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12 julho 2014

Termos empregados no manuseio de cordas - Sistema de cordas - Cordas de sustentação - Cabo guia - Chicote - Seio - Coçada - Safar - Permeada - Tesar - Falcaça - Bitola - Peso - Manutenção e vida útil de uma corda - Como avaliar a vida útil da corda - Situações em que as cordas deverão ser postas fora de serviço (da atividade-fim) - Durante a utilização, manutenção e cuidados, evita-se - Durante a utilização, manutenção e cuidados, deve-se - Outras recomendações - Curiosidades


Termos empregados no manuseio de cordas

Sistemas de cordas: conjunto de cordas empregadas em uma mesma atividade.

Cordas de sustentação: em um “sistema de cordas”, são aquelas que suportam a carga (objeto, vítima ou bombeiro).

Cabo guia: pode ser corda destinada a dar orientação (em busca); facilitar o direcionamento da carga (afastando-a de paredes) ou que resiste o arrasto – aumento da carga em qualquer direção (cabo do vaivém).

Chicote: são as extremidades de uma corda, empatadas ou não.

Seio: é a parte central de uma corda, situada entre os chicotes;

Coçada: é a parte poída de uma corda.

Safar: procedimento ou manobra de liberar uma corda enrolada.

Permeada: é a situação em que uma corda se encontra dobrada ao meio.

Tesar: procedimento ou ato de fornecer tensão a uma corda.

Falcaça: é a união dos cordões de uma corda (no chicote), por meio de um fio, tendo a finalidade de evitar que a corda se desfaça.

Bitola: é o diâmetro da corda, expresso em polegadas ou milímetros.

Peso: é o cálculo da massa de uma corda, levando em consideração a relação entre a força de gravidade e seu comprimento total.


Manutenção e vida útil de uma corda

A manutenção e vida útil de uma corda dependem:

1) da freqüência de utilização;

2) da forma de emprego (rapel, escaladas, espéleo, sob tensão, etc.);

3) da sua manutenção adequada;

4) do excesso de trabalhos mecânicos;

5) dos processos de abrasão sofridos por ela;

6) da quantidade de raios ultravioletas e umidade que ela absorve, tendo em vista que eles degradam, pouco a pouco, as propriedades da corda.

As cordas podem sofrer danos irreparáveis durante sua primeira utilização, de acordo com os trabalhos executados.


Como avaliar a vida útil de uma corda

As formas de avaliação de uma corda são inúmeras, dentre elas algumas são de suma importância para definir a sua capacidade de utilização, bem como o tempo destinado para o emprego das cordas.

Uso intensivo..................... de 3 meses a 1 ano.
Uso semanal...................... de 2 a 3 anos.
Uso ocasional..................... de 4 a 5 anos.

Deverá ser sempre observada a sua operacionalidade, tais como o uso em: meio líquido, atividades de incêndio, buscas, trações e tensões, içamentos diversos e até mesmo as formas em que elas são empregadas nas atividades de rapel.


Situações em que as cordas deverão ser postas fora do serviço (da atividade-fim)

Existem determinadas situações que levam a corda a ser inutilizada para a atividade de salvamento, pois sua permanência em atividades implica em risco à vida do bombeiro e ao salvamento.

Entre as mais importantes, temos aquelas em que a corda:

1) tiverem suportado uma carga ou impacto violento ou uma sobrecarga (força superior a carga de trabalho);

2) aparentarem a alma danificada. Essa observação é feita durante a inspeção da corda. Nesse caso, corta-se a corda.

3) apresentarem grande desgaste na capa;

4) tiverem contato com reagentes químicos.


Durante a utilização, manutenção e cuidados, evita-se:

- a fricção da corda com quinas (cantos com ângulos) vivas e com outras cordas.

- pisar nas cordas ou arrastá-las (figura 26).



- o contato da corda com areia, terra, óleo, graxa, água suja etc.(figura 27).



- que a corda fique sob tensão por muito tempo ou desnecessariamente.

- que a corda fique exposta às intempéries por muito tempo (figura 29).



- enrolar e guardá-las molhadas;

- utilizar cordas coçadas (figura 30)



- que as cordas sofram fortes impactos contra o solo (alturas elevadas danificam as suas fibras).

- choques violentos como atrito, sobrecarga, etc. (figura 26).


