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02 outubro 2012

Queimaduras – Profundidade – Extensão – Localização


Queimaduras

Entende-se por queimadura a ação direta ou indireta do calor sobre a pele do organismo humano.

As queimaduras configuram importante causa de mortalidade, pois tornam o organismo mais vulnerável a infecções que podem ocasionar maiores danos, como febre, complicações neurológicas e oftalmológicas.


As queimaduras podem ocorrer:

pela ação direta das chamas;

pelo contato com fumaça e gases quentes – decorrentes das características (móvel e quente) da fumaça e dos gases provenientes do ambiente incendiado;

pelo contato com líquidos ou vapores quentes;

pelo contato com superfícies aquecidas;

em decorrência de choques elétricos – quando a corrente elétrica é transformada em calor pelo efeito Joule (esse tipo ocorre com menos freqüência).


Além disso, as queimaduras resultam em um considerável aumento da parcela da população com deficiência física, devido às seqüelas. Dentre as mais graves, estão a incapacidade funcional (especialmente quando atinge as mãos), as deformidades estéticas (sobretudo da face), além dos danos de ordem psicossocial.

A principal causa de queimaduras em bombeiros ainda é o uso do EPI incompleto ou mal colocado, deixando partes da pele expostas, ou ainda EPI inadequado para combate a incêndio, como o caso das luvas de raspa de couro.


As manifestações locais mais importantes nas queimaduras são:

não eliminação de toxinas - não há produção de suor;

formação de substâncias tóxicas;

dor intensa que pode levar ao choque;

perda de líquidos corporais;

destruição de tecidos e infecção, comprometendo assim a integridade funcional da pele.

Figura 1 – Perda de membro por queimadura causada por EPI inadequado


As queimaduras por ação das chamas costumam ser mais profundas e, usualmente, acompanhadas de danos causados pela inalação de fumaça.

A ferida da queimadura é inicialmente estéril, porém o tecido queimado rapidamente é colonizado por bactérias, logo existe a necessidade de que os bombeiros mantenham as suas vacinas em dia, principalmente, a antitetânica.

A partir daí, o organismo reage ocasionando uma cicatrização com uma pele enrijecida, e conseqüentemente, com um dano à circulação.

Em queimaduras superiores a 40% da extensão corpórea, a imunidade cai, levando a uma infecção generalizada, podendo provocar a morte.

Acima de 70%, as chances de sobrevivência da vítima são mínimas.


Outros fatores complicadores para a saúde do queimado são:

idade - quanto mais velho, mais dificuldade de resposta e adaptação do organismo a alguma complicação, ou seja, menos condições de responder ao tratamento;

existência de doenças prévias;

simultaneidade de condições agravantes;

inalação de fumaça.


A magnitude do comprometimento das funções da pele em conseqüência de uma queimadura depende do agente causador, da extensão e profundidade (ou grau) da lesão, da localização da queimadura no corpo do indivíduo e do tempo decorrido após a lesão.


Profundidade
A profundidade da queimadura depende da intensidade do agente térmico – se é gerador ou transmissor de calor – e do tempo de contato com a pele. A profundidade é um fator determinante do resultado estético e funcional da queimadura e pode ser avaliada em graus.



Extensão
Nas primeiras horas após a lesão, os maiores riscos para a vítima de queimadura dependerão, fundamentalmente, da extensão, ou seja, da área do corpo afetada. Quanto maior a região afetada, maior a repercussão sistêmica, devido à perda da pele.


Queimaduras maiores e menores
Para avaliação da extensão, as queimaduras são classificadas em maiores e menores, ou pode-se calcular a porcentagem atingida da área de superfície corporal total, pela regra dos nove.

Queimaduras menores são as superficiais ou pouco profundas, ou seja, de primeiro e segundo grau, envolvendo pequenas partes do corpo, sem danos respiratórios, de face, mãos, pés, virilha, coxas, nádegas ou articulações.


Queimaduras maiores são:

de terceiro grau;

de segundo grau envolvendo uma área total ou crítica do corpo;

de primeiro grau que cubram uma área extensa;

qualquer queimadura que envolva face ou sistema respiratório.


Regra dos nove
A regra dos nove atribui a cada área do corpo uma porcentagem aproximada, sobre a área total da pele. Dessa forma, é possível calcular a porcentagem do corpo atingida pela queimadura e, a partir disso, direcionar o tratamento do paciente.
  


Localização
Em razão dos riscos estéticos e funcionais, são mais desfavoráveis as queimaduras que comprometem face, pescoço e mãos.

Além disso, as localizadas em face e pescoço costumam estar, mais freqüentemente, associadas à inalação de fumaça. As queimaduras próximas aos orifícios naturais, como boca e ouvido, apresentam maior risco de contaminação.



O golpe de calor pode ocorrer também durante uma atividade física rigorosa, particularmente em ambientes fechados, pobres em ventilação e umidade.


Os sintomas são:
pele vermelha, quente e seca;
temperatura corporal muito elevada, acima de 40 oC;
vômitos;
convulsões;
contrações musculares;
respiração profunda, seguida de superficial;
pulso rápido e forte, seguido de pulso fraco;
fraqueza;
escassez ou ausência de transpiração;
pupilas dilatadas;
perda da consciência, podendo levar ao coma.

Percebe-se então que os sintomas são contrastantes com os de exaustão pelo calor. Porém, pode evoluir da exaustão pelo calor para o golpe de calor, havendo retenção da umidade na pele, quando o indivíduo não mais transpira e a pele permanece úmida.

O calor corporal é liberado rapidamente no paciente com golpe de calor. A vítima tem uma queda do nível de consciência, e conseqüentemente, diminui a reação a estímulos, pois entra em coma.

Como o pulso é rápido e forte, o indivíduo passa a ficar inconsciente, evoluindo para uma pulsação fraca e diminuindo a pressão sanguínea.

O golpe de calor é uma emergência que ameaça a vida. Por isso, deve ser tratada no hospital, sem demora no atendimento.

A recuperação do paciente dependerá da velocidade e do vigor com que o tratamento é administrado. O corpo deve ser resfriado, por qualquer meio que esteja disponível.

Na cena do incêndio, a vítima deve ser removida do ambiente quente, deslocada para a viatura de atendimento pré-hospitalar e colocada sob o máximo de refrigeração.

As roupas do paciente devem ser removidas, colocando-lhe
toalhas ou lençóis molhados. Para isso, pode-se envolvê-lo, sem pressão, com um pano e molhá-lo com a própria mangueira da viatura, transportando-o, imediatamente, ao hospital.

A ambulância deve dar uma notícia prévia ao hospital sobre o problema, para que se prepare um banho com água gelada logo na chegada do paciente. Se houver a possibilidade de aplicar bolsas de gelo, deve-se aplicá-las nas axilas, punhos, tornozelos, virilha e pescoço, além de ministrar oxigênio.



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