30 agosto 2012

Pressão Arterial - Como Medir, verificar, aferir, avaliar e tirar a Pressão com Aparelho Analógico e com Esfigmomanômetros Mecânico, Digital e relógio digital


Pra começar, qual o certo! 
Medir a pressão, tirar a pressão, aferir a pressão ou verificar a pressão? 

Muitos leigos usam tirar a pressão, enquanto muitos profissionais dizem que, “se tirar a pressão, a pessoa morre”. 

Medir, verificar e aferir são termos semelhantes, e todos indicam que se está realizando um exame capaz de mensurar os valores da pressão arterial de um paciente, de forma a compará-lo com uma referência e, assim, diagnosticar se está normal, alta ou baixa. Portanto, qualquer um destes termos pode ser utilizado.

O aparelho utilizado para medir a pressão arterial é chamado de esfigmomanômetro (esfigmo significa pulsação, enquanto manômetro significa instrumento para medir a pressão de fluidos). Anos atrás, apenas hospitais, clínicas e farmácias possuíam estes aparelhos, e somente profissionais da área da saúde o utilizavam. Com o avanço da tecnologia, hoje existem aparelhos que permitem que qualquer pessoa verifique a pressão arterial até mesmo em casa. Várias marcas produzem aparelhos digitais semi-automáticos, que não necessitam do auxílio do estetoscópio (aparelho utilizado para ouvir o som do fluxo de sangue passando pelas veias, normalmente utilizado com esfigmomanômetros analógicos).

Ter um aparelho de pressão em casa é recomendado principalmente para quem tem hipertensão e precisa acompanhar constantemente seus valores para verificar a eficácia da medicação. É importante pedir orientação ao seu cardiologista, para que ele recomende quantas vezes por dia ou por semana realizar a medição, em que horários, posições. Existem regras gerais, mas, para cada caso, algumas orientações específicas podem ser necessárias.

Erros na verificação da pressão arterial podem ser perigosos. 

Se um paciente está com a pressão normal e, por uma falha, acredita que sua pressão está alta, pode utilizar o medicamento sem necessidade, por exemplo. 

Além disso, há o fator psicológico: alguém pode se assustar por achar que a pressão está muito alta ou muito baixa, ficar ansiosa e se sentir mal pelo medo de estar doente. 

Na ausência de orientação médica, siga as seguintes recomendações para evitar erros na verificação da pressão com um esfigmomanômetro digital:

  • Sempre que possível, leia o manual do aparelho, ele traz várias dicas sobre sua utilização.
  • Ao comprar o aparelho, observe o tamanho do manguito (parte que envolve o braço). Existem diversas medidas, que devem ser adequadas à circunferência do braço do paciente. Obesos, paciente muito magros e crianças precisam de manguitos de tamanhos especiais, que se adaptem corretamente às suas medidas.
  • Peça ao paciente para que permaneça sentado de forma confortável.
  • O paciente deve manter o braço relaxado e apoiado, de forma que permaneça na altura do coração.
  • Posicione o aparelho, preferencialmente, no braço esquerdo (pode haver uma pequena diferença entre os dois braços, e a medida geralmente é um pouco maior no braço esquerdo).
  • A posição exata do aparelho depende de seu modelo, podendo ser utilizado próximo ao punho (pulso) ou no braço, acima do cotovelo. O manguito costuma ter ilustrações indicando a posição correta. A parte que infla deve cobrir a frente do braço ou do punho (verifique esta posição pedindo que o paciente coloque a palma da mão para cima). Em geral, os manguitos devem ser colocados 2 ou 3 centímetros acima da articulação (a dobra do cotovelo ou do punho).
  • Após ligar o aparelho, aguarde até que ele emita um sinal indicando que pode começar a inflar com a pêra (o balãozinho que deve ser apertado).
  • Comece a apertar a pêra até que o mostrador indique um valor aproximado a 200. Se esse valor não for suficiente, o aparelho emitirá outro som e aparecerá no visor uma seta para cima. Se isso acontecer, infle mais um pouco.
  • Pare de apertar e aguarde até que a medição seja realizada. Nesse período, o manguito será lentamente esvaziado, e o aparelho pode emitir diversos bipes.
  • Quando a verificação estiver terminada, aparecerá no visor uma informação semelhante a 120/80. É possível, também, que exista outro valor, como 75. Os primeiros números indicam, respectivamente, a pressão arterial sistólica e diastólica. O último número indica a frequência cardíaca (pulsação).
  • Fique apertando o botão próximo à pera até que o manguito esvazie.
  • Você pode, então, remover o manguito e desligar o aparelho.

