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09 outubro 2012

Ações gerais - Preceitos relativos ao comandante de socorro - Fases do combate a incêndio - No quartel, antes de qualquer solicitação de socorro - Durante o aviso - Na partida para o socorro - No deslocamento, logo após a partida - No local, durante o reconhecimento - Quanto ao salvamento - Quanto ao estabelecimento - Quanto à extinção - Quanto à inspeção final - Quanto ao rescaldo - Antes do regresso - Quanto ao regresso - No quartel, depois do regresso



Ações gerais e específicas do combate a incêndio


Ações gerais

Os preceitos aqui contidos visam ao ajustamento da conduta a ser adotada nas ações técnico-operacionais pelas guarnições de serviço, bem como na preparação preventiva da guarnição ainda no quartel, antes da ocorrência, destacando os seguintes tópicos:

lembrar que todas as fases de um socorro ocorrem quase que simultaneamente e que a realização dos procedimentos operacionais podem não seguir a ordem cronológica pré-estabelecida;

ao assumir o serviço, realizar o “teste de prontidão” e debater com a tropa temas de salvamento, incêndio, atendimento pré-hospitalar e prevenção;

inspecionar, pessoalmente, o material disponível nas viaturas, no que se refere ao local de acondicionamento, estado geral, uso, manuseio, manutenção, entre outros aspectos;

lembrar que, ao sair para um socorro, todos os chefes de guarnição empenhados deverão saber o endereço e o tipo de evento;

disciplinar a saída das viaturas que compõem o socorro para que elas sigam em comboio e pelo mesmo itinerário, respeitando as leis de trânsito e mantendo os sistemas sonoros e luminosos ligados nos deslocamentos, de acordo com a necessidade encontrada e as normas estabelecidas;

solicitar à CIADE, no caso de ocorrências de vulto, uma canaleta ou freqüência exclusiva para o socorro;

efetuar uma pré-análise da situação durante o deslocamento, com base nos dados colhidos no aviso, viabilizando o socorro a ser atendido;

realizar o reconhecimento do local, observando a situação e os óbices para viabilizar a ação do socorro;

realizar qualquer ação somente depois de conhecer a situação geral do evento e coordenar as ações dos demais socorros no local;

zelar para que a realização da tática e técnica ocorra da melhor forma possível, de maneira que as ações sejam otimizadas, no menor tempo possível e com o máximo de eficiência;

adotar todos os procedimentos administrativos relacionados ao evento, tais como: solicitar perícia de incêndio, Instituto Médico Legal, Criminalística, Polícia Militar, Defesa Civil e outros órgãos, caso haja necessidade;

verificar continuamente as condições de segurança no local, providenciando medidas que evitem agravamento do quadro e assegurando tranqüilidade para a atuação das guarnições;

analisar a situação futura do socorro, observando a necessidade de alimentação, rendição, combustível, agente extintor, entre outros;

manter a CIADE informada sobre o evento;

ter sempre em mente que as operações de salvamento são prioritárias no socorro;

evitar dar informação, parecer ou opinião a terceiros, que não seja de sua competência ou mesmo que não tenha sido autorizada pelo comandante de socorro, zelando para que as equipes que estão atuando no local não façam comentários sobre o estado geral das vítimas;

solicitar à tropa que realize a comunicação imediata de toda e qualquer anormalidade durante o serviço;

observar a postura militar das guarnições envolvidas no evento, durante as ocorrências;

manter-se uniformizado e zelar para que toda a equipe envolvida no socorro siga essa observação;

em caso de acidentes envolvendo produtos químicos, procurar identificar, imediatamente, o produto e suas características, bem como acionar, de imediato, o socorro especializado nesse tipo de atividade;

em casos em que haja risco à integridade física de cadáveres ou ameaça à segurança de bens, lembrar que poderão ser realizadas ações de retirada do corpo ou de veículos antes da perícia, desde que sejam providenciadas as anotações referentes às características do local antes da modificação da cena (se possível, realizar marcações, desenhos ou fotos do local em que estava o bem removido);

ser educado no tratamento com o público, zelando ainda para que esse procedimento seja adotado por todos os elementos envolvidos na ocorrência;

os elementos que integram as guarnições deverão permanecer em forma ou “a postos” (dentro ou fora das viaturas), quando não estiverem atuando.


