12 julho 2014

Constituição básica das cordas (Fibras, Fios e Camada ou cordão) - Corda Torcida - Corda Trançada - Fibras utilizadas na confecção das cordas (vegetais, Animais, Minerais, Aço, Arame e Sintéticos (Poliamida, Polipropileno, Poliéster e Aramida) - Tabela (força, peso, elasticidade, Efeitos da umidade, degradação, resistência do cabo, propriedades térmicas - resistência)


Constituição básica das cordas

As cordas são constituídas, basicamente, por fibras, fios, camadas ou cordão. Cordas é o conjunto de camadas de cordões torcidos ou trançados, empregados para sua formação (figuras 5 e 6).

Fibras: unidade básica da constituição das cordas.

Fios: conjunto de fibras torcidas, trançadas ou unidas entre si.

Camada ou cordão: é formado pela união dos fios.


  
Fibras utilizadas na confecção das cordas

Os materiais que compõem as cordas são de diversas origens. Essa informação é importante, pois a resistência da corda, bem como o seu emprego serão também definidos por esse dado. Por isso serão apresentadas algumas informações sobre a constituição das cordas e alguns termos técnicos que envolvem essa abordagem.

Vegetais: as cordas de fibra vegetal foram quase que totalmente substituídas por cordas com maior resistência ao desgaste. Possuem a desvantagem de serem pesadas (principalmente quando molhadas); não são muito elásticas; apodrecem com muita facilidade e devem ser armazenadas cuidadosamente. Essas cordas, atualmente, são empregadas nos treinamentos físicos, nos serviços de elevação de cargas e nas atividades de pouco risco. As cordas são trançadas e as Figura 5: corda torcida suas fibras vegetais são muito curtas. São ainda utilizados na sua confecção os seguintes materiais: algodão, sisal e cânhamo.

As cordas de fibra vegetal podem estar sem condições de uso e, mesmo assim, não apresentarem sinais externos que indiquem essa condição. Quando era amplamente empregada nos salvamentos poderia ser considerado fato comum uma corda, aparentemente em condições de uso, romper-se com o peso de apenas uma pessoa.


Há algumas observações feitas às cordas de fibra vegetal, são elas:

1) normalmente são cordas menos flexíveis;

2) possuem um determinado padrão de manuseio devido ao seu formato externo (ondulado);

3) possuem excelente resistência ao atrito e à tração, devido ao seu maior coeficiente de elasticidade;

4) todas as partes da corda são visíveis, facilitando a visualização dos danos existentes em suas fibras;

5) reduzem, gradualmente, sua resistência em função do desgaste;

6) basicamente são um tipo de corda empregado em serviços pesados;

7) quando empregadas corretamente, são de grande durabilidade;

8) são um tipo de corda que não tem alma;

9) quando ocorre o rompimento das fibras ou dos fios, torna-se fácil a sua identificação, contudo, esse fato não implica que as cordas estejam completamente danificadas.


Animais: são cordas trabalhadas feitas de fibras extraídas de animais, tais como: seda, crina e couro. Essas cordas têm o seu comprimento diretamente relacionado com o tamanho da fibra encontrada, sendo que o fio da seda é, normalmente, o mais longo. São cordas raras, caras e quase não são utilizadas nos serviços de salvamento, com exceção das de couro, que são utilizadas na confecção de laços para captura de animais.

Minerais: são cordas constituídas de substâncias derivadas do petróleo e do carvão, sendo divididas em fibras sintéticas, aço e carbono.

Aço ou arame: normalmente, são cabos altamente resistentes (em qualquer tipo de operação) e fornecem grande confiabilidade aos que os empregam. São feitos com seguimentos de fios metálicos (aço ou arame), normalmente torcidos ou enrolados em feixe e a sua resistência varia de acordo o seu diâmetro (bitola), possuem ainda o objetivo de ser empregado em trações e içamentos de objetos de peso elevado.

Sintéticos: são cabos constituídos de substâncias derivadas do petróleo ou carvão. Possuem fibras longas, podendo chegar ao comprimento total da corda, sendo que as mais comuns são as de polipropileno, poliamida, poliéster, polietileno e aramida. São cordas utilizadas nas atividades de salvamento, devido ao fato de terem boa resistência à tração e ao atrito, impermeabilidade, e, conseqüentemente grande durabilidade. As características da corda dependerão tanto do tipo e da qualidade da fibra, quando de sua estrutura (trançada ou torcida).


As fibras sintéticas também apresentam variedades de tipos para a mesma substância, conforme se segue:

Poliamida: nylon, perlon ou grilon, enkalon: lilion;

Polipropileno: olefin: meraklon;

Poliéster: dacron, terilene, tergal: trevira;

Aramida: kevlar: arenka.


O principal material de confecção da corda para trabalhos em altura é a poliamida, comumente conhecida como Nylon. Essa escolha se deve por ela apresentar excelentes características, combinando tanto resistência, quando elasticidade, sendo capaz de absorver choques como nenhum outro material, não flutua na água e não apodrece, não deve ser deixada ao sol por períodos prolongados, pois,
contudo, é sensível à radiação ultravioleta.


Aramida: este é o mais novo tipo de fibra sintética utilizada na confecção de cordas. São produzidas pela Dupont com nome de Kevlar. Possuem características que as fazem ser comparadas com as fibras de aço e não com outras fibras sintéticas.

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