     
O Aparelho Analógico (que tem uma peça semelhante a um relógio, com um ponteiro que indica o valor da pressão), acompanhado do estetoscópio, deve ser utilizado por pessoas que receberam treinamento ou orientação de um profissional, pois é necessário saber reconhecer os sons que indicam a medida da pressão sistólica (a maior) e a diastólica (o menor valor).

Depois de assimilar os conceitos importantes sobre a Pressão Arterial, vamos expor os tipos de aparelhos utilizados para aferi-la. Chamados de esfigmomanômetros, esses aparelhos consistem basicamente na compressão da artéria braquial (a principal artéria do braço), para ali avaliar os níveis da pressão. Existem dois tipos de esfimomenômetros: E. Mecânico e E. Digital.

Esfigmomanômetro Mecânico:
Aparelho comumente utilizado pelos profissionais da área da saúde. É composto basicamente por uma braçadeira (bolsa inflável envolta em tecido) que é conectada por um tubo de borracha a um manômetro (o medidor da pressão em si) e também conectada por outro tubo a uma bomba de inflar chamada “pêra”. Somente pode ser utilizado em conjunto com um estetoscópio, que é o instrumento médico utilizado para auscultar sons internos do corpo.

Seu uso baseia-se na compressão do braço do paciente até o manômetro atingir um nível superior aos níveis de pressão humana, e enquanto vai desinflando, auscultar por meio do estetoscópio as batidas do coração na artéria braquial (no próximo artigo detalharei melhor esse procedimento).

Estetoscópio

Manômetro
De resultados mais exatos, esse aparelho necessita ser operado por alguém que possua preparo e possa identificar de forma correta os níveis da pressão arterial, geralmente um profissional da área da saúde. Não o utilize sem preparo prévio.


Esfigmomanômetro Digital:
Mais acessível, é um aparelho de uso doméstico por ser totalmente automático. De porte menor, é constituído por uma braçadeira ligada a um monitor digital, que pode ser operado por meio de botões.

Seu uso consiste basicamente em prendê-lo ao pulso, de forma firme, e ligá-lo. Ele então irá automaticamente realizar a compressão da região do pulso e apresentar os níveis de pressão e batimentos cardíacos na tela do monitor digital. Por ser utilizado no pulso, e não na altura do cotovelo, seus resultados podem não ser tão exatos, mas são confiáveis.

Pela sua praticidade, é recomendável em residências de pacientes que necessitem monitorar periodicamente a pressão arterial e que não possuam preparo para utilizar um E. Mecânico.
Cabe ressaltar novamente que somente um profissional da área da saúde devidamente habilitado tem a capacidade de interpretar os resultados dos níveis de pressão arterial, bem como prescrever qualquer medicamento relacionado ao mesmo. No próximo artigo, explicarei melhor o uso de um esfigmomanômetro mecânico para aferição da pressão arterial.


Relógio para medir a pressão


bpmeter.jpg

A empresa Matsushita (Panasonic) no Japão lançou o relógio para medir a pressão EW3039P, que possui sensores que detectam colocação imprópria, ou movimento desnecessário no momento em que a pressão é medida, um bip alerta de que algo está errado no posicionamento do paciente. Útil para idosos, ou qualquer indíviduo que necessite medir a pressão regularmente. 


Bombeiroswaldo...

