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07 outubro 2012

Incêndios em subsolos - exemplo de saída de fumaça - Descida rápida da guarnição - Edificação co subsolo aparente


Incêndios em subsolos

Os subsolos encontrados no Distrito Federal costumam abrigar porões, depósitos de materiais (novos ou sucatas), cozinhas, galerias comerciais, garagens, entre outros.

É comum a presença de materiais perigosos, materiais empilhados, desordenadamente, e botijões de gás de cozinha (GLP).

Figura 216 - Exemplo de materiais guardados em subsolo


É preciso descer para combater o incêndio em subsolo.
  
Por esses motivos, incêndios em subsolos são difíceis de controlar e perigosos para os bombeiros porque:

O foco pode demorar a ser localizado, pois a fumaça toma os pavimentos superiores.

O incêndio rapidamente se propaga aos pavimentos superiores pela convecção da fumaça.

Ao abrir um acesso ao subsolo, o ar introduzido alimenta o fogo, aumentando sua intensidade.

Muitos subsolos só possuem uma entrada. Alguns têm janelas pequenas, abaixo ou pouco acima do solo, tornando sua ventilação difícil.

É necessário descer até o foco para combatê-lo, expondo os bombeiros à fumaça quente.

Desorientado no ambiente, o bombeiro não tem a opção de buscar janelas.

 Figura 217 - Exemplo de incêndio em subsolo

Além disso, os materiais empilhados dificultam a orientação e a fuga em caso de agravamento das condições do incêndio.


Organização

O combate a esse tipo de incêndio precisa ser muito bem organizado.

1. É preciso registrar a entrada e o tempo de permanência de cada bombeiro com EPI completo e rádio transmissor no interior do subsolo, considerando o tempo de autonomia da máscara de ar respirável em uso. Uma simples prancheta pode ser usada para isso. Sem registro, o extravio de um bombeiro pode passar despercebido até que seja tarde demais.

2. Conforme o tamanho e o tipo de ocupação do subsolo, deve ser colocado cabo guia, fixo, para servir de corrimão, auxiliando a orientação dos bombeiros.

3. Se o incêndio estiver restrito, com localização conhecida e houver pouca fumaça, pode-se fazer o ataque imediatamente. Uma dupla de bombeiros entra com uma linha de mangueira e faz o ataque direto ao foco rapidamente. Outra dupla permanece à entrada, equipada com outra linha já pressurizada, para atuar se necessário.

4. Se o incêndio estiver além desse estágio inicial, a primeira providência será evitar a propagação:

• Mantendo a porta de acesso ao subsolo fechada, se possível, até que seja feita evacuação e busca nos andares superiores.

• Fechando portas e janelas para áreas não atingidas nos andares mais altos.

• Colocando linhas de mangueira, protegendo as áreas que não possam ser fechadas, e a área próxima à entrada do subsolo.

5. Fazer a busca e evacuação dos andares superiores. A busca deve ser feita em todos os pavimentos, pois pode haver acúmulo de fumaça.

6. Se for possível, abrir uma saída de fumaça sobre ou adiante do foco, sem levar a fumaça para locais em que o fogo possa se propagar.

 Figura 218 - Exemplo de saída de fumaça para combate a incêndio em subsolo

7. A linha de mangueira deve ter comprimento suficiente para chegar ao foco. A pressão e a vazão da bomba devem ser mantidas constantes durante todo o combate.

8. Após a disposição de todas as linhas de mangueira e demais recursos a serem utilizados, faz-se a abertura, forçando a porta se estiver trancada. Essa abertura é especialmente perigosa pelo fato de estar acima do fogo.

9. A descida deve ser ágil. Devem ser colocadas duplas de bombeiros para auxiliar a descida da mangueira rapidamente e sem dobras. A mangueira pressurizada desce apoiada no lado externo da escada.

 Figura 219 - Descida rápida da guarnição

10. Chegando ao foco, o combate deve ser rápido, evitando-se perturbar o balanço térmico (assunto abordado no Módulo 1 do presente manual) pela aplicação excessiva de água.

11. Em caso de emergência, havendo necessidade de a linha de combate retroceder, a linha de apoio da entrada do subsolo cobre a abertura com um jato neblinado aberto.

Figura 220 – Edificação com subsolo aparente

Edificações construídas em terreno inclinado costumam apresentar subsolo aparente. A abordagem de um incêndio  nesse tipo de edificação deve ser feita sempre pelo pavimento aparente mais baixo, evitando as dificuldades peculiares do combate a incêndio em subsolos.




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