Durante a utilização, manutenção e cuidados, deve-se:

- enrolar e acomodar as cordas corretamente e em local adequado;

- sempre falcear os chicotes;

- sempre identificar o comprimento da corda nos seus chicotes;

- secar sempre à sombra e sem tração (as que são feitas de fibras vegetais diminuem em até 10% seu comprimento);

- respeitar sempre a carga de trabalho da corda;

- sempre que for utilizar a corda, verificar se há coças;

- guardar as cordas em local fresco e ventilado, longe de lugares úmidos e livres da ação de roedores;

- cortar a corda quando apresentar avaria (retirando a parte danificada) remarcando o seu comprimento;

- utilizar nós adequados à atividade.


Outras recomendações:

Independente das circunstâncias, a vida útil de uma corda jamais deverá exceder a 5 anos. Deve ser visto também que o período de armazenamento, bem como o de uso, quando acumulados, jamais deverão exceder a 10 anos.

Antes da primeira utilização, a corda deverá ser mergulhada em água, ficando nessa situação por um período de 24h e, após esse tempo, deverá ser posta para secar a sombra, por um período mínimo de 72h.

As cordas, depois de secas, normalmente encolhem cerca de 5%, devendo o usuário ter consciência dessa perda de comprimento a qual será recuperada aos poucos, à medida que a corda for utilizada ou submetida a cargas.

Se a corda estiver completamente suja, ela poderá ser lavada em água fresca e limpa e, se necessário, poderá ser adicionado sabão neutro a água podendo ainda ser usada uma escova de fibras sintéticas para auxiliar na limpeza (lavador de cordas).

É sempre recomendado o uso de uma sacola para transportar a corda, a fim de protegê-la de sujeiras e minimizar a sua torção.


Curiosidades

Quando temos duas cordas sobrepostas, estando uma correndo em velocidade diferente da outra e ambas estando em um só gorne ou conector (mosquetão), o contato delas acaba gerando calor e poderá ocorrer o rompimento da corda que está correndo em menor velocidade.


Com relação às atividades de rapel e tirolesas:

• descidas muito rápidas podem queimar as fibras da corda e elas, por sua vez, poderão acelerar o desgaste da capa (bainha).

• conforme as cordas vão sendo utilizadas nessas atividades, ocorrerá o rompimento das fibras sintéticas, logo, de acordo com a quantidade de descidas realizadas, as fibras que são derretidas pela ação do calor (provocado pelo atrito) vão se cristalizando com as outras fibras tornando a corda cada vez mais rígida.


A fusão da poliamida ocorre aproximadamente a 230º C e essa temperatura pode ser atingida (nas atividades de rapel) durante as descidas muito rápidas.

O que acontece com os materiais?

As cordas superaquecem, ocorrendo o rompimento e a cristalização das fibras; as luvas não resistirão ao atrito, ocorrendo a queima do couro, provocando queimaduras até de 3.º grau nas mãos do operador.


A temperatura de uso e de armazenamento de uma corda jamais poderá ultrapassar 80ºC.

• cordas molhadas (completamente encharcadas) dificultam as operações de resgate.

• todo sistema de segurança deverá, obrigatoriamente, ter um ponto de ancoragem confiável, o qual poderá ser realizado na mesma altura ou acima do usuário. Toda e qualquer folga, entre a corda e o usuário, deverá ser observada e evitada.

• se durante a prática de trabalhos com cordas, tanto em atividades em alturas quanto na fixação de cordas para o auxílio ao resgate, ou mesmo atuando como segurança, o usuário estiver numa situação na qual precise efetuar uma escalada livre, será necessário o emprego de cordas dinâmicas, conforme a norma (EM n.º 892) a qual prescreve que cordas com baixa elasticidade (baixo alongamento), jamais poderão ser usadas em situações nas quais possam acontecer quedas maiores que as de fator 1.

Todos os elementos dos sistemas de segurança, bem como os materiais que eles empregam, tais como: cintos de segurança, mosquetões, fitas, pontos de ancoragem, aparelhos de descida e ascensão, cordas diversas, etc., devem, obrigatoriamente, estar de acordo com as normas que regulam a sua confecção (NE, CE, DIN, NFPA, UIAA, etc.) devendo, ainda, serem utilizados por operadores que tenham total conhecimento de suas limitações tanto nas diferentes fases do trabalho quanto nos mais atualizados sistemas ou procedimentos de segurança.


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