22 agosto 2012

120.000 Acessos, 553 diariamente. Obrigado pela perseguição assídua. Prometo continuar trabalhando as postagens e o blogger à favor exclusivamente dos meus visitantes. - Bombeiro Oswaldo muito contente!!!














Bombeiroswaldo... 

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15 agosto 2012

DECRETO Nº 56.819, DE 10 DE MARÇO DE 2011 - ESTADO DE SÃO PAULO - Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco – Regulamento – Definições - Altura da Edificação – Ampliação – Análise – Andar - Área da Edificação - Áreas de Risco – Ático – AVCB - Autorização para Adequação - Carga de Incêndio – Compartimentação – Edificação – Existente – Térrea – Emergência – Mezanino - Mudança de Ocupação – Ocupação – Mista – Predominante - Nível de Descarga – Pavimento - Pesquisa de Incêndio - Prevenção de Incêndio - Processo de Segurança contra Incêndio – Reforma - Responsável Técnico - Risco Específico – Piso – Serviço de Segurança contra Incêndio – Subsolo – Vistoria - Da Aplicação - Procedimentos Administrativos – Tabela - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação – altura - carga de incêndio - Exigências para edificações existentes - Exigências para edificações do grupo A B C D E com área menor, maior ou igual a 750 m2 e altura inferior, posterior ou igual a 12,00 m - Edificações de Divisão – Hangares – Grupo de ocupação e uso, Edificações de divisão – Serviços de saúde e institucional – Industrial – Depósito – Especiais - ocupações em subsolos diferentes de estacionamento – sistema de controle de fumaça


DECRETO Nº 56.819, DE 10 DE MARÇO DE 2011

Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo e estabelece outras providências.

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Decreta:


CAPÍTULO I

Disposições Preliminares
Artigo 1º – Este Regulamento dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º da Constituição Federal, ao artigo 142 da Constituição Estadual, ao disposto na Lei Estadual nº 616, de 17 de dezembro de 1974, na Lei Estadual nº 684, de 30 de setembro de 1975 e no Decreto Estadual nº 55.660, de 30 de março de 2010.


Artigo 2º – Os objetivos deste Regulamento são:

I – proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio;

II – dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;

III – proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;

IV – dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros;

V – proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações e áreas de risco.


CAPÍTULO II

Das Definições

Artigo 3º – Para efeito deste Regulamento são adotadas as definições abaixo descritas:

I – Altura da Edificação:
a. para fins de exigências das medidas de segurança contra incêndio, é a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento;

b. para fins de saída de emergência, é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso do último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente.


II – Ampliação: é o aumento da área construída da edificação;

III – Análise: é o ato de verificação das exigências das medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco no processo de segurança contra incêndio;

IV – Andar: é o volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior a sua cobertura;

V – Área da Edificação: é o somatório da área a construir e da área construída de uma edificação;

VI – Áreas de Risco: é o ambiente externo à edificação que contém armazenamento de produtos inflamáveis ou combustíveis, instalações elétricas ou de gás, e similares;

VII – Ático: é a parte do volume superior de uma edificação, destinada a abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas
de água e circulação vertical;

VIII – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP) certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições de segurança contra incêndio, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo um período de revalidação;

IX – Autorização para Adequação: é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP) certificando que, após o cumprimento de medidas compensatórias, a edificação possui as condições satisfatórias de segurança contra incêndio, para todos os fins, estabelecendo um período para execução das medidas exigidas;

X – Carga de Incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos;

XI – Comissão Especial de Avaliação (CEA): é um grupo de pessoas qualificadas no campo da segurança contra incêndio, com o objetivo de propor alterações ao presente Regulamento;

XII – Comissão Técnica: é o grupo de estudo, composto por Oficiais do CBPMESP, devidamente nomeados, com o objetivo de analisar e emitir pareceres relativos aos casos que necessitarem de soluções técnicas complexas ou apresentarem dúvidas quantos às exigências previstas neste Regulamento;

XIII – Compartimentação: são medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de construção resistentes ao fogo, destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos;

