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13 outubro 2012

Saídas de emergência - Altura de guarda-corpo e corrimão em escadas - Porta corta-fogo com barra anti-pânico



Na ocorrência de sinistro, normalmente, a primeira reação das pessoas é procurar resguardar a própria vida, abandonando o local de perigo e refugiando-se em local seguro. Em função disso, o provimento de saídas de emergência deve ser a primeira preocupação.

As saídas de emergência devem propiciar um caminho contínuo, devidamente protegido, a ser percorrido pelos ocupantes da edificação em caso de incêndio ou outra emergência, que vai da área interna até a área externa segura ou para outro local em conexão com esta.

Saída de emergência é o caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões (sacadas), vestíbulos (átrios), escadas, rampas ou outros dispositivos de saída, podendo ainda ser formada pela combinação destes.

Será percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, em comunicação com a rua.


Com base nessa definição e tendo em vista as características de uma edificação verticalizada, podem ser identificados três componentes das saídas de emergência:

 acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas;

 rotas de saída verticais: escadas, rampas ou elevadores de emergência;

 descarga.


As saídas de emergência devem seguir as prescrições da NBR 9.077 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

As rotas de saída verticais mais comuns são as escadas, portanto será dado maior destaque ao estudo delas. Porém, existem ainda as rampas e os elevadores de emergência com suas peculiaridades e devida importância.

As rampas são utilizadas principalmente em hospitais para permitir a passagem de macas e cadeiras de rodas. Os elevadores de emergência são adotados em prédios altos, acima de vinte pavimentos.

As saídas de emergência visam garantir que as pessoas sujeitas a uma situação de incêndio sobrevivam com os menores danos possíveis.

Tendo em vista essa característica, alcançar as saídas de emergência deve ser uma meta constante das pessoas envolvidas em um incêndio.


As saídas de emergências constituem uma das medidas de proteção mais eficazes por atenderem duas finalidades básicas, que são:

 permitir a retirada dos ocupantes da edificação com segurança;

 promover o acesso seguro das equipes de bombeiros.


As saídas de emergência devem prover uma rota livre de calor e fumaça para se chegar ao local sinistrado, com exceção das escadas não enclausuradas. Além disso, servem de caminho seguro para evacuação e resgate de pessoas, bem como transporte de materiais (mangueiras, esguichos, chaves e outras ferramentas).

As saídas são projetadas pensando-se em duas filas de pessoas, no mínimo, passando ao mesmo tempo por elas.  Portanto, as guarnições podem orientar, durante a operação, que as pessoas que estão descendo andem sempre pela direita. Dessa forma, é possível que os usuários desçam por um lado, enquanto as guarnições de socorro adentram pelo outro, sem maiores complicações.


As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso (corredores, escadas, rampas), devem ser as seguintes:

1,10 metros, correspondendo a duas unidades de passagem (ou duas filas de pessoas);

2,20 metros, para permitir a passagem de macas, camas e outros, comumente encontradas em hospitais e assemelhados.


As guarnições podem orientar que as pessoas andem sempre pela direita da escada, de forma que saiam por um lado e os bombeiros adentrem pelo outro.  As guarnições de bombeiros devem sempre priorizar a utilização das saídas de emergência como rota para efetuar suas ações de combate e salvamento nas edificações.


Unidade de passagem é a largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 metro.


É importante distinguir escadas de emergência das demais escadas de uma edificação. Escada de emergência é a escada integrante de uma rota de saída, podendo ser constituída por:

escada não enclausurada;

escada enclausurada protegida;

escada enclausurada à prova de fumaça;

escada enclausurada à prova de fumaça pressurizada.


Com base nesta definição de escada de emergência, fica evidenciado que, embora a maioria das pessoas possa acreditar no contrário, uma escada não precisa, necessariamente, ser enclausurada (fechada) para ser considerada de emergência.

Levando em consideração esse fato, apesar da distinção apresentada, qualquer escada pode, eventualmente, funcionar como uma rota de fuga. Portanto, mesmo as escadas que, em princípio, não são destinadas a saídas de emergência são alvo de fiscalização e devem atender a certos parâmetros normativos.


As escadas devem apresentar algumas características gerais de construção, tais como:

1. ser constituídas com material incombustível e oferecer, nos elementos estruturais, resistência ao fogo de, no mínimo, 2h;

2. ter os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais resistentes à propagação superficial de chama;

3. ter os pisos com condições antiderrapantes e quem permaneçam antiderrapantes com o uso;

4. os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio estiver supostamente fora de uso.


Dentro desses parâmetros, destacam-se que: toda saída de emergência deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) contínuas, sempre que houver qualquer desnível de altura maior do que 19 centímetros, para evitar quedas. A altura das guardas deve ser, no mínimo, de 1,10 metro.

Guarda-corpo ou guarda é uma barreira protetora vertical, delimitando as faces laterais abertas de escadas, rampas, patamares, terraços, galerias e assemelhados, servindo como proteção contra eventuais quedas de um nível para outro.

Outro elemento de importância nas saídas de emergência é o corrimão. Ele é constituído por uma barra, cano ou peça similar, que possua uma superfície lisa, arredondada e contínua, devendo estar localizado junto às paredes ou às guardas de escadas (ou guarda-corpo — apoio do corrimão que fica à meia altura, servindo como proteção para a lateral da escada), rampas ou passagens. Serve para as pessoas nele se apoiarem ao subir, descer ou se deslocar.

 Figura 3 - Alturas de guarda-corpo e corrimão em escadas


As saídas de emergência podem, conforme o caso, ser dotadas de portas corta-fogo ou resistentes ao fogo.

De acordo com a definição contida na NBR no 11.742 da ABNT, a porta corta-fogo (PCF) usada para saída de emergência é uma porta do tipo de abrir com eixo vertical, que consegue impedir ou retardar a  propagação do fogo, calor e gases, de um ambiente para o outro.

As PCF devem ter resistência ao fogo, que é a propriedade de suportar o fogo e proteger ambientes contíguos durante sua ação, ou seja, capacidade de confinar o fogo (estanqueidade, limitação dos gases quentes e isolamento térmico) e de manter a estabilidade ou resistência mecânica, por determinado período. Essa propriedade é determinada  mediante ensaio realizado conforme a NBR no 6.479.

Dentro das normatizações relativas a escadas de emergência,  cabe destacar que a NBR no 9.077 define que a escada enclausurada  protegida deve possuir porta resistente ao fogo (PRF), por 30 minutos, referindo-se, portanto, à propriedade de isolamento térmico que esse tipo de porta deve possuir.

Em virtude de vários problemas relacionados à saída de um grande volume de pessoas, comumente encontrado em locais de concentração de público, como cinemas, teatros, auditórios, etc., verificou-se a necessidade de instalação de dispositivo que possibilitasse a abertura fácil das portas: a barra anti-pânico.

Esse dispositivo permite o destravamento da folha de uma porta, no momento em que é acionado, mediante a simples pressão exercida sobre a barra, no sentido de abertura. Seu emprego é feito por meio de uma barra horizontal fixada na face da folha.

 Figura 4 - Porta corta-fogo com barra anti-pânico

Para se abrir a porta, basta empurrá-la para frente pela barra anti-pânico.


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