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13 novembro 2012

Emprego e instalação de correntes nos pontos de ancoragens - Manobras básicas de ancoragens - Triângulo equalizável com duas e três ancoragens para distribuição de forças - Triângulo simples - Instalação em V ( Formas diferentes ) - Organograma sobre angulação ou ângulo em escalada - Montagem de ancoragem em linha (diversos empregos) - Instalações de cordas fixas e fracionamentos - Quadro de colocações corretas e incorretas de ancoragem em dois pontos


Emprego de correntes nos pontos de ancoragens

Um critério mal aplicado na hora de equipar uma reunião (pontos) pode gerar incômodo, pouca operacionalidade e, às vezes, perigo. O fato de serem os pontos de maior responsabilidade, sempre devem ser equipados com, ao menos, duas ancoragens de grande resistência unidas entre si. A cadeia com corrente é a melhor solução para essa reunião ou o seu efeito deixa as ancoragens isoladas, porém equipadas de forma que poderá passar a corda diretamente pelos elos como podemos ver na figura 451.





Manobras básicas de ancoragens

Durante uma escala ou um resgate, sempre teremos de fazer numerosas montagens empregando cordas e materiais para a realização de diversas manobras: reunião de ancoragens, deslocamentos, corrimões ou paradas. Dada a responsabilidade que recai sobre elas, sempre buscamos trabalhar com a máxima segurança.

Levando em conta que uma instalação é tão resistente como o elemento mais débil que a compõe (a estrutura), se não encontrarmos meios para assegurarmos a sua solidez de nada vale uma ancoragem, “podemos assim chamá-la de canhão”, antes a unirmos com uma fita velha e desgastada. Desconfiar das instalações fixas e envelhecidas existentes em uma parede, como cabos, claves (fendas), chapas, cordeletes,etc, ante a dúvida, sempre vale a pena perder um pouco de tempo para reforçar as instalações do que levar um susto ou algo mais.

As instalações devem ser montadas com ampla margem de segurança, porém sem desprezar os materiais que poderão ser de grande necessidade mais adiante, é muito importante fazê-las bem simples e claras, retirando todo o supérfluo para evitar confusões, a fim de que mais pessoas possam utilizar essas instalações sem problemas.

A melhor forma de garantir a solidez de qualquer reunião ou instalações é distribuir a carga entre as ancoragens. Essas distribuições podem ser realizadas de diversas formas, pelo simples modo que, diante de uma eventual falha de um ponto, os demais pontos possam suportar a carga.

As instalações devem estar dentro de uma medida que não possibilite livres roçamentos contra as rochas e/ou quinas vivas, em todo caminho que a corda recorrer e que sempre fique a salvo de impactos provocados por pedras que possam cair sobre elas.


Triângulo equalizável para distribuição de forças

Esse sistema tão conhecido é utilizado para dividir a carga por igual entre as demais ancoragens (exceto polias e revés). Sua principal vantagem é que se ajusta automaticamente diante de uma mudança de direção de carga/força (mudança dinâmica), continuando com sua função de distribuição equilibrada de forças e precisamente por repartir (dividir) a carga por igual, tendo de utilizá-lo sempre com ancoragens de uma resistência similar, para não fazer trabalhar em excesso os possíveis pontos mais deficientes do sistema. Outro inconveniente é em caso de falha de um dos pontos, em que as outras ancoragens fiquem conectadas, pois em função da procedência da tensão de ajuste poderá ser perigoso, na tensão em si ocorrerá um forte choque entre as peças metálicas e essa tensão de ajuste, só poderá ser amenizada com a realização de um nó intermediário em várias partes da fita (na parte mais comprida) fazendo, com isso, o limite de sua mobilidade.

Sua utilização só é recomendada quando suas ancoragens são consideradas boas e de igual resistência.

Para manobras de resgate sua possibilidade de deslizamento não é de grande vantagem, já que normalmente a direção da carga será a mesma, porque no triângulo se confia toda a responsabilidade de uma fita algo que não é recomendado diante de uma eventualidade, como quedas de pedras sobre a instalação.

O triângulo poderá ser feito com duas ou mais ancoragens, porém com mais de três o ajuste de direção tornar-se-á difícil pelo excesso de fracionamentos.

Como podemos ver abaixo, se trata de passar as alças por todos os pontos e recorrer cada seção de alça entre as ancoragens em um ponto central, dando meia volta na parte inferior do anel (da alça). O triângulo também poderá ser feito com a própria corda, se não dispormos de alças já prontas ou fitas costuradas.


Triângulo equalizável com duas e com três ancoragens



No caso de falha no sistema, existirá uma tensão de ajuste e um perigoso choque de peças metálicas, como já havia mencionado anteriormente.

Triângulo com nós para amenizar a tensão no caso de falha no sistema. (figura 454)



Triângulo simples

Esse tipo de triângulo só poderá ser feito com uma alça (fita costurada) ou com a extremidade, da própria corda. É utilizado por ser versátil e por ser interessante para as reuniões em vias equipadas com ancoragens consideradas excelentes e não muito próximas. Poderá criar tensões pouco favoráveis e o desfracionamento do triângulo provoca uma maior carga sobre a ancoragem oposta a ele.



Triângulos fixos (instalações em “V”)

Nos triângulos não equalizáveis, a boa distribuição da carga só se procede em um ponto central e essa direção de trabalho tem de preveni-la e respeitá-la para o seu correto emprego. Esse tipo de instalação é recomendada para reuniões com ancoragens duvidosas, no rapel, em instalações fixas e manobras de salvamento.