XIV – Edificação: é a área construída destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou material;

XV – Edificação Existente: é a edificação ou área de risco construída ou regularizada anteriormente à publicação deste Regulamento, com documentação comprobatória, desde que mantidas a área e a ocupação da época e não haja disposição em contrário do Serviço de Segurança contra Incêndio, respeitando-se também aos objetivos do presente Regulamento;

XVI – Edificação Térrea: é a construção de um pavimento, podendo possuir mezaninos cuja somatória de áreas deve ser menor ou igual à terça parte da área do piso de pavimento;

XVII – Emergência: é a situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional;

XVIII – Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros (ITCB ou IT): é o documento técnico elaborado pelo CBPMESP que regulamenta as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco;

XIX – Mezanino: é o pavimento que subdivide parcialmente um andar em dois andares. Será considerado como andar ou pavimento, o mezanino que possuir área maior que um terço (1/3) da área do andar subdividido;

XX – Mudança de Ocupação: consiste na alteração de atividade ou uso que resulte na mudança de classificação (Grupo ou Divisão) da edificação ou área de risco, constante da tabela de classificação das ocupações prevista neste Regulamento;

XXI – Ocupação: é a atividade ou uso de uma edificação;

XXII – Ocupação Mista: é a edificação que abriga mais de um tipo de ocupação;

XXIII – Ocupação Predominante: é a atividade ou uso principal exercido na edificação;

XXIV – Medidas de Segurança contra Incêndio: é o conjunto de dispositivos ou sistemas a ser instalados nas edificações e áreas de risco, necessário para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio;

XXV – Nível de Descarga: é o nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no exterior;

XXVI – Pavimento: é o plano de piso;

XXVII – Pesquisa de Incêndio: consiste na apuração das causas, desenvolvimento e consequências dos incêndios atendidos pelo CBPMESP, mediante exame técnico das edificações, materiais e equipamentos, no local ou em laboratório especializado;

XXVIII – Prevenção de Incêndio: é o conjunto de medidas que visam:  evitar o incêndio; permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação e áreas de risco; dificultar a propagação do incêndio; proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros;

XXIX – Processo de Segurança contra Incêndio: é a documentação que contém os elementos formais exigidos pelo CBPMESP na apresentação das medidas de segurança contra incêndio de uma edificação e áreas de risco que devem ser projetadas para avaliação do Serviço de Segurança contra Incêndio;

XXX – Reforma: são as alterações nas edificações e áreas de risco sem aumento de área construída;

XXXI – Responsável Técnico: é o profissional habilitado para elaboração e/ou execução de atividades relacionadas à segurança contra incêndio;

XXXII – Risco Específico: situação que proporciona uma probabilidade aumentada de perigo à edificação, tais como: caldeira, casa de máquinas, incineradores, centrais de gás combustível, transformadores, fontes de ignição e outros;

XXXIII – Piso: é a superfície superior do elemento construtivo horizontal sobre a qual haja previsão de estocagem de materiais ou onde os usuários da edificação tenham acesso irrestrito;

XXXIV – Segurança contra Incêndio: é o conjunto de ações e recursos internos e externos à edificação e áreas de risco que permite controlar a situação de incêndio;

XXXV – Serviço de Segurança contra Incêndio (SvSCI): ver Capítulo IV;

XXXVI – Subsolo: é o pavimento situado abaixo do perfil do terreno. Não será considerado subsolo o pavimento que possuir ventilação natural para o exterior, com área total superior a 0,006 m² para cada metro cúbico de ar do compartimento, e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20 m do perfil do terreno;

XXXVII – Vistoria: é o ato de verificar o cumprimento das exigências das medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, em inspeção no local.


CAPÍTULO III

Da Aplicação

Artigo 4º – Ao Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo - CBPMESP, por meio do Serviço de Segurança contra Incêndio, cabe regulamentar, analisar e vistoriar as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, bem como realizar pesquisa de incêndio.

