis, como os de ponta oca e ponta macia, podem alargar seu perfil frontal após penetrarem nos tecidos; o efeito prático deste fato é aumentar a dissipação da energia cinética e consequentemente a lesão tecidual. Do mesmo modo, um projétil pontiagudo contacta menos tecido do que o mesmo projétil após um giro de 90ª.

Os projéteis que se fragmentam após penetração ou após deixarem o cano da arma (espingardas, por exemplo), também têm o efeito de aumentarem significativamente a área frontal. Os múltiplos fragmentos atingem mais tecidos, aumentando a troca de energia.

A aceleração dos tecidos no sentido lateral e de deslocamento do projétil cria um orifício ou cavidade. Em projéteis de baixa velocidade, o trajeto de destruição é apenas ligeiramente maior do que o seu diâmetro, porém, nos de alta velocidade o trajeto de destruição é significativamente maior. É produzida durante alguns milissegundos uma cavidade temporária várias vezes maior do que o seu diâmetro (até 30 vezes), com pressão sub atmosférica. Várias estruturas, como vasos e nervos, podem ser lesadas sem que tenham contato direto com o projétil. Materiais estranhos, como pedaços de roupa, podem ser aspirados pelo orifício de entrada.



O orifício de saída depende da energia cinética, da deformação, da inclinação e da fragmentação do projétil. Se o projétil gastar toda sua energia cinética cavitando o tecido, o orifício de saída pode ter aparência inócua ou mesmo não existir. Em outras situações, com pouca degradação da energia cinética mas com inclinação e deformação do projétil, o orifício de saída pode ser irregular e maior do que o orifício de entrada.

A densidade do tecido atingido é também um fator importante na troca de energia, órgãos pouco densos, como os intestinos e os pulmões, oferecem pouca resistência à passagem do projétil. Quando um tecido denso,  como o osso, é atingido, pode ocorrer fragmentação deste gerando projéteis secundários. Em tecidos como o fígado a cavitação é mais grave devido à força tensional baixa.

Em ferimentos abdominais por arma de fogo, o socorrista  deve suspeitar da existência de lesão visceral; só raramente projéteis de baixa velocidade não penetram na cavidade.


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