O comandante de socorro deverá coordenar os trabalhos operacionais, tomando o cuidado para não se transformar em executante.


Ações específicas conforme as fases do combate a incêndio

O comandante da operação deve realizar, dentro das diversas fases do combate ao incêndio, ações essenciais ao bom andamento do serviço.


No quartel, antes de qualquer solicitação de socorro

Proceder a orientação da equipe de serviço e tomar providências quanto:

ao deslocamento das viaturas e segurança da guarnição e atenção às leis de trânsito;

 utilizando os sinais sonoros e luminosos da viatura da forma adequada;

 respeitando a velocidade do comboio durante o deslocamento;

 verificando as condições operacionais das viaturas.


à realização do estabelecimento das viaturas no local do evento;

à efetivação do abastecimento, com a identificação da localização dos principais hidrantes urbanos da área;

ao uso dos equipamentos de proteção individual e equipamentos de proteção respiratória;

ao reconhecimento, utilização e manutenção dos materiais operacionais;

à atribuição de função/serviço no socorro de cada bombeiro;

à permanência na viatura ou em forma (guarnição);

à posição dos materiais nas viaturas.


Durante o aviso:

orientar o rádio-operador para que esse obtenha o maior número de informações possíveis do evento (ponto de referência, tipo de edificação, destinação, materiais combustíveis existentes, localização de hidrantes, se há vítimas, entre outros).


Na partida para o socorro:

compor as guarnições, em condições de saída, o mais rápido possível;

conduzir somente as viaturas necessárias ao atendimento do evento.


No deslocamento, logo após a partida:

confirmar o endereço;

pedir apoio caso a unidade não possua o socorro básico;

solicitar maiores informações;

solicitar informações sobre presença de produtos químicos, radioativos ou perigosos no local, ainda que não estejam envolvidos no incêndio, solicitando apoio especializado, caso necessário;

procurar o melhor itinerário, conforme o percurso e horário da ocorrência (deve-se evitar os pontos onde normalmente ocorrem engarrafamentos);

certificar que as sirenes sejam desligadas nas proximidades do evento e de hospitais.


No local, durante o reconhecimento:

realizar o reconhecimento juntamente com os chefes de guarnições;

solicitar o policiamento para o local, se necessário;

isolar a área de acordo com as necessidades do evento;

estabelecer o posto de comando;

coletar maior número de informações com terceiros (testemunhas e/ou solicitante);

localizar o foco principal do incêndio;

observar a extensão do incêndio;

buscar identificar o tipo de material que está queimando;

julgar qual é o agente extintor mais adequado para o evento;

observar a existência de gases ou pó em suspensão (risco de explosão);

verificar as reais possibilidades para o uso dos preventivos locais;

verificar a necessidade de corte de energia (parcial ou total);

verificar a existência de saídas de emergência, bem como assegurar suas condições de uso;

verificar se há pessoas confinadas pelo fogo;

verificar se há risco de desabamento;

observar se há a necessidade de retirada (parcial ou total) de pessoas no local;

observar se há o risco de alastramento do incêndio;

observar as vias de acesso disponíveis para o combate ao fogo;

observar se há presença de insetos ou animais que comprometam a segurança dos bombeiros;

verificar a necessidade de reforço operacional, inclusive quanto à presença do supervisor-de-área, de apoio médico, de ambulâncias e de transporte aéreo;

observar a direção do vento;

atentar para que, nos casos em que a área a ser reconhecida for muito extensa, o comandante da operação deverá dividir a tarefa de realizar o reconhecimento entre os chefes de guarnições presentes no local.

Buscar atuar somente após o reconhecimento da situação, bem como zelar para que as guarnições atuem apenas depois de receber as instruções expressas pelo comandante da operação e/ou chefes de guarnições.


Quanto ao salvamento:

lembrar que sempre deve ser dada prioridade a essa operação;

armar o material de salvamento em local seguro e ventilado;

relacionar quantidade e nome dos bombeiros envolvidos na ação, bem como o horário em que iniciaram a operação;

vasculhar todas as dependências à procura de vítimas, identificando os locais que já foram vistoriados;

certificar que os bombeiros trabalhem em dupla ou trio, ainda que seja possível executar as ações sozinho;

controlar e evitar o pânico;

dar prioridade de retirada das pessoas começando pelas crianças, idosos, deficientes e gestantes;

observar a possibilidade de uso de helicóptero, cabos aéreos, viaturas para acesso a locais elevados, dentre outras.