Artigo 5º – As exigências de segurança previstas neste Regulamento se aplicam às edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo, devendo ser observadas, em especial, por ocasião da:

I – construção de uma edificação ou área de risco;

II – reforma de uma edificação;

III – mudança de ocupação ou uso;

IV – ampliação de área construída;

V – aumento na altura da edificação;

VI – regularização das edificações ou áreas de risco.


§ 1º – Estão excluídas das exigências deste Regulamento:

1 – edificações de uso residencial exclusivamente unifamiliares;

2 – residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de ocupação mista com até dois pavimentos, e que possuam acessos independentes.


§ 2º – Nas ocupações mistas, para determinação das medidas de segurança contra incêndio a serem implantadas, adota-se o conjunto das exigências de maior rigor para o edifício como um todo, avaliando-se os respectivos usos, as áreas e as alturas, observando ainda:

1 – no dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio, deve ser considerada cada ocupação a ser protegida;

2 – nas edificações térreas, quando houver parede de compartimentação entre as ocupações mistas, as exigências de chuveiros automáticos, de controle de fumaça e de compartimentação horizontal (de áreas) podem ser determinadas em função de cada ocupação;

3 – nas edificações térreas com ocupações mistas que envolvam as ocupações de indústria, depósito ou escritório, as exigências de chuveiros automáticos, de controle de fumaça e de compartimentação horizontal (de áreas) podem ser determinadas em função de cada ocupação, desde que haja, entre elas, barreira de fumaça conforme ITCB 15 – Controle de Fumaça;

4 - nas edificações com mais de um pavimento, quando houver compartimentação entre as ocupações mistas, as exigências de controle de fumaça e de compartimentação horizontal (de áreas) podem ser determinadas em função de cada ocupação. As áreas destinadas exclusivamente para uso residencial estão isentas do sistema de chuveiros automáticos.


CAPÍTULO IV

Do Serviço de Segurança contra Incêndio

Artigo 6º – O Serviço de Segurança contra Incêndio (SvSCI) compreende o conjunto de Unidades do CBPMESP, que têm por finalidade desenvolver as atividades relacionadas à prevenção e proteção contra incêndio nas edificações e áreas de risco, observando-se o cumprimento das exigências estabelecidas neste Regulamento.

Artigo 7º – É função do Serviço de Segurança contra Incêndio:

I – realizar pesquisa de incêndio;

II – regulamentar as medidas de segurança contra incêndio;

III – credenciar seus oficiais e praças;

IV – analisar o processo de segurança contra incêndio;

V – realizar vistoria nas edificações e áreas de risco;

VI – expedir o AVCB;

VII – cassar o AVCB;

VIII – emitir consultas técnicas;

IX – emitir pareceres técnicos.


CAPÍTULO V

Dos Procedimentos Administrativos

Artigo 8º – Ao Serviço de Segurança contra Incêndio (SvSCI) cabe credenciar seus integrantes por meio de cursos ou estágios de  capacitação e de treinamento, a fim de realizar as análises e as vistorias das edificações e das áreas de risco.

Artigo 9º – O processo de segurança contra incêndio, devidamente instruído, inicia-se com o protocolo junto ao SvSCI.

§ 1º – O indeferimento do processo deverá ser motivado, com base na inobservância, pelo interessado, das disposições  contidas neste Regulamento e nas respectivas ITCB.

§ 2º – O processo será aprovado quando constatado, pelo SvSCI, o atendimento das exigências contidas neste Regulamento e nas respectivas ITCB.

§ 3º – As medidas de segurança contra incêndio devem ser projetadas e executadas por profissionais habilitados.

§ 4º – O requerente será sempre notificado quanto ao resultado da análise ou da vistoria do processo.


Artigo 10 – O AVCB será expedido pelo Corpo de Bombeiros, desde que as edificações e as áreas de risco estejam com suas  medidas de segurança contra incêndio executadas de acordo com a regulamentação do CBPMESP.

