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24 março 2012

Como utilizar Descensores, Freio oito ( 8 ), placas e tubo

Uma peça chave na cadeia de segurança é o sistema empregado para frear a corda depois de uma queda para poder retê-la. Existe uma infinidade de engenhos (elementos) e cada um possui vantagens e desvantagens, diferenciando-se, basicamente, em sua maior ou menor capacidade de frear e a diferente facilidade para poder liberar e recolher a corda (manobrabilidade). Dependendo dessas qualidades, cada dispositivo é idôneo para condições ou tipo de escalada diferente.

Normalmente, servem também como descensores, no entanto, essa polivalência não é de igual eficácia em todos os dispositivos.
No entanto, todos os dispositivos de freio são sensíveis ao manejo, requerendo sempre um certo hábito. Por sua vital importância dentro do sistema de segurança deverão ser conhecidas, estudadas suas possibilidades, ao comprá-los, exigindo os manuais de instruções do fabricante.

Podemos escolher entre os descensores, como oito, placas, tubo de freio, sistema mecânico ou, ao socorrido, nó dinâmico (meio balestrinque), inclusive o próprio corpo. São empregados, normalmente, acoplados à cadeirinha do assegurador mediante um mosquetão de segurança e quase todos têm o mesmo princípio de utilização baseado na maior ou menor fricção de uma corda com o dispositivo, ou com este, um mosquetão de segurança que o complementa.

A corda ativa (a que parte do segurança e vai até o primeiro escalador), para poder ser freada, passa através de um dispositivo que, por sua vez, passa pela mão do segurança. A corda do segurança considerada como sobra de corda e chamada de “corda inativa” ou “corda livre”. Não duvidemos que, por muito que se treine, ninguém age de forma automática (salvo casos excepcionais), portanto, por meio de nossa ação imediata, a tensão é freada e mantida pela nossa mão, em definitivo, para fazer funcionar o sistema. Para garantir uma retenção (parada) inesperada ao dar e recolher a corda, jamais solte a corda ativa, se for necessário, com a outra mão detenha a corda ativa durante a manobra ou o movimento da mão; não deixe que ela perca a tensão.

Como vimos anteriormente, é importante que o dispositivo de freio funcione de forma dinâmica ou que não seja parado bruscamente, deixando deslizar certa distância de corda antes de deter a queda quando em choque. Esse será um procedimento muito importante.
Recordemos que o freio dinâmico diminui o impacto final, reduzindo, sensivelmente, o choque ao qual se submete toda a cadeia.

Esse deslizamento, que é importante em quedas de alto fator, poderá causar, com o emprego de alguns dispositivos, queimaduras nas mãos de quem executa a segurança (com possibilidade de soltar a corda); convém realizar a segurança sempre com luvas, esse procedimento se torna muito mais importante quanto mais dinâmico for o sistema empregado.

Essa medida até então não é muito popular, é uma forma de reduzir acidentes facilmente evitáveis.
Sabemos que são os mesmos freios dinâmicos que se aplicam durante o deslizamento quando a queda é considerada muito forte, porém, nossa mão deve segurar com toda força possível a corda  inativa (salvo em circunstâncias excepcionais como na segurança  realizada na neve).

Também poderão ser realizados asseguramentos praticamente estáticos mediante dispositivos de bloqueio automáticos.

Tal procedimento só será recomendado quando todas as ancoragens forem consideradas excepcionais. Com esse tipo de segurança, tanto a corda como o resto dos elementos da cadeia sofrem um maior impacto ao ter de suportar maiores esforços durante a detenção de uma queda.

Figuras A, B e C, respectivamente: sistemas oito, ATC e com placa dinâmica

Figuras A, B e C, respectivamente: sistemas com mosquetão/técnica asiática (Japão), europeu, de auto-bloqueio


Modelos mais utilizados

Peça oito

É um dispositivo polivalente e muito simples, que, apesar de apresentar modelos diferentes, é o sistema mais popular, e, inexplicavelmente, mal utilizado. Existem muitos modelos de distintos fabricantes e com serventia similar. Desenhado, em princípio, simplesmente para rapelar, é o melhor e mais recomendável como desensor. É o de menor capacidade de freio, existe uma variedade enorme com relação à sua carga de trabalho ou de resistência e, em geral, não é recomendado para ser empregado como sistema para atividades de segurança, salvo em situações que necessitem de um sistema muito dinâmico. Uma maior ou menor frenagem se obtém abrindo o ângulo entre a corda que sai e entra no aparelho (0º mínima frenagem – 180º máxima frenagem). Existem peças oito de perfil curvo que aumentam em parte a capacidade de freio, porém perdem na manobrabilidade, também podem ser utilizadas as peças oito como placa de freio passando a corda pelo olhal menor, porém, sua eficácia está em função do desenho correto da peça (é aconselhável testá-la antes de ser utilizada).

Outras possibilidades de utilização requerem experiência e
precaução.

Nas figuras abaixo, vemos suas numerosas possibilidades e os erros mais freqüentes em seu uso.

utilização básica como desensor

Figuras A, B e C: formas de manipular a peça oito para evitar perdê-la acidentalmente

Figuras A, B, C, D e E: três formas básicas de bloqueio

Método empregado na segurança básica e para trabalhos com cordas dobradas ou duplas

Para trabalhos com cordas de pequenas bitolas (simples)

Forma de emprego como placa de freio (dissipador)

Posição de auto-bloqueio, com o emprego do oito fixo

Forma básica para ascensão, segurança e descida de emergência

Método empregado na segurança com bloqueio automático

Segurança empregada nos sistemas de polias

Método de segurança básica, quando a carga requer maior concentração de esforços

Sistema básico de freio dinâmico, o qual requer maior atenção da pessoa responsável pela manutenção do freio

Método de trabalho no sistema de oito fixo, exige maiores cuidados por  não existir sistema de auto-bloqueio

Método de segurança com o emprego de desvio para facilitar na manobra de parada



Bombeiroswaldo...

2 comentários:

  1. Bom! Esclarecedor de outras opções

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    1. Boa tarde ao Pessoal da GAV...
      Vamos lá. Aí já há opções demais, são como os Nós, há diversas opções, mas você precisa ter em mente, dois ou três nõs, já são o suficiente, os demais são obsoletos. Use essa regra para as opções dos descensores.
      Abração à Todos Vocês e Boas Festas, e que venha o Ano Novo...

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