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02 novembro 2012

CAPÍTULO 6 - Técnica de salvamento confeccionando e empregando a alça de sustentação - Técnica vai e vem - Atribuições e técnicas e atribuições empregada pelos componentes da guarnição (Chefe e auxiliares 1, 2, 3 e 4)


Técnica de salvamento empregando a alça de sustentação

A alça de sustentação empregada dentro das atividades de rapel é de suma importância, pois proporciona ao socorrista maior desempenho e maior segurança e conforto à vítima.
                        
O emprego da alça de sustentação não está limitado às atividades verticais, mas, se estende, praticamente, a todas as situações de salvamento em altura, devido às diversificações das técnicas.

A forma de aplicação da alça dependerá, exclusivamente, das condições em que se encontra(m) a(s) vítima(s). Ela poderá ser aplicada nas técnicas de salvamento no plano horizontal (vai e vem), no plano inclinado (socorristas e vítimas comandadas), e no plano vertical para vítimas comandadas do solo, por meio de oito fixo ou móvel e, ainda, no sistema conjugado.


Confecção da alça de sustentação

Utilizando-se um cabo de 4 m, unem-se suas extremidades através do nó direito formando, assim, uma alça longa. Dobra-se essa alça deixando o nó direito a um terço de uma das dobras e confecciona dois nós de azelha, um de cada lado do nó direito, formando duas alças de tamanhos diferentes.


Técnica de salvamento “vai - vem” empregando a alça de sustentação


Para o emprego dessa técnica é necessário que a guarnição seja composta por 5 (cinco) socorristas: o chefe de guarnição e 4 (quatro) auxiliares (nº. 1, 2, 3 e 4).

A responsabilidade de todos os componentes da guarnição é preparar o material para a execução da técnica de salvamento, o qual é composto de:

- 1 (uma) corda de 50 m;

- 1 (um) cabo da vida;

- 4 (quatro) molas;

- cabos da vida extras para a confecção das cadeiras nas vítimas.


Atribuições dos componentes da guarnição

Como tratado anteriormente, é necessário que todos saibam o que devem fazer para não haver atropelos ou a transmissão de uma imagem para a sociedade e para a vítima de falta de profissionalismo por parte dos bombeiros. Por isso, segue as especificações das atividades a serem desenvolvidas por cada membro da equipe para conclusão da operação.


Chefe de guarnição:

- comanda e coordena a operação;

- monta o sistema no cabo de sustentação;

- realiza a transposição do cabo de sustentação, até o local onde se encontram as vítimas e verifica a condição vital delas;

- auxilia na segurança das vítimas;

- passa a alça de sustentação na(s) cadeirinha(s) e a engancha no mosquetão conectado ao sistema, travando-o logo em seguida.


Auxiliar n.º 1:

- transporta os cabos da vida até onde se encontra(m) a(s) vítima(s);

- leva a segunda corda, para concluir a armação do cabo deSustentação;

- confecciona os nós de cadeira nas vítimas;

- auxilia na colocação da(s) vítima(s) no sistema, juntamente com o chefe para removê-las.


Auxiliar n.º 2:

- transporta o cabo guia até onde se encontra(m) a(s) vítima(s);

- transporta mais cabos da vida, caso seja necessário;

- auxilia na confecção da(s) cadeira(s) na(s) vítima(s);

- auxilia na colocação da(s) vítima(s) no sistema para a  evacuação.


Auxiliar nº. 3:

- porta o cabo da vida para a confecção da alça de sustentação;

- confecciona a alça de sustentação;

- entrega a alça para o chefe da guarnição;

- auxilia o nº. 4 a arrastar a(s) vítima(s).


Auxiliar nº. 4:

- transporta do cabo guia;

- confecciona o nó de azelha no cabo guia;

- fixa a extremidade do cabo guia para não perder o contato;

- auxilia o n.º 3 a arrastar a(s) vítima(s).



Técnica empregada pela guarnição

O chefe de guarnição determina que os auxiliares providenciem os materiais para dar início à operação e transporta consigo os mosquetões.

O auxiliar n.º 1 transporta a corda principal e os cabos da vida, para as amarrações das vítimas.

O auxiliar n.º 2 transporta os cabos da vida, auxilia nas amarrações das cordas para montagem do cabo de sustentação.

O auxiliar n.º 3 é responsável pelo cabo da vida para a confecção da alça de sustentação.

O auxiliar n.º 4 é responsável pelo transporte do cabo guia e pela confecção do nó de azelha no seio desse cabo.

O chefe de guarnição dará início à operação e o desenvolvimento se inicia com o lançamento de uma retinida, pelo n.º 2, para a edificação onde se encontra(m) a(s) vítima(s), para que ela(s) puxe(m) a primeira corda e a fixe(m) em um ponto seguro orientada(s) pela guarnição.

Após essa corda ser fixada pela(s) vítima(s), a guarnição conclui, de forma segura, a amarração do cabo de sustentação simples, para que o auxiliar n.º 1 transponha esse cabo, levando consigo a outra extremidade para concluir a amarração final, não se esquecendo de verificar o ponto de fixação e os cabos da vida que são de sua responsabilidade.

O chefe de guarnição, juntamente com os auxiliares n.º 2, n.º 3 e n.º 4, concluem as amarrações finais das cordas do cabo de sustentação. O auxiliar n.º 2 também realiza a transposição do cabo de sustentação, levando os cabos da vida sob sua responsabilidade e a extremidade do cabo guia, fixando-o em um ponto seguro quando chegar ao local em que se encontra(m) a(s) vítima(s).

O chefe de guarnição faz a colocação dos mosquetões no cabo de sustentação (não esquecendo que os mosquetões deverão estar invertidos e com suas travas voltadas para baixo). O auxiliar n.º 3 confecciona o nó alça de sustentação e o entrega ao chefe de guarnição para que o coloque preso aos dois mosquetões que estão no cabo de sustentação (é importante lembrar que a alça que é enganchada nos dois mosquetões do cabo de sustentação é a menor).

O chefe de guarnição engancha o terceiro mosquetão que está em suas mãos nos dois mosquetões (esse mosquetão tem a finalidade de receber a alça maior da alça de sustentação) e agiliza o trabalho de remoção.

O chefe pega o nó de azelha com o auxiliar n.º 4, que o confeccionou mesmo no seio do cabo guia, coloca um mosquetão e o engancha nos dois mosquetões prendendo a alça menor, evitando que suba e fique atritando com o cabo de sustentação.

O chefe de guarnição, depois de montado o sistema, passa para o lado onde os auxiliares nº. 1 e 2 já estão confeccionando nós de cadeira na(s) vítima(s) e faz uma avaliação da situação, dando início a retirada, onde ele mesmo passa a alça maior na cadeira de cada vítima e a engancha no mosquetão que foi colocado, simplesmente, para receber essa alça (figuras 206 e 207).



Após o resgate das vítimas, o chefe dará o pronto e a guarnição recolherá os materiais e será dada por encerrada a operação.



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