§ 1º – A vistoria nas edificações e áreas de risco pode ser realizada:

I – de ofício;

II – mediante solicitação do proprietário, do responsável pelo uso, do responsável técnico ou da autoridade competente.


§ 2º – na vistoria, compete ao CBPMESP a verificação da execução das medidas de segurança contra incêndio previstas nas edificações e nas áreas de risco, não se responsabilizando pela instalação, manutenção ou utilização indevida.

§ 3º – Após a emissão do AVCB, constatada irregularidade nas medidas de segurança contra incêndio previstas neste Regulamento, o CBPMESP iniciará procedimento administrativo regular para sua cassação.

§ 4º – O AVCB terá prazo de validade pré-determinado de acordo com a regulamentação do CBPMESP.


Artigo 11 – Cabe ao CBPMESP a expedição da Autorização para Adequação para edificações e áreas de riscos que necessitem  de ajustamento das medidas de segurança contra incêndio da legislação vigente e que cumprirem as exigências compensatórias
previstas em Portaria expedida pelo Corpo de Bombeiros.

Artigo 12 – O proprietário, o responsável pelo uso ou o responsável técnico poderão solicitar informações, sobre o andamento do processo ou do pedido de vistoria, ao Serviço de Segurança contra Incêndio do CBPMESP, bem como interpor recursos das decisões proferidas nos processos do Corpo de Bombeiros.

Artigo 13 – A apresentação de norma técnica, ou literatura estrangeira pelo interessado, deverá estar acompanhada de tradução juramentada para a língua portuguesa, a fim de ser verificada sua compatibilidade com os objetivos deste Regulamento.

Artigo 14 – Serão objetos de análise por Comissão Técnica os casos que necessitem de soluções técnicas diversas daquelas  previstas neste Regulamento, bem como as edificações e as áreas de risco cuja ocupação (uso) não se encontre entre aquelas relacionadas na tabela 1 (classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação) deste Regulamento.

Artigo 15 – As edificações com área construída inferior a 100 m² ficam dispensadas de vistoria por parte do Corpo de Bombeiros, nos termos da IT 42 – Projeto Técnico Simplificado.

Artigo 16 – Os processos administrativos do SvSCI serão regulamentados, pelo CBPMESP, por meio de Instrução Técnica (ITCB) e de Portarias.


CAPÍTULO VI

Das Responsabilidades

Artigo 17 – Nas edificações e áreas de risco a serem construídas cabe aos respectivos autores e/ou responsáveis técnicos, o detalhamento técnico dos projetos e instalações das medidas de segurança contra incêndio, objeto deste Regulamento, e ao responsável pela obra, o fiel cumprimento do que foi projetado e das normas técnicas pertinentes.

Artigo 18 – Nas edificações e áreas de risco já construídas, é de inteira responsabilidade do proprietário ou do responsável pelo uso, a qualquer título:

I – utilizar a edificação de acordo com o uso para o qual foi projetada;

II – tomar as providências cabíveis para a adequação da edificação e das áreas de risco às exigências deste Regulamento, quando necessário.


Artigo 19 – O proprietário do imóvel ou o responsável pelo uso obrigam-se a manter as medidas de segurança contra incêndio em
condições de utilização, providenciando sua adequada manutenção, sob pena de cassação do AVCB, independentemente das responsabilidades civis e penais cabíveis.


CAPÍTULO VII

Da Altura e Área das Edificações

Artigo 20 – Para fins de aplicação deste Regulamento, na mensuração da altura da edificação, não serão considerados:

I – os subsolos destinados exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana;

II – pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados;

III – mezaninos cuja área não ultrapasse a 1/3 (um terço) da área do pavimento onde se situa;

IV – o pavimento superior da unidade duplex do último piso de edificação de uso residencial.


Artigo 21 – Para implementação das medidas de segurança contra incêndio, a altura a ser considerada é a definida na letra “a” do inciso I do artigo 3º, combinada com o artigo 20 deste Regulamento.