Podemos fazê-la em “V” de diferentes formas:

- com uma alça em que realizamos um nó central reunindo as diferentes seções de cada ancoragem (figura 458).

- empregando um anilho com duas alças com o nó visto em nós de união (alça dupla para atividades de rapel). (figura 459)

- com várias alças independentes de cada ancoragem. (figuras 460 e 461).

- fazendo a distribuição com um cabo em passagem simples com nós independentes em cada ponto de ancoragem.

Triângulo fixo em “V” com um nó central (a) dividido com um nó oito de duas alças (b).


Dois exemplos de triângulos fixos com um cabo (c).




Atenção:

Em qualquer sistema de equalização (divisão), os ângulos que formam os seguimentos do cabo que unem as diferentes ancoragens terão de estar os mais próximos possíveis e inferiores a 60º à medida que o ângulo aumenta.




Montagem de uma ancoragem em linha





Às vezes que não dispomos de alças de distância ou na disposição adequada e até mesmo de resistência desigual das ancoragens, torna-se desaconselhável as soluções anteriores, nesse caso, é melhor que a carga principal seja direcionada para as ancoragens mais resistentes (mais sólidas) e que as demais instalações de ancoragem sirvam de segurança em situação de emergência. Dessa forma, se divide a carga mediante a aplicação de nós, por exemplo, um nó de grande resistência como o nó oito (ou um nove se a carga for de grande perplexidade/importante ou a corda for estática). Sobre a primeira ancoragem um nó volta do fiel, tencionando a corda para dividir a carga entre as ancoragens mais afastadas.

Montagem em linha com a carga principal acima e com a carga principal abaixo.



Instalações de cordas fixas e fracionamentos

Para que seja fixada uma corda necessita-se de uma instalação segura, a princípio essa poderá ser feita de várias formas. Fazendo uma amarração em pontos juntos (ao menos dois) teremos como evitar que a amarração principal se situe mais alto que o secundário (ou este demasiado frouxo) para evitar que uma eventual falha provoque um forte impacto na segunda ancoragem como é demonstrado nas figuras 472, 473, 474, 475, 476, 477e 478.



As ancoragens principais sempre por baixo dos pontos de segurança. Como demonstrado nas figuras 473, 474, 475, 476, 477 e 478.

As instalações com cordas fixas com certa distância necessitam de fracionamentos intermediários, por operacionalidade e por segurança, dessa forma, poderá ser utilizada por várias pessoas de uma só vez (ao mesmo tempo), poderão ser evitados os roçamentos da corda e aliviar as mudanças bruscas de direção. Nessas ancoragens intermediárias, podemos fazer uso de nós tais como: o nó sete (ou romano), nó mariposa, nó oito ou nove, dependendo da situação.

Por onde passa esses fracionamentos, podem existir zonas Auto-porosas, ou evidências (saliências), que rocem e, dessa forma, possam afetar uma corda, como também as arestas ou superfícies similares. Nessas zonas, quando não podemos proteger a corda mediante algum tipo de lona, temos de tomar a precaução de unir a corda antes e depois do ponto que vai roçar mediante nós, fitas ou nós blocantes, assim, no caso de ruptura, teremos uma segurança adicional, diante desta solução torna-se complicado o uso da corda.

Nas instalações que recebem grandes cargas, teremos de ter certos cuidados quanto ao excesso de tensão que sofre a corda nos acondicionamentos (pontos de ancoragem e nós), ao descer uma parte da corda que passa dobrada sobre um mosquetão, anel ou outro elemento das instalações; essa tensão será maior quanto menor for o diâmetro do elemento que sobre ele se acomodar. É igual ao que vemos com a resistência das fitas e cordeletes. Em uso normal em escalada não se leva em conta que, normalmente, a corda não está sendo submetida a grandes tensões constantes, porém, em casos excepcionais, deverá intervir e aliviar essa parte da corda para danificá-la o mínimo possível e ter conhecimento do ângulo de acoplamento, colocando mais de um mosquetão ou realizando um nó de dupla alça que distribuirá a carga em duas seções da corda. A solução ideal seria colocar um gorne de polia em uma das alças do nó em forma de proteção, porém o normal é não levar esses elementos (materiais), e se os levar, poderá ser que necessitemos deles para uma outra prioridade.




6 comentários:

  1. Imagem 457: oito de duas alças equalizado ou coelho equalizado.

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    1. Boa tarde Thomas...
      Trata-se da ancoragem em V não equalizável. Iso refere-se a elevação do mosquetão e os nós de fixação, que fixa a fita ou corda reforçando-a em relação a ruptura delimitando o movimento da alça em relação a carga ou pessoa que está ancorada à ancoragem.
      Obrigado pela visita e abração à Você Thomas e à seus Familiares...

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    2. Acredito que não estamos falando da mesma imagem...

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    3. Bom dia Thomas...
      É verdade, trata-se de um duplo 8 equalizando duas alças.
      Abração e obrigado pela visita...

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  2. Boa Tarde Bombeiro Oswaldo, qual manual que consigo atestar as informações? Tem algum link?

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    1. Bom dia...
      Eis o link:
      https://cb.es.gov.br/Media/CBMES/PDF's/CEIB/SCE/Material%20Didatico/CFBP%20-%20SALVAMENTO%20EM%20ALTURAS%20-%202016.pdf

      Abração e obrigado pela visita...

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