Quanto ao estabelecimento:

estabelecer as viaturas no local adequado (mais próximo e seguro possível), conforme a estratégia previamente definida ou o plano tático a ser usado;

transmitir aos chefes das guarnições as ordens oriundas do plano adotado para a situação;

observar se o espaço utilizado para o estabelecimento é suficiente para qualquer manobra de emergência com as viaturas;

evitar a possibilidade de desabamento e/ou queda de materiais sobre as viaturas;

verificar se o terreno suporta o peso das viaturas;

localizar e organizar os pontos de abastecimento das viaturas (hidrantes urbanos e de passeio, mananciais disponíveis, etc) e verificar a necessidade da presença de mais viaturas de água (ou de outro agente extintor) no local.


Quanto à extinção:

priorizar o uso do sistema de hidrantes da edificação, se houver; ocorrendo algum problema na pressurização da rede, deve verificar se os registros e válvulas da canalização encontram-se em operação, realizando as devidas manobras, se necessário;

relacionar quantidade e nome dos bombeiros envolvidos na ação, bem como o horário em que iniciaram a operação;

certificar que os bombeiros trabalhem em dupla ou trio, ainda que seja possível executar as ações sozinho;

certificar que as equipes só apliquem o agente extintor após a visualização das chamas (sejam estas na camada gasosa da fumaça, sejam no foco principal), evitando o agravamento dos danos pelo uso inadequado do agente extintor;

realizar a ventilação, com a retirada da fumaça e dos gases aquecidos, utilizando táticas e técnicas adequadas;

providenciar o fechamento dos registros de abastecimento de GLP;

observar a necessidade de mudança no plano tático;

observar necessidade de proteção ou remoção de materiais;

não permitir a participação de pessoas não qualificadas no local do evento;

evitar a propagação do incêndio por meio da utilização adequada das técnicas e de barreiras naturais ou artificiais que auxiliem o trabalho dos bombeiros (paredes, portas, etc);

promover uma extinção rápida e efetiva;

evitar o corte de tubulações ou arrombamento de paredes (tubulações de gases combustíveis ou medicinais);

promover o resfriamento eficiente (e à distância) de todos os reservatórios de combustível expostos ao calor, mantendo a área isolada;

observar a necessidade de substituição da equipe de serviço.


Quanto à inspeção final:

promover uma rigorosa inspeção no local, bem como nas vizinhanças;

verificar a necessidade de realização do rescaldo;

procurar possíveis corpos carbonizados no meio dos escombros; em caso positivo, solicitar a presença do Instituto de Criminalística da Polícia Civil;

solicitar a presença do gerente, proprietário ou responsável pelo local sinistrado.


Quanto ao rescaldo:

realizar o rescaldo somente após a total extinção do incêndio;

realizar busca minuciosa em todos os compartimentos do local;

promover o rescaldo de forma criteriosa, utilizando o agente extintor de forma racional e sem prejudicar o trabalho da perícia;

Providenciar a remoção criteriosa de escombros para a realização da extinção de possíveis focos;

evitar remover escombros desnecessariamente.


Antes do regresso:

coletar o maior número possível de dados para o relatório de ocorrência;

antes de iniciar o regresso, verificar o material utilizado e condições de saúde dos bombeiros envolvidos no socorro;

lembrar de repassar os bens à proteção policial ou do proprietário mediante a comprovação do fato por meio de recibo assinado;

solicitar a perícia de incêndio toda vez que existir um incêndio, mesmo quando não houver atuação do seu socorro no local;

reunir todos os comandantes de guarnição para uma primeira avaliação do socorro realizado.


Quanto ao regresso:

realizar o abastecimento de água no hidrante mais próximo ao local do evento e combustível, caso necessário;

deslocar o trem de socorro com os sinais luminosos ligados, de acordo com as necessidades, em comboio e obedecendo, rigorosamente, às regras de trânsito.


No quartel, depois do regresso
comentar os erros e acertos observados durante a operação;

substituir materiais danificados e promover manutenção nos demais equipamentos;

fazer o relatório de ocorrência.





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