Parágrafo único – Para o dimensionamento das saídas de emergência, as alturas serão consideradas de forma independente,
conforme letra “b” do inciso I do artigo 3º, combinada com o artigo 20 deste Regulamento.


Artigo 22 – Para fins de aplicação deste Regulamento, no cálculo da área a ser protegida com as medidas de segurança contra
incêndio, não serão computados:

I – telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas d’água, tanques e outras instalações desde que
não tenham área superior a 10 metros quadrados;

II – platibandas e beirais de telhado até 3 metros de projeção;

III – passagens cobertas, com largura máxima de 3 metros, com laterais abertas, destinadas apenas à circulação de pessoas ou mercadorias;

IV – as coberturas de bombas de combustível e de praças de pedágio, desde que não sejam utilizadas para outros fins e sejam
abertas lateralmente;

V – reservatórios de água;

VI – piscinas, banheiros, vestiários e assemelhados, no tocante a sistemas hidráulicos, alarme de incêndio e compartimentação;

VII – escadas enclausuradas, incluindo as antecâmaras;

VIII – dutos de ventilação das saídas de emergência.


CAPÍTULO VIII

Da Classificação das Edificações e Áreas de Risco

Artigo 23 – Para efeito deste Regulamento, as edificações e áreas de risco são classificadas conforme segue:

I – quanto à ocupação: de acordo com a tabela 1 em anexo.

II – quanto à altura: de acordo com a tabela 2 em anexo.

III – quanto à carga de incêndio: de acordo com a tabela 3 em anexo.


CAPÍTULO IX

Das Medidas de Segurança contra Incêndio

Artigo 24 – Constituem medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco:

I – acesso de viatura na edificação e áreas de risco;

II – separação entre edificações;

III – resistência ao fogo dos elementos de construção;

IV – compartimentação;

V – controle de materiais de acabamento;

VI – saídas de emergência;

VII – elevador de emergência;

VIII – controle de fumaça;

IX – gerenciamento de risco de incêndio;

X – brigada de incêndio;

XI – brigada profissional;

XII - iluminação de emergência;

XIII– detecção automática de incêndio;

XIV – alarme de incêndio;

XV – sinalização de emergência;

XVI – extintores;

XVII – hidrante e mangotinhos;

XVIII – chuveiros automáticos;

XIX – resfriamento;

XX – espuma;

XXI – sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono (CO2);

XXII – sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA);


XXIII – controle de fontes de ignição (sistema elétrico; soldas; chamas; aquecedores etc.).

§ 1º – Para a execução e implantação das medidas de segurança contra incêndio, devem ser atendidas as Instruções Técnicas elaboradas pelo CBPMESP.

§ 2º – As medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco devem ser projetadas e executadas visando atender aos objetivos deste Regulamento.


CAPÍTULO X

Do Cumprimento das Medidas de Segurança contra incêndio

Artigo 25 – Na implementação das medidas de segurança contra incêndio, as edificações e áreas de risco devem atender às exigências contidas neste capítulo e nas tabelas de exigências anexas a este Decreto.

Parágrafo único – Consideram-se obrigatórias as medidas de segurança assinaladas com “X” nas tabelas de exigências, devendo ser observadas as ressalvas, em notas transcritas logo abaixo das referidas tabelas.


Artigo 26 – Cada medida de segurança contra incêndio, constante das tabelas 4, 5, 6 (6A a 6M), 7, deve obedecer aos parâmetros estabelecidos na ITCB respectiva.

Artigo 27 – Os riscos específicos não abrangidos pelas exigências contidas nas tabelas deste Regulamento, devem atender às  respectivas Instruções Técnicas do CBPMESP.

Artigo 28 – Os pavimentos ocupados das edificações devem possuir aberturas para o exterior (por exemplo: portas, janelas, painéis de vidro etc.) ou ventilação mecânica, conforme regras estabelecidas na IT 15 – Controle de Fumaça.

Artigo 29 – Os subsolos das edificações que possuírem ocupações distintas de estacionamento de veículos devem atender também ao contido na tabela 7.

