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14 outubro 2012

Combatendo um princípio de incêndio - Na cozinha - Nas roupas de uma vítima - Com aparelhos extintores de incêndio - Capacidade extintora - Aparelhos extintores ( mobilidade - portáteis e sobre rodas, pressurização - direta e indireta, cuidados, capacidade extintora, 2-A e 10-B - Utilização dos aparelhos extintores CO2, água e pó ( bicabornato de sódio e fosfatomonoamônico - classes A, B e C ) - Extintor ( transporte, rompimento do lacre e retirada do pino de segurança, posicionamento à favor do vento, aproximação do foco do incêndio, aplicação do jato em forma de leque, observação de uma possível reignição das chamas )

Combatendo um princípio de incêndio

Ao se defrontar com um princípio de incêndio, chame imediatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do telefone 193, ou peça a alguém que chame.

Tente extinguir o fogo em objetos com um aparelho extintor. A forma correta de utilização será explicada posteriormente. Se não for possível, saia imediatamente.

O princípio de incêndio só pode ser combatido com aparelhos extintores enquanto as chamas não atingirem o teto. A partir daí, o fogo desenvolve-se rápido demais.

Se não conseguir ou não puder extinguir o fogo, feche a porta do cômodo onde está o fogo e saia da edificação. Fechar a porta diminui o oxigênio disponível para o fogo e evita que a fumaça se espalhe. Deixe a porta fechada, ela deve ser aberta somente pelos bombeiros.

Se uma pessoa está envolta em chamas, utilize a técnica a seguir descrita.


Na cozinha

No caso de fogo em óleo ou outra gordura, comum em panelas frigideiras:

 tampe o recipiente;

 desligue o fogo;

 deixe-o tampado até esfriar.

Nunca jogue água em gordura. O efeito é semelhante a uma explosão, respingando óleo quente para todos os lados e causando queimaduras graves.

No caso de um incêndio em uma panela, não a remova do local e jamais jogue água sobre ela. Neste caso, desligue o fogão e use uma tampa da panela para abafar o fogo.


Fogo na mangueira do botijão ou em qualquer outro lugar do fogão pode ser extinto aproximando-se, protegido por um cobertor, abafando as chamas e fechando rapidamente o registro de gás.

Se não for possível fechar o registro de gás, não é aconselhável extinguir as chamas, pois criaria as condições para uma possível explosão do ambiente.


Nas roupas de uma vítima

Para apagar o fogo nas roupas de uma pessoa deve-se fazê-la rolar. A vítima não pode caminhar, pois o movimento aviva as chamas.



Deve-se pará-la, deitá-la de bruços e rolá-la no chão. Outra pessoa pode ajudá-la a deitar-se, e usar um cobertor ou um casaco pesado para abafar as chamas.

A vítima terá de rolar para um lado e para o outro, cobrindo os olhos, nariz e boca para proteger as vias aéreas, mantendo as pernas juntas.


Para um treinamento com crianças, pode-se pegar um papel vermelho e colá-lo com fita adesiva nas suas roupas.

A criança que atua como “vítima” realizará o procedimento: parar, deitar e rolar, até que o papel se solte de suas roupas.

Outra criança pode ajudá-la a rolar, e colocar um cobertor por cima, como se abafasse as chamas.

Para tratar a queimadura, não use creme dental, terra, manteiga ou outro produto. Lave a área com água corrente e procure um médico.

Deve-se evitar a utilização de extintores sobre pessoas e animais.


Com aparelhos extintores de incêndio

Os aparelhos extintores de incêndio são dispositivos que contêm um agente extintor (água, pó, gás carbônico, etc.) e são destinados ao combate de princípios de incêndio.

Os aparelhos extintores são projetados para extinguir princípios de incêndio, quando as chamas estão restritas ao foco inicial.


Suas características são definidas de acordo com a quantidade de combustível que se destina a proteger (capacidade extintora, a qual será abordada mais adiante).

Os aparelhos extintores são projetados para ser utilizados por qualquer pessoa, sem a necessidade do uso de equipamentos de proteção.

Por esse motivo, devem ter acionamento simples, de fácil compreensão e utilização rápida. Mesmo possuindo uma forma simples de acionamento, é necessário que os usuários da edificação sejam treinados para utilizá-los, de forma correta e consigam transportá-lo até o local desejado.

O aparelho extintor é desenvolvido para operar a utilização do agente extintor apropriado.


Os aparelhos extintores podem ser classificados:

Quanto à sua mobilidade:

 portáteis — são os aparelhos extintores que podem ser transportados manualmente, sendo que sua massa total não  deve ultrapassar 20 kg (vinte quilos);

 sobre rodas — São os aparelhos extintores cuja massa total ultrapassa 20 kg (vinte quilos), montados sobre rodas e transportados por um único operador. Outra diferença é que a válvula de descarga destes aparelhos é sempre montada na extremidade da mangueira.


