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17 novembro 2011

Sobre o tipo de dentição das serpentes ( cobras ) - Animal ectotérmico - Tipos de dentição das serpentes, áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa - Família dos boídeos (Boidae) - Família dos colubrídeos (Colubridae) e dos dipsadídeos (Dipsadidae) - Glândula de Duvernoy - Família da Coral-Verdadeira, os elapídeos (Elapidae) - Família dos viperídeos (Viperidae), as jararacas, cascavéis e surucucus - Esqueletos e suas dentições e mordeduras - Olho de pessoa picada por serpente (cobra) - Dentições de cima para baixo: áglifas, opistóglifas, proteróglifas, solenóglifas


As serpentes formam um grupo bastante diverso ocorrendo em quase todos os ambientes da terra. Estes animais só não habitam os pólos do planeta que não são lá lugares muito convenientes à vida de um animal ectotérmico.

Os diferentes grupos de serpentes desenvolveram ao longo de suas histórias evolutivas diferentes táticas de captura de presas. Associado a isso houve o desenvolvimento de diferentes tipos de dentições, cada uma com diferentes características de mordida. 

Existem quatro tipos de dentições básicas nas serpentes: áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa. Vamos vê-las um pouco mais detalhadas agora.


Encontrada principalmente em serpentes da família dos boídeos (Boidae), a dentição áglifa (Figura 1) não conta com dentes especializados em inocular veneno, servindo somente para rasgar tecidos e orientar a entrada da presa para o estômago. Ao invés da presença de uma glândula com toxina, apresentam uma glândula de saliva que libera uma substância que lubrificará o inicio do trato digestório facilitando assim a deglutição.



A dentição opistóglifa (Figura 2) é encontrada principalmente em serpentes da família dos colubrídeos (Colubridae) e dos dipsadídeos (Dipsadidae). Além de dentículos especializados em rasgar os tecidos da presa, apresentam também um par de dentes localizados posteriormente na boca com intuito de perfurar profundamente o tecido da presa e inocular, através de escorrimento e por canais abertos, o veneno produzido pela glândula de Duvernoy. Alguns preferem chamar esse veneno de “saliva tóxica”, pois ele não oferece risco ao ser humano, atuando principalmente como um metabólito (proteolítico) que facilitará na digestão das proteínas presentes na presa.


Por sua vez, a dentição proteróglifa (Figura 3) é encontrada nas serpentes da família da Coral-Verdadeira, os elapídeos (Elapidae). Neste tipo de dentição o dente inoculador localiza-se na parte anterior da mandíbula. Seu mecanismo de mordida é simples, a serpente morderá ( não picará, visto que ela terá que se segurar na presa) e liberará a peçonha por um canal semi-aberto que escorrerá vindo da glândula de peçonha até o dente inoculador penetrado na presa. São serpentes que têm dificuldade para morder uma pessoa, uma vez que sua boca é pequena.


No Brasil, os principais representantes das serpentes com dentição solenóglifa (Figura 4) são as aquelas pertencentes a família dos viperídeos (Viperidae), as jararacas, cascavéis e surucucus. Neste tipo de dentição existem duas presas especializadas, móveis e capazes de projetar uma mordida de grande abertura. As presas ficam guardadas por uma membrana fina quando não estão em uso. Quando a serpente está pronta para dar o bote em sua presa essa membrana se afasta, as presas se projetam 90 graus para frente de modo que a picada injetará o veneno através de canais fechados desde a glândula de veneno até o tecido da vítima. O mecanismo da picada é muito semelhante ao de uma seringa de injeção e muito eficaz também. Neste caso o veneno é inoculado ativamente no tecido da presa sem que seja necessário escorrer por um canal até o tecido da vítima como no caso das opistóglifas ou proteróglifas.

Por Rafael Cavalcante, membro NUROF-UFC



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