Artigo 30 – As edificações e áreas de risco devem ter suas instalações elétricas e sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) executados, de acordo com as prescrições das normas brasileiras oficiais e normas das concessionárias dos serviços locais.

Artigo 31 – As edificações e áreas de risco consideradas existentes na data da publicação deste Regulamento devem ser adaptadas conforme exigências específicas da tabela 4 deste Regulamento.

Artigo 32 – As áreas descobertas destinadas ao armazenamento de materiais sólidos combustíveis, independente do uso da edificação, são consideradas áreas de risco, devendo ser fracionadas em lotes e possuir afastamentos dos limites da propriedade, bem como corredores internos que proporcionem o fracionamento do risco, de forma a dificultar a propagação do fogo e facilitar as operações de combate a incêndio, conforme exigências da tabela 6J.


CAPÍTULO XI

Do tratamento às microempresas, às empresas de pequeno porte e aos microempreendedores individuais

Artigo 33 – As microempresas, as empresas de pequeno porte e os microempreendedores individuais, nos termos das legislações pertinentes, terão tratamento simplificado para regularização das edificações, visando à celeridade no licenciamento.

§ 1º – Os procedimentos para regularização dessas empresas, junto ao CBPMESP, estão prescritos na IT 42 – Projeto Técnico Simplificado.


Artigo 34 – As microempresas, as empresas de pequeno porte e os microempreendedores individuais poderão ser licenciados mediante certificados eletrônicos, por meio de sítio do Governo na rede de alcance mundial.

§ 1º – Para a obtenção do certificado eletrônico, o interessado deverá apresentar, eletronicamente, informações e declarações que certifiquem o cumprimento das exigências de segurança contra incêndio no empreendimento objeto do licenciamento.

§ 2º – Os certificados eletrônicos de licenciamento têm imediata eficácia para fins de abertura do empreendimento constante deste Capítulo.


Artigo 35 – O Corpo de Bombeiros pode, a qualquer tempo, proceder à verificação das informações e das declarações prestadas,  inclusive por meio de vistorias e de solicitação de documentos.

§ 1º – A primeira vistoria nos empreendimentos com licenciamento eletrônico deve ter natureza orientadora, exceto quando houver situação de risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio, ou ainda, no caso de reincidência, de fraude, de resistência ou de embaraço à fiscalização.

§ 2º – Nas demais vistorias, será verificado o cumprimento das medidas de segurança contra incêndio, nos termos deste Regulamento.

§ 3º – Constatada a não observância do cumprimento deste Regulamento, o CBPMESP iniciará procedimento administrativo para cassação do certificado eletrônico de licenciamento.


Artigo 36 – Os microempreendedores individuais terão isenção de emolumentos para regularização junto ao Corpo de Bombeiros.


CAPÍTULO XII

Das Disposições Finais

Artigo 37 – A Comissão Especial de Avaliação (CEA), prevista no inciso XI, do artigo 3º do presente Regulamento, é presidida pelo Comandante do CBPMESP, que poderá delegar esta função a outro Oficial Superior do CBPMESP.

§ 1º – A CEA será composta por Oficiais com experiência nas atividades de segurança contra incêndio do CBPMESP, podendo,
a critério do presidente, ser convidados representantes de entidades públicas ou privadas, com notório conhecimento em segurança contra incêndio.

§ 2º – Caberá ao presidente a nomeação dos integrantes que compõem a CEA.


Artigo 38 – Competirá à Comissão a que alude o artigo anterior:

I – avaliar a execução das normas previstas neste Regulamento e os eventuais problemas ocorridos em sua aplicação;

II – apresentar propostas de alteração do Regulamento e das Instruções Técnicas (ITCB).


Artigo 39 – Este Decreto entra em vigor 60 dias após sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário e, em
especial, o Decreto nº 46.076, de 31 de agosto de 2001.

Palácio dos Bandeirantes, 10 de março de 2011.
GERALDO ALCKMIN
Governador do Estado


Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo


DO REGULAMENTO  DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

ANEXOS:

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