Quanto à forma de pressurização:

 pressurização direta (pressurizados) — são aqueles que estão sob pressurização permanente e caracterizam-se pelo emprego de somente um recipiente para o agente extintor e o gás expelente;

 pressurização indireta (pressurizáveis) — são aqueles que são pressurizados por ocasião do uso e caracterizam-se pelo emprego de um recipiente para o agente extintor e de um cilindro para o gás expelente.
  
O emprego eficiente dos aparelhos extintores em princípios de incêndio depende da familiaridade do operador com o aparelho e com as informações apresentadas no rótulo e/ou cilindro.


Cuidados com o aparelho extintor:

 deve ser pintado na cor vermelha e sinalizado, a fim de ser  visto com facilidade;

 deve estar permanentemente desobstruído e em área livre, a fim de garantir o acesso ao aparelho;

 a freqüência de inspeção é de 6 meses para extintores de incêndio com carga de gás carbônico e cilindros para o gás expelente, e de 12 meses para os demais extintores; as inspeções devem ser feitas conforme o estabelecido na NBR 12962 da Associação Brasileira de Normas Técnicas;

 a recarga deve ser efetuada considerando-se as condições de preservação e manuseio do agente extintor recomendadas pelo fabricante ou pela empresa que realizou a manutenção;

 conter rótulo com: a(s) classe(s) de incêndio a que se destina, as instruções de uso, identificação do fabricante e o selo de conformidade expedido pelo Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO).


Capacidade extintora

A capacidade extintora é o principal parâmetro para avaliar a eficiência dos aparelhos e agentes extintores. Define o tamanho do fogo e a classe de incêndio que o conjunto — aparelho extintor e agente extintor — é capaz de debelar, segundo métodos de ensaio padronizados.


Para exemplificar, um extintor com a inscrição em seu rótulo:

 2-A significa que o conjunto é capaz de debelar incêndios em combustíveis sólidos classe A, em que as chamas são de  volume correspondente às produzidas pela queima do engradado de madeira padronizado, definido como 2-A, conforme mostra a Figura 7.

 10-B significa que o extintor é capaz de debelar incêndios em líquidos inflamáveis (classe B), em que o volume das chamas é correspondente à queima do combustível em uma cuba padrão, definidos como 10-B, conforme ilustra a Figura 8.

Os testes de capacidade extintora para a classe A (combustíveis sólidos) são feitos em engradados de madeira, conforme a Norma Brasileira - NBR 9443 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nesse exemplo, um extintor de capacidade extintora 2-A deve ser capaz de extinguir totalmente o fogo em um engradado de madeira, composto de 78 elementos com dimensões de 45x45x600 mm.

A norma prevê a certificação de extintores de incêndio até o grau 40-A. Cada grau obedece a uma relação de proporcionalidade de volume de combustível (elementos de madeira) e das chamas.

 Figura 7 — Quadro de engradados de madeira dispostos para os testes de capacidade extintora para a classe A


Os testes de capacidade extintora para a classe B são feitos em cubas quadradas, contendo uma camada mínima de 50 mm de líquido inflamável de alto poder calorífico sobre um lastro de água de, no mínimo, 150 mm, conforme NBR no 9.444 da ABNT. O combustível normalmente empregado é o n-heptano.

Um extintor de capacidade extintora 10-B deve ser capaz de extinguir totalmente o fogo em uma cuba de 2,30 metros de área, contendo 117 litros de n-heptano. Nessas condições, as chamas podem atingir até 6 metros de altura.

A norma prevê a certificação de extintores de incêndio até o grau 640-B. Os graus são estabelecidos a partir da proporcionalidade do volume de combustível (líquido inflamável). As dimensões das cubas variam de forma a permitir a formação da camada de combustível prevista.

Figura 8 - Quadro de cubas dispostas para os testes de capacidade extintora para a classe B

Cabe ressaltar que a padronização e adoção de engradados de madeira e uso de n-heptano têm por objetivo garantir, sob condições laboratoriais, a reprodutibilidade e repetibilidade dos testes, ou seja, as características do campo de testes e as condições de execução dos ensaios estão previstos de forma que possam ser reproduzidos em diversos centros de pesquisa e repetidos quantas vezes forem necessárias.

 Figura 9 — Testes laboratoriais realizados no Centro de Investigação e Prevenção de Incêndio (CIPI) do CBMDF


Aparelhos extintores

Os aparelhos extintores de incêndio mais comuns, atualmente, quanto ao agente extintor são:

 gás carbônico (CO2),

 água pressurizada,

 pó para extinção de incêndio.


Extintor à base de gás carbônico (CO2)

O extintor de gás carbônico utiliza cilindro de alta pressão, o que exige que não possua costura (soldas); é avaliado pelo seu peso, não possuindo manômetro.

Possui um esguicho difusor, cujo contato deve ser evitado ao utilizar o aparelho extintor, a fim de que não ocorra queimadura por congelamento.

O extintor à base de gás carbônico é indicado para apagar fogo em líquidos inflamáveis (álcool, gasolina, entre outros) e equipamentos elétricos energizados (televisores e rádios, por exemplo).

Deve-se evitar tocar o difusor do extintor quando este estiver sendo utilizado: risco de queimadura devido à baixa temperatura!



Extintores à base de água e de pó

Esses extintores possuem configurações semelhantes, o que pode confundir o usuário em um primeiro momento. As semelhanças encontram-se basicamente:

 na pressão de trabalho — por volta de 10,5 kgf/cm2;

 no manômetro — o qual deve estar sempre na faixa verde, indicando pressão favorável à utilização;

 nos cilindros — ambos possuem costura Possui diferença no rótulo:

 o extintor de água é indicado para incêndio classe A (materiais tais como madeira, borracha, papel e outros que queimam em profundidade, deixando resíduos);

 o extintor de pó é indicado para as classes B (álcool, gasolina, diesel, etc.) e C (equipamentos energizados); alguns são indicados para as classes A, B e C.

Os extintores de pó mais comuns são à base de bicarbonato de sódio e fosfatomonoamônico, assunto abordado no Módulo 1 deste manual, em agentes extintores. O pó age quebrando a reação em cadeia  do processo de combustão para incêndios Classes A e C e por abafamento para incêndios na classe B.

Os extintores à base de bicarbonato de sódio e potássio são indicados para incêndios classes B e C; e os extintores à base de fosfatomonoamônico são indicados para as classes A, B e C.



Utilização dos aparelhos extintores

O extintor, por ser destinado ao princípio de incêndio, é projetado para ser utilizado com qualquer vestimenta, independente do uso de equipamentos de proteção individual.

Os seguintes passos devem ser observados na utilização dos aparelhos extintores, independente de sua classificação quanto à mobilidade. No caso de extintores pressurizáveis há uma diferença no passo 2.


1. Transporte o extintor até o local próximo do foco do incêndio na posição vertical utilizando, para isso, a alça de transporte ou estacionando-o sobre a base, quando extintor sobre rodas.


Se o cilindro não for utilizado na posição vertical (base voltada para o solo), corre-se o risco de não funcionar adequadamente, ou seja, é liberado apenas o gás de pressurização e não o agente extintor (exceção ao de gás carbônico).


2. Rompa o lacre e retire o pino de segurança, para os extintores de pressurização direta. No caso dos extintores de pressurização indireta, rompa o lacre e abra a válvula de pressurização.



3. Posicione-se sempre a favor do vento.




4. Empunhe a mangueira e aproxime-se do foco do incêndio cuidadosamente.



5. Aperte o gatilho e movimente o jato em atacando a base do fogo, procurando cobrir toda a área em chamas de forma seqüencial e progressiva, conforme a indicação em azul.




6. Ao final, assegure-se que não houve reignição das chamas.


Cuidado com o risco de re-ignição após a utilização do agente extintor.


Jato - Utilização e efeito sobre o fogo

O pó para extinção de incêndio, quando utilizado nas classes A e  C, deve ser aplicado de forma intermitente, para que crie uma película sobre o material em chamas.

Se for aplicado de forma contínua, formará uma nuvem, dificultando a deposição do pó.

Quando utilizado na classe B deve ser aplicado em jato contínuo para que haja a extinção do incêndio por abafamento.

Já o CO2 deve ser utilizado de forma contínua, e o jato deve ser mantido por alguns momentos após a extinção.

Isso porque o CO2 atua afastando o oxigênio do foco. É preciso evitar a reignição das chamas.

A água deve ser aplicada, preferencialmente, de forma contínua para que haja a extinção do incêndio por resfriamento.

Pode-se melhorar o jato de água, utilizando o dedo polegar na saída da água como um dispersor, como se faz com a mangueira de jardim.

No caso de combustível líquido, evite uma pressão muito forte em sua superfície para não aumentar a área de combustão e espalhar as chamas. De preferência, o agente extintor deve ser aplicado num anteparo e não diretamente sobre o líquido.

Nos casos de líquidos inflamáveis, o agente extintor deve ser aplicado em um anteparo e não diretamente sobre o líquido.

Quem utiliza o aparelho extintor deve deixar uma saída livre atrás de si para escapar rapidamente se necessário.

Se houver disponíveis mais de um extintor, eles serão utilizados sobre o foco ao mesmo tempo, por